Diabetes: Por que é tão importante manter a glicemia em dia?

Glicemia é a quantidade de glicose concentrada no sangue. Conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o nível normal em humanos saudáveis deve estar entre 70 e 99 miligramas a cada decilitro de sangue. Valores acima disso podem estar relacionados ao diabetes, doença causada por defeitos na secreção ou na ação da insulina, hormônio necessário para metabolizar açúcares, transformando-os em energia para o corpo.

Na reportagem desta semana, vamos falar da importância de indivíduos diabéticos buscarem ao máximo manter os índices glicêmicos controlados, além de quais são as possíveis consequências caso isso não seja feito. Boa leitura!

Diabéticos x açúcar

O açúcar é o vilão na dieta de qualquer pessoa diagnosticada com diabetes. E não se trata apenas do açúcar branco. A Sociedade Brasileira de Diabetes leva em conta estudos feitos por profissionais da medicina e da nutrição para reforçar que o excesso de todos os tipos de carboidrato – especialmente as farinhas brancas – tende a desregular a glicemia. É por isso que deve ser priorizada uma dieta com carboidratos de fontes integrais, que facilitam a digestão, contribuem para o bom funcionamento do organismo, auxiliam a reduzir o peso corporal, são ricos em fibras e têm ação antioxidante.

E se desregular?

A glicemia descompensada, especialmente acima de 126 mg/dL (hiperglicemia), pode causar danos a todas as funções do organismo, incluindo cérebro, coração, rins, fígado, olhos, nervos e vasos sanguíneos. De acordo com a American Diabetes Association (ADA), essas complicações são as principais responsáveis por consequências incapacitantes e mesmo pela mortalidade de pacientes diabéticos.

Já a hipoglicemia, quando os níveis de glicose no sangue estão abaixo de 69 mg/dL, causam efeitos como fraqueza e confusão mental. Em situações extremas, pode levar à perda de consciência, crises convulsivas e até mesmo ao coma.

O que fazer?

Para identificar os seus níveis glicêmicos, existem exames sanguíneos feitos em laboratório (em jejum, pós-almoço e hemoglobina glicada), os chamados testes capilares (aqueles de ponta de dedo, feitos com aparelhos vendidos em farmácias) ou sensores glicêmicos implantados na pele e que permitem a verificação até mesmo por meio de aplicativos de celular.

Ainda conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, se a sua glicemia estiver alta você precisa tomar atitudes rápidas como beber bastante água, aplicar insulina ou tomar a sua medicação (ambas com prescrição médica) e, nas refeições, alimentar-se com alimentos ricos em fibras. A prática regular de atividades físicas também é um mecanismo excelente e fundamental para os diabéticos evitarem crises de hiperglicemia.

Mas se a sua glicemia estiver muito baixa (hipoglicemia), consuma algo doce para fazer o nível subir. Líquidos tentem a ter resultado mais rápido, pois chegam mais rapidamente à corrente sanguínea.

As consultas regulares ao médico também são suas aliadas para evitar o diabetes ou diagnosticá-lo precocemente (já que é uma doença silenciosa) e também aprender a adequar a sua rotina para manter sua glicemia sob controle.

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Close up of woman hands using Glucose meter on finger to check b

Como o diabetes afeta o coração

Aproximadamente 13 milhões de pessoas sofrem de diabetes no Brasil. O número é acompanhado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Pacientes com essa doença têm quatro vezes mais chances de desenvolver problemas cardíacos.

Neste artigo, veja como as doenças do coração representam a principal causa de óbitos entre pacientes diabéticos. Confira também o que é preciso fazer para proteger a sua saúde cardíaca. 

Açúcar X coração

Altas taxas de glicose podem lesionar os casos sanguíneos, reduzindo o fluxo de sangue e comprometendo vários órgãos – incluindo o coração. Além disso, o diabetes está diretamente relacionado à obesidade, hipertensão arterial e ao colesterol alto, o que predispõe ao aparecimento de doenças cardiovasculares.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a chance de infarto entre diabéticos é 40% maior entre os homens e 50% maior entre as mulheres.

