Conscientização sobre o autismo: aprenda e apoie com o movimento Abril Azul  

A cada 2 de abril, o mundo se pinta de azul em um esforço para aumentar a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O movimento Abril Azul, que se estende por todo o mês, é uma oportunidade valiosa para desmistificar o autismo e promover um entendimento mais profundo sobre o tema, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. 

Números que falam 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que uma em cada 100 crianças no mundo tenha o diagnóstico de algum grau de autismo. Isso significa que, globalmente, aproximadamente 75 milhões de pessoas podem estar dentro do espectro autista. No Brasil, a estimativa é de que dois milhões de pessoas tenham o transtorno, segundo dados da Associação Brasileira de Autismo (Abra). 

Mas há dados que demonstram um aumento vertiginoso dos diagnósticos. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), em um período de 20 anos a prevalência de TEA passou de 1 em 150 crianças para 1 em 44. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, incluindo maior conscientização sobre o transtorno, melhorias nos métodos de diagnóstico e uma ampliação da definição de autismo. Além disso, a redução do estigma associado a transtornos mentais e o fortalecimento de políticas de saúde pública têm incentivado mais pais a buscar avaliação e tratamento para seus filhos. O acesso a serviços de saúde também tem melhorado, permitindo que mais casos sejam identificados e diagnosticados precocemente. Esses fatores, em conjunto, contribuem para a percepção de que a incidência do TEA está aumentando, embora seja possível que a prevalência real do transtorno não tenha mudado de forma significativa.  

A importância do acompanhamento multiprofissional 

O tratamento do autismo requer uma abordagem multidisciplinar que considere as diversas necessidades da criança. Profissionais como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e médicos psiquiatras, entre outros, desempenham papéis cruciais nessa jornada. O acompanhamento multiprofissional é essencial para desenvolver um plano de intervenção personalizado, que favoreça o aprendizado e o bem-estar da criança. Observou alguma mudança no comportamento do seu filho? Converse com o médico responsável durante as consultas. 

Uma das terapias amplamente reconhecidas e utilizadas é a Análise Comportamental Aplicada (ABA, na sigla em inglês). Esta abordagem é baseada em princípios científicos e foca em melhorar habilidades de comunicação, sociais e acadêmicas, além de reduzir comportamentos desafiadores. As evidências acumuladas ao longo dos anos demonstram que a terapia ABA pode ser extremamente eficaz, especialmente quando iniciada precocemente. 

Quebrando tabus 

Infelizmente, ainda existem muitos mitos e desinformações sobre o autismo que dificultam a aceitação e a inclusão das pessoas no espectro. Um dos principais tabus é a crença de que o autismo é uma condição rara ou que os autistas não podem levar uma vida plena e produtiva. Na verdade, com os apoios adequados, muitas pessoas no espectro autista se destacam em suas áreas de interesse, contribuindo significativamente para a sociedade. 

Outro mito comum é que o autismo é causado por vacinas. A comunidade científica já desmentiu essa informação, mostrando que não há relação entre vacinas e o desenvolvimento do TEA. É fundamental que informações baseadas em evidências sejam divulgadas para combater a desinformação e o medo que cercam o autismo. 

Abril Azul 

O movimento é um convite para a reflexão e a ação. É uma oportunidade de ampliar o conhecimento sobre o autismo, apoiar as famílias e promover a inclusão social. Cada um de nós pode fazer a diferença ao se informar e ao acolher a diversidade. 

Aqui tem gente. Aqui tem vida. Aqui tem Unimed.