Semana mundial do Aleitamento Materno

Amamentar é amor! Início do Agosto Dourado e da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2021
Uma das formas mais puras e representativas do amor entre mãe e filho, o aleitamento materno é tema do Agosto Dourado, instituído em todo o mundo e no Brasil como o mês dedicado à campanhas de informação e conscientização sobre a importância da amamentação. No dia 1º de agosto, é comemorado o Dia Mundial da Amamentação e também marca o início da Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), denominada em inglês como World Breastfeeding Week (WBW).

Origem do Agosto Dourado

E como surgiram essas datas tão importantes para o fortalecimento da campanha pró-aleitamento materno? A história teve início no ano de 1990, em encontro realizado pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante a reunião, foi criada e assinada a Declaração de Innocenti, que estabeleceu o dia 1º de agosto (data da assinatura da declaração) como o Dia Mundial do Aleitamento Materno. Já a Semana Mundial do Aleitamento Materno, entre os dias 1º e 7 de agosto, foi criada um ano depois, em 1991.
Além das datas estabelecidas para a conscientização, a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA) foi fundada em 1991 e, todos os anos, determina um tema mundial para a campanha e fornece materiais de base para mais de 100 países. Para o ano de 2021, a WABA escolheu o seguinte tema: “Proteger a Amamentação: Uma Responsabilidade de Todos”.
No Brasil, a Lei nº 13.435/2.017 institui o Agosto Dourado como o mês do aleitamento materno e determina que, durante todo o mês, sejam realizados eventos, palestras, campanhas de divulgação, ações e reuniões com a comunidade, e também a iluminação e decoração de espaços com a cor dourada. A escolha do dourado veio da associação do leite materno como um “alimento de ouro” para os bebês. 

10 passos para o sucesso da amamentação

Segundo a Declaração de Innocenti, que estabelece objetivos para reduzir a mortalidade infantil por meio do aleitamento materno, há 10 passos para o sucesso da amamentação. Eles devem ser cumpridos por todas as maternidades que seguem a Semana Mundial de Amamentação. São esses:

  1. Possuir e transmitir rotineiramente a toda a equipe de cuidados de saúde uma norma escrita sobre aleitamento;
  2. Realizar treinamento de toda a equipe de cuidados de saúde para que as normas sejam implementadas;
  3. Informar todas as pacientes gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno;
  4. Auxiliar as mães a iniciarem o aleitamento materno nos primeiros trinta minutos após o nascimento;
  5. Mostrar às mães como amamentar e manter a lactação, mesmo se vierem a se separar de seus filhos posteriormente;
  6. Não fornecer aos recém-nascidos nenhum alimento ou bebida além do leite materno, exceto em casos em que haja indicação médica;
  7. Estimular e praticar o alojamento conjunto, que permite que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas.
  8. Encorajar o aleitamento materno sob livre demanda;
  9. Não dar chupetas ou bicos artificiais às crianças amamentadas ao seio;
  10. Promover o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde as mães deverão ser encaminhadas por ocasião da alta, no próprio hospital ou ambulatório.

Benefícios do aleitamento materno

As vantagens da amamentação para a saúde e desenvolvimento dos bebês são inúmeras. Por meio do leite materno, a mãe transmite anticorpos que protegem a criança de doenças e diversos tipos de infecções, principalmente respiratórias. Além disso, o risco de desenvolver asma, diabetes e obesidade é menor em crianças amamentadas, mesmo após elas deixarem de mamar. 
Outros fatores positivos do aleitamento incluem o fortalecimento dos dentes e o desenvolvimento da face da criança, um fator importante para a fala e também para a respiração. O ato de mamar, com o bebê junto ao peito da mãe, traz calor, segurança e aumenta os vínculos afetivos. O leite materno também ajuda a evitar diarreias, minimiza as cólicas, melhora a digestão e protege o intestino dos bebês. 
Mas engana-se quem pensa que o aleitamento materno traz benefícios apenas para os bebês. A amamentação gera positivos impactos ambientais, sociais e até mesmo econômicos. Isso porque, ao fornecer ao bebê o aleitamento materno, a geração de lixo composto por embalagens e latas de fórmulas lácteas é reduzido drasticamente. 
Para o bolso da mãe e da família, o aleitamento também traz benefícios. Pesquisas da Associação Americana de Pediatria mostram que mães que fornecem apenas leite materno aos seus filhos durante os primeiros seis meses de vida dos bebês poupam cerca de mil dólares neste período. No Brasil, onde os produtos costumam ser ainda mais caros, o impacto financeiro para uma família é ainda maior em casos onde não é realizada a amamentação do bebê.  
Por isso, as ações de conscientização sobre o aleitamento materno são de suma importância para a saúde das pessoas e do planeta. Divulgue, participe e colabore com a Semana Mundial do Aleitamento Materno!

