HDL X LDL: O que saber sobre colesterol para manter sua saúde cardíaca

Com ares de herói e vilão, o colesterol é vital para organismo. Está presente no sangue e em todos os tecidos, contribuindo para a produção de hormônios, vitamina D e ácidos envolvidos na digestão de gorduras, além de ter papel importante na estrutura e na regeneração das células. O problema é que, quando em excesso na circulação sanguínea, o colesterol pode trazer complicações.

Na reportagem desta semana, vamos falar sobre os colesteróis LDL e HDL, bem como o que fazer para manter a sua saúde cardíaca. Boa leitura!

HDL X LDL

O tipo predominante de lipoproteína (estrutura que carrega os lipídeos na circulação sanguínea) é o que determina se o colesterol é saudável ou prejudicial à saúde. A lipoproteína HDL (High Density Lipoprotein) recolhe o colesterol acumulado nos vasos sanguíneos para eliminá-lo pelo fígado. É por isso que o colesterol rico em HDL é popularmente chamado de “colesterol bom”. Já o ruim é o que tem predominância da lipoproteína LDL (Low Density Lipoprotein).

Onde está o perigo?

O maior risco do excesso de colesterol LDL é a formação de placas de gordura nas artérias, o que pode levar ao endurecimento e entupimento dos vasos sanguíneos (aterosclerose). Com a obstrução dos vasos, o coração recebe uma quantidade menor de oxigênio e nutrientes, tendo suas funções comprometidas e levando a doenças como angina, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e até a morte súbita.

É importante destacar que o LDL-colesterol como causa de doenças cardiovasculares é potencializado pela presença de outros fatores de risco (diabetes, tabagismo e pressão alta).

Fatores de risco

• Alimentação rica em gordura saturada
• Excesso de peso
• Sedentarismo
• Consumo abusivo de bebidas alcoólicas
• Estresse
• Hereditariedade
• Idade
• Sexo (mulheres costumam ter aumento de “colesterol ruim” após o início da menopausa).

Sintomas

O colesterol elevado não tem obrigatoriamente sintomas. Em raros casos o excesso de colesterol do sangue pode levar a formação de nódulos nos tendões (xantomas) e manchas amarelas em volta dos olhos (xantelasmas). Na maioria das vezes, os sinais aparecem em consequência da formação das placas de gordura nas artérias, quando a situação já pode estar avançada. 

Quando atinge as artérias coronarianas, levando à angina do peito e infarto do miocárdio, os sintomas mais comuns são dores no peito (peso, aperto, queimação ou até pontadas), falta de ar, sudorese, palpitações e fadiga.

Diagnóstico

É fundamental avaliar regularmente os níveis de colesterol. O acompanhamento deve ser feito desde a infância para quem tem histórico familiar de doenças cardiovasculares precoces (pai/irmãos que sofreram um evento cardiovascular antes dos 55 anos ou mãe e irmãs que sofreram um evento cardiovascular antes dos 65 anos) ou de colesterol alto na família.

Tanto o diagnóstico quanto o acompanhamento são feitos por meio de um exame sanguíneo que avalia as taxas do colesterol total, do HDL-colesterol e do LDL-colesterol.

Tratamento e redução do risco

Existem medicamentos que atuam na diminuição dos níveis do LDL-colesterol (“colesterol ruim”) e que podem levar a um pequeno aumento nos índices do “colesterol bom”. Mas a melhor forma de prevenir o aumento do colesterol LDL é aliar exercícios físicos à alimentação saudável, evitando o consumo exagerado de gorduras saturadas, carne vermelha em excesso, laticínios, embutidos e produtos industrializados. A redução do consumo de álcool e a cessação do tabagismo também são indispensáveis. Entretanto, é importante lembrar que, em indivíduos com predisposição genética a colesterol alto, a boa dieta pode ajudar, mas será insuficiente na maioria dos casos, necessitando da medicação (sempre sob supervisão médica).

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Dislipidemia: os perigos da falta de controle do seu colesterol

O colesterol elevado no sangue é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, que podem levar ao infarto e ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), considerados fatores importantes para risco de morte. 

No artigo de hoje, a Unimed Cascavel traz mais informações sobre os perigos da falta de controle do colesterol para a sua saúde. Boa leitura!

O que é

As dislipidemias são caracterizadas pela presença de níveis elevados de lipídios (gorduras) no sangue. Nessas situações, placas de gordura podem se formar e se acumular nas artérias, aumentando o risco de obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo que chega ao coração e ao cérebro. 