Tipo 2

O diabetes tipo 2 (mais frequente em idosos e obesos) tem uma associação maior às doenças cardíacas do que o diabetes tipo 1 (frequentemente relacionado a causas genéticas e mais comum entre crianças e adolescentes). Os diabéticos tipo 2 têm maior resistência insulínica, o que atrapalha a dilatação dos vasos sanguíneos e faz a pressão subir, elevando as chances de sobrecarregar o coração. 

Além disso, é necessário avaliar a presença de fatores de risco, como tabagismo, excesso de gordura abdominal, hipertensão, sedentarismo, dieta pobre em fibras e história de diabetes na família. Quando esses fatores existem, o acompanhamento com um profissional de saúde promove uma melhora gradual no estilo de vida e reduz o risco em cerca de 60%.

Para diminuir a chance de morte por problemas cardiovasculares relacionados à diabetes, é essencial: 

• Seguir uma dieta balanceada, rica em frutas, hortaliças (legumes e verduras), grãos integrais, produtos como leites e seus derivados desnatados;
• Praticar atividades físicas regularmente;
• Manter um peso saudável;
• Exames preventivos;
• Consultar seu médico para uma orientação adequada e contar com a ajuda de nutricionista.

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Conheça as principais doenças que acometem os brasileiros

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, 52% da população brasileira acima de 18 anos, possui um diagnóstico de doença crônica. O levantamento destes dados é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. 
O IBGE ainda ressalta que tais doenças crônicas têm grande impacto na saúde pública, uma vez que compromete a qualidade de vida, provoca incapacidade, mortes prematuras e maiores custos tanto para a sociedade, como para o sistema de saúde. 
A Pesquisa Vigitel 2019 também apontou dados alarmantes sobre a taxa de obesidade, colocando o Brasil entre os três países com mais obesos no mundo.
 

O que dizem as pesquisas

Após as entrevistas da PNS (108 mil famílias), e da Vigitel (mais de 52 mil pessoas), concluiu-se que:

  • 23,9% da população possui hipertensão arterial. Esta porcentagem é equivalente a 38,1 milhões de pessoas, sendo 26,4% mulheres e 21,1% homens;
  • 16,3 milhões de pessoas brasileiras possuem um diagnóstico de depressão, sendo que 14,7% são mulheres e 5,1% são homens. Este total representa 10,2% da população;
  • 14,6% das pessoas com 18 anos ou mais, possuem colesterol alto. Destas, 17,6% são mulheres e 11,1% são homens;
  • 7,7% da população brasileira, o equivalente a 12,3 milhões de pessoas, possui diabetes. Sendo que este diagnóstico atinge 8,4% das mulheres e 6,9% dos homens;
  • 5,3% (8,4 milhões) de pessoas possuem alguma doença do coração;
  • 3,1 milhões de pessoas da população adulta possuem um diagnóstico de acidente vascular cerebral;
  • 2,6%, ou 4,1 milhões de adultos, foram diagnosticados com câncer no Brasil;
  • 21,6% da população possui algum problema crônico de coluna;
  • 19,8% da população brasileira está obesa.

 

O que são essas doenças?

Como vimos, os números de doenças crônicas no Brasil são preocupantes e estão em uma crescente ao longo dos anos. Vamos entender melhor, então, quais são essas doenças e seus danos à saúde.
 
Hipertensão arterial
A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, consiste na pressão que o sangue faz contra as artérias para poder circular pelo corpo. Essa contração faz com que o coração se esforce mais em seu funcionamento. Dessa forma, a hipertensão provoca dilatação no coração e danifica as artérias.
Essa doença pode surgir em qualquer fase da vida, embora seja mais comum em idosos. Uma pessoa é considerada hipertensa quando, mesmo em repouso, apresenta pressão arterial igual ou acima de 14 por 9. 
A pressão alta torna as pessoas portadoras mais propensas a problemas vasculares, como AVC e infarto, doença renal crônica, alteração na visão, entre outros. 
Embora não tenha cura, pode ser controlada por meio de tratamento e adoção de hábitos saudáveis.
 