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Anticoncepcional: mitos e verdades sobre o método mais usado pelas mulheres

Desde 1960, a pílula anticoncepcional tem papel importante no comportamento sexual e social das mulheres. Através dela, é possível prevenir a gravidez – se tomada conforme orientação médica, seguindo pausas e horários corretamente. Ainda assim, é importante pontuar que o uso do anticoncepcional não elimina a necessidade do uso de preservativo, pois precisamos nos cuidar e evitar o contágio por doenças sexualmente transmissíveis.
+ Infecções Sexualmente Transmissíveis: guia básico para prevenção
Ainda que a pílula anticoncepcional esteja no mercado há muitos anos, ainda existem muitas dúvidas acerca da sua eficácia, efeitos colaterais e modo de uso. Por ser uma medicação com alta dosagem de hormônios, é preciso sempre consultar um médico ginecologista antes de iniciar o tratamento. Durante o processo, alguns exames podem ser solicitados ao paciente a fim de encontrar a medicação que melhor se adapta ao seu corpo.
Neste artigo, nós separamos as principais dúvidas a respeito dos anticoncepcionais, mas ressaltamos a importância de sempre consultar um profissional especialista. 

O que é o anticoncepcional?

O anticoncepcional é uma medicação feita à base de hormônios, que pode ser tomada por mulheres através de via oral ou injetáveis. Quem deve avaliar a melhor opção para cada organismo é o ginecologista. O ativo garante 99% de proteção contra a gravidez indesejada, mas deve ser combinado com o uso de preservativo para prevenir doenças sexualmente transmissíveis. 
Seu papel é inibir a ovulação, ou seja, a mulher não entra no período fértil. Assim, mesmo que haja ejaculação no canal vaginal durante o sexo, os espermatozoides não vão encontrar óvulos para a fecundação. Dessa maneira, evita-se a gravidez. A pílula também impede a dilatação do colo do útero, o que também faz diminuir a chance de entrada dos espermatozoides.

O anticoncepcional diminui a libido?

A resposta para essa pergunta não é tão simples: é possível, mas não significa que vai acontecer com todas as mulheres. Em algumas mulheres a pílula pode sim afetar o desejo sexual feminino, pois se trata de um medicamento com base hormonal. Algumas alterações fisiológicas e comportamentais podem ocorrer e as mulheres podem sentir uma diminuição do desejo sexual. Isso ocorre porque as pílulas diminuem a oscilação hormonal que acontece no corpo da mulher, estabilizando os picos do desejo sexual. Nesse caso, é importante entender com o seu médico qual é a melhor medicação para o seu organismo. 
+ Síndrome do ovário policístico: saiba se você tem

Posso ficar grávida se errar o horário do anticoncepcional?

Se você teve relações sexuais durante o período em que esqueceu de tomar o anticoncepcional, é possível estar mais vulnerável a uma gravidez. A recomendação é sempre seguir o mesmo horário para pílulas com pausa ou uso contínuo. Se você se esqueceu de tomar uma pílula da cartela, tome-a assim que se lembrar, desde que se respeite o período máximo de até 12 horas do horário habitual de tomada. Se esse período for maior que as 12 horas, consulte um médico para receber a orientação de acordo com o seu medicamento, que pode variar.
É importante ressaltar que nenhum método contraceptivo é 100% eficaz. As orientações sobre o que fazer em caso de esquecimento servem para minimizar os riscos e, mesmo quando seguidas corretamente, ainda há possibilidade de ocorrer a gravidez.

Qual a relação do anticoncepcional com a trombose?

A presença do estrogênio é a principal responsável pelos casos de trombose relacionados ao uso do anticoncepcional. Atualmente, as pílulas combinadas mais modernas trazem doses baixas do estrogênio, se comparadas às versões iniciais, mas ainda assim apresentam riscos. 

Na faixa dos 20 a 30 anos, a trombose pode acontecer em quatro ou cinco a cada 10 mil mulheres, já com o uso da pílula esse número aumenta de duas a quatro vezes. Esse risco, porém, ainda é considerado baixo. A maioria das ocorrências se dá nos primeiros meses de uso do anticoncepcional e não quando é interrompido. Além disso, cada vez que a mulher deixa de utilizar e volta, esse risco cresce.

Usar o mesmo anticoncepcional por muito tempo perde o efeito?