Perigos

As doenças cardiovasculares, a maioria associada ao colesterol desregulado, são as líderes de mortalidade no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, aproximadamente 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e mais de 380 mil morrem a cada ano em decorrência disso (isso corresponde a 30% de todas as mortes no país).  

Como identificar

Os sintomas das dislipidemias variam. Com aumento do colesterol LDL (colesterol “ruim”), pode haver xantelasma (pequeno depósito de gordura e colesterol logo abaixo da superfície da pele, especialmente ao redor dos olhos) e xantomas tendinosos (nódulos firmes de vários tamanhos que se acumulam sob a pele que recobre os tendões extensores das mãos, cotovelos e tendão de Aquiles). Já os xantomas eruptivos são lesões de pele consequentes do acúmulo de gorduras no interior de células do sistema imune e a lipemia retinalis são lesões na retina.

Porém, na maioria das vezes a dislipidemia não costuma dar sintomas. Por isso são importantes os checkups com o médico de sua confiança, que solicitará exames de sangue para avaliação dos seus índices. 

Fatores de risco

Existem duas variações da dislipidemia:

• Primária: Tem origem genética, mas pode ser desencadeada por fatores como sedentarismo e maus hábitos alimentares.

• Secundária: Pode surgir a partir de uma série de outras doenças, como diabetes, hipotireoidismo, obesidade, insuficiência renal, doenças das vias biliares, síndrome nefrótica, síndrome de Cushing, anorexia nervosa e bulimia. Também pode estar associada ao consumo de medicamentos como diuréticos em doses elevadas, beta bloqueadores, anticoncepcionais e outros medicamentos para terapia hormonal e controle de acne.

Controle ou cura

A cura da dislipidemia depende da causa. Se for genética, a condição não pode ser revertida, apenas tratada, especialmente com medicamentos sob orientação médica. Porém, se a origem estiver ligada aos maus hábitos de vida, a possibilidade de cura é grande, desde que tais hábitos sejam modificados. Mantenha uma alimentação saudável (evitar gorduras trans e animais) e pratique atividade física. 

Seja amigo do seu médico. Consulte-o e siga as orientações. 

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Cuidar de você. Esse é o plano. 

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Conheça as principais doenças que acometem os brasileiros

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, 52% da população brasileira acima de 18 anos, possui um diagnóstico de doença crônica. O levantamento destes dados é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. 
O IBGE ainda ressalta que tais doenças crônicas têm grande impacto na saúde pública, uma vez que compromete a qualidade de vida, provoca incapacidade, mortes prematuras e maiores custos tanto para a sociedade, como para o sistema de saúde. 
A Pesquisa Vigitel 2019 também apontou dados alarmantes sobre a taxa de obesidade, colocando o Brasil entre os três países com mais obesos no mundo.
 

O que dizem as pesquisas

Após as entrevistas da PNS (108 mil famílias), e da Vigitel (mais de 52 mil pessoas), concluiu-se que:

  • 23,9% da população possui hipertensão arterial. Esta porcentagem é equivalente a 38,1 milhões de pessoas, sendo 26,4% mulheres e 21,1% homens;
  • 16,3 milhões de pessoas brasileiras possuem um diagnóstico de depressão, sendo que 14,7% são mulheres e 5,1% são homens. Este total representa 10,2% da população;
  • 14,6% das pessoas com 18 anos ou mais, possuem colesterol alto. Destas, 17,6% são mulheres e 11,1% são homens;
  • 7,7% da população brasileira, o equivalente a 12,3 milhões de pessoas, possui diabetes. Sendo que este diagnóstico atinge 8,4% das mulheres e 6,9% dos homens;
  • 5,3% (8,4 milhões) de pessoas possuem alguma doença do coração;
  • 3,1 milhões de pessoas da população adulta possuem um diagnóstico de acidente vascular cerebral;
  • 2,6%, ou 4,1 milhões de adultos, foram diagnosticados com câncer no Brasil;
  • 21,6% da população possui algum problema crônico de coluna;
  • 19,8% da população brasileira está obesa.

 

O que são essas doenças?

Como vimos, os números de doenças crônicas no Brasil são preocupantes e estão em uma crescente ao longo dos anos. Vamos entender melhor, então, quais são essas doenças e seus danos à saúde.
 