Depressão
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente. Seus sintomas são caracterizados por tristeza profunda, pessimismo, baixa autoestima, desesperança, sentimento de culpa, entre outros.
Ela pode ser causada por predisposição genética, ou também por gatilhos que desencadeiam crises, como algum acontecimento traumático, estresse, consumo de drogas, doenças sistêmicas, entre outros.
Pessoas com depressão podem apresentar quadros variados de intensidade e duração, e apresentarem três graus diferentes: leve, moderado e grave. 
A depressão exige acompanhamento psicoterapêutico. 
 
Colesterol alto
O colesterol alto ocorre quando o nosso corpo eleva a produção de gordura, o que pode levar a obstrução dos vasos sanguíneos e, consequentemente, diminuir o fluxo de sangue em regiões importantes, como o coração, por exemplo.
Uma pessoa com colesterol alto é mais propensa a ter um infarto ou outras doenças cardiovasculares. 
O tratamento de colesterol alto é feito por meio de medicação e mudança de hábitos na rotina e na alimentação.
 
Diabetes
A diabetes é uma doença crônica metabólica, e consiste no aumento de glicose (açúcar) no sangue. Isso porque ela é causada pela falta ou má absorção de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas e que transforma a glicose em energia para o corpo.
Esta doença pode ser hereditária ou associada a outros fatores, como obesidade, hipertensão, estresse, entre outros. 
Há diabetes do tipo 1, tipo 2 e gestacional. Para todos existe um tratamento que envolve acompanhamento médico e hábitos saudáveis. 
 
Acidente vascular cerebral
Popularmente conhecido como AVC ou derrame cerebral, o Acidente vascular cerebral é caracterizado pela interrupção de fluxo sanguíneo em alguma região do cérebro. 
Existem dois tipos de AVC: hemorrágico e isquêmico.
O AVC hemorrágico acontece quando um vaso cerebral é rompido e provoca sangramento em uma parte do cérebro. Já o AVC isquêmico é provocado pela obstrução de uma artéria que impede a passagem de oxigênio para as células cerebrais, e estas acabam morrendo.
Um derrame cerebral não tem cura. A recuperação de um AVC envolve uma série de tratamentos, de acordo com seus danos. 
 
Câncer 
O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância. É um termo abrangente para mais de 100 tipos diferentes de doenças malignas.
Esta doença possui um alto grau de gravidade e leva a óbito a maioria das pessoas com seu diagnóstico. 
O câncer pode ser causado por fator hereditário, mas também devido ao tabagismo, exposição aos raios UV, produtos químicos, entre outros.
 
Obesidade
Uma pessoa obesa possui excesso de gordura corporal, geralmente provocado pelo sedentarismo e alto consumo de alimentos gordurosos e ricos em açúcar. 
A obesidade é responsável por desencadear uma série de outras doenças como a hipertensão, diabetes, colesterol alto, entre outras.
O tratamento para obesidade envolve atividades físicas, reeducação alimentar e acompanhamento com nutricionista e demais profissionais necessários.
 

Como mudar esse cenário?

Com a vida cada vez mais corrida, as pessoas tendem a deixar o cuidado com a saúde de lado. Mas estes números alertam o quão fundamental é manter um estilo de vida equilibrado e sadio. 
As principais doenças crônicas no Brasil podem ser prevenidas, quando não são hereditárias, através de uma rotina saudável, que envolva exercícios físicos, alimentação balanceada e acompanhamento médico frequente. 
Até mesmo quem já possui um diagnóstico pode ter uma melhor qualidade de vida, desde que adote bons hábitos diários.
E você, o que tem feito pela sua saúde e bem-estar?
 
Fontes: Agência Brasil, Ministério da Saúde, Dr. Drauzio Varella, Tua Saúde, Médico 24hrs, Instituto Nacional de Câncer.

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