Não. O anticoncepcional tem a mesma eficácia durante toda a sua vida útil. O que acontece é que, durante a vida da mulher, os seus hábitos podem mudar e impactar diretamente no método anticoncepcional. Por exemplo: a associação de alguns medicamentos, como antidepressivos, e o surgimento de patologias como diabetes e hipertensão, podem comprometer a eficácia. É preciso consultar um médico ginecologista sempre que uma nova medicação for introduzida, para entender qual é a interação dela com o método contraceptivo.

Por que fumar e usar anticoncepcional não é recomendado?

O tabagismo associado ao uso de anticoncepcional aumenta as chances de trombose e ocorrências cardiocirculatórias. De acordo com a OMS, por exemplo, mulheres que estão acima dos 35 anos e fumam não devem utilizar nenhum tipo de medicamento que possua estrogênio. Nesse caso, orienta-se o uso de minipílulas com progesterona isolada.

+ Como funciona o tratamento para fumantes?
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Síndrome do ovário policístico: saiba se você tem

A síndrome do ovário policístico é um distúrbio hormonal muito comum, que pode causar inconvenientes simples, como irregularidade menstrual e acne, até disfunções mais graves, como obesidade e infertilidade. 
É importante pontuar que ter ovários policísticos não é sinônimo de sofrer com a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e seus sintomas. A síndrome só é diagnosticada se há aumento de hormônios masculinos no corpo da mulher e um período menstrual irregular. Ou seja: a presença de vários cistos no ovário não configura, por si só, a SOP, mas pode ser um dos sintomas. Confira abaixo o que é a SOP e como tratá-la.
 

O que é a Síndrome do Ovário Policístico (SOP)?

Os ovários são os órgãos responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos e por acolher os óvulos que a mulher traz consigo desde o ventre materno. Dentro deles, as mulheres podem desenvolver cistos, isto é, pequenas bolsas que contêm material líquido ou semissólido. Estes são os ovários policísticos, que normalmente não têm importância fisiológica, mas que em torno de 10% estão associados a alguns sintomas. A diferença entre cisto no ovário e ovário policístico está no tamanho e no número de cistos.
A síndrome acomete principalmente mulheres entre 30 e 40 anos, e o diagnóstico tornou-se mais preciso com a popularização do exame de ultrassom. Estima-se que no Brasil haja 2 milhões de mulheres nessa condição.
 

Como identificar a Síndrome do Ovário Policístico

O diagnóstico é feito pelo ginecologista a partir da análise dos sintomas apresentados pela paciente e resultado dos exames solicitados, sendo, então, possível iniciar o tratamento adequado que é feito com remédios que têm como objetivo aliviar os sintomas e regular os níveis hormonais. O diagnóstico leva em consideração três fatores: aumento da produção de hormônios masculinos, período menstrual irregular e exames de imagem que comprovem o número de cistos no ovário.
A SOP atinge de 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Ela costuma surgir quando a hipófise, a glândula que regula a produção hormonal, acaba estimulando a liberação em excesso de andrógenos.
 

Principais sintomas

Os sintomas da SOP podem variar de acordo com cada mulher e organismo. Porém, de forma geral, os principais sintomas são:

  • Menstruação irregular ou ausência de menstruação;
  • Queda de cabelos;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Aparecimento de pelos no rosto e no corpo;
  • Aumento da oleosidade da pele;
  • Surgimento de acne;
  • Ganho de peso de forma não intencional;
  • Atraso no desenvolvimento das mamas.

É importante ressaltar que, no caso do aparecimento de dois ou mais sintomas, é importante consultar um ginecologista para que seja feita uma avaliação e exames de imagem. 

Quem tem SOP pode engravidar?

Sim, porém existem complicações. Quando existem muitos cistos no ovário (ovários policísticos), em conjunto com o excesso de hormônios masculinos, pode haver a má formação de óvulos saudáveis e, consequentemente, alterar ou interromper o ciclo menstrual, levando à infertilidade. Estudos demonstram que mulheres com ovários policísticos normalmente apresentam maior dificuldade para conseguir engravidar. As complicações ocorrem, principalmente, em mulheres que estão acima do peso, sendo importante fazer o pré-natal adequado, se exercitar e ter uma alimentação saudável para diminuir os riscos de complicações.
Por outro lado, com a ajuda de medicamentos que induzem a ovulação, é possível engravidar sem ajuda médica. Mas, conforme citado anteriormente, é preciso passar por avaliação médica, pois as condições variam de mulher para mulher.
 

Tratamento

Como se trata de uma doença crônica, o tratamento da síndrome do ovário policístico atua nos sintomas. No caso da obesidade, a intervenção é voltada para o emagrecimento. Já para a produção de hormônios masculinos, o tratamento pode se dar através de pílulas anticoncepcionais específicas, atuando também