Hipertensão arterial
A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, consiste na pressão que o sangue faz contra as artérias para poder circular pelo corpo. Essa contração faz com que o coração se esforce mais em seu funcionamento. Dessa forma, a hipertensão provoca dilatação no coração e danifica as artérias.
Essa doença pode surgir em qualquer fase da vida, embora seja mais comum em idosos. Uma pessoa é considerada hipertensa quando, mesmo em repouso, apresenta pressão arterial igual ou acima de 14 por 9. 
A pressão alta torna as pessoas portadoras mais propensas a problemas vasculares, como AVC e infarto, doença renal crônica, alteração na visão, entre outros. 
Embora não tenha cura, pode ser controlada por meio de tratamento e adoção de hábitos saudáveis.
 
Depressão
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente. Seus sintomas são caracterizados por tristeza profunda, pessimismo, baixa autoestima, desesperança, sentimento de culpa, entre outros.
Ela pode ser causada por predisposição genética, ou também por gatilhos que desencadeiam crises, como algum acontecimento traumático, estresse, consumo de drogas, doenças sistêmicas, entre outros.
Pessoas com depressão podem apresentar quadros variados de intensidade e duração, e apresentarem três graus diferentes: leve, moderado e grave. 
A depressão exige acompanhamento psicoterapêutico. 
 
Colesterol alto
O colesterol alto ocorre quando o nosso corpo eleva a produção de gordura, o que pode levar a obstrução dos vasos sanguíneos e, consequentemente, diminuir o fluxo de sangue em regiões importantes, como o coração, por exemplo.
Uma pessoa com colesterol alto é mais propensa a ter um infarto ou outras doenças cardiovasculares. 
O tratamento de colesterol alto é feito por meio de medicação e mudança de hábitos na rotina e na alimentação.
 
Diabetes
A diabetes é uma doença crônica metabólica, e consiste no aumento de glicose (açúcar) no sangue. Isso porque ela é causada pela falta ou má absorção de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas e que transforma a glicose em energia para o corpo.
Esta doença pode ser hereditária ou associada a outros fatores, como obesidade, hipertensão, estresse, entre outros. 
Há diabetes do tipo 1, tipo 2 e gestacional. Para todos existe um tratamento que envolve acompanhamento médico e hábitos saudáveis. 
 
Acidente vascular cerebral
Popularmente conhecido como AVC ou derrame cerebral, o Acidente vascular cerebral é caracterizado pela interrupção de fluxo sanguíneo em alguma região do cérebro. 
Existem dois tipos de AVC: hemorrágico e isquêmico.
O AVC hemorrágico acontece quando um vaso cerebral é rompido e provoca sangramento em uma parte do cérebro. Já o AVC isquêmico é provocado pela obstrução de uma artéria que impede a passagem de oxigênio para as células cerebrais, e estas acabam morrendo.
Um derrame cerebral não tem cura. A recuperação de um AVC envolve uma série de tratamentos, de acordo com seus danos. 
 
Câncer 
O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância. É um termo abrangente para mais de 100 tipos diferentes de doenças malignas.
Esta doença possui um alto grau de gravidade e leva a óbito a maioria das pessoas com seu diagnóstico. 
O câncer pode ser causado por fator hereditário, mas também devido ao tabagismo, exposição aos raios UV, produtos químicos, entre outros.
 
Obesidade
Uma pessoa obesa possui excesso de gordura corporal, geralmente provocado pelo sedentarismo e alto consumo de alimentos gordurosos e ricos em açúcar. 
A obesidade é responsável por desencadear uma série de outras doenças como a hipertensão, diabetes, colesterol alto, entre outras.
O tratamento para obesidade envolve atividades físicas, reeducação alimentar e acompanhamento com nutricionista e demais profissionais necessários.
 

Como mudar esse cenário?

Com a vida cada vez mais corrida, as pessoas tendem a deixar o cuidado com a saúde de lado. Mas estes números alertam o quão fundamental é manter um estilo de vida equilibrado e sadio. 
As principais doenças crônicas no Brasil podem ser prevenidas, quando não são hereditárias, através de uma rotina saudável, que envolva exercícios físicos, alimentação balanceada e acompanhamento médico frequente. 
Até mesmo quem já possui um diagnóstico pode ter uma melhor qualidade de vida, desde que adote bons hábitos diários.
E você, o que tem feito pela sua saúde e bem-estar?
 
Fontes: Agência Brasil, Ministério da Saúde, Dr. Drauzio Varella, Tua Saúde, Médico 24hrs, Instituto Nacional de Câncer.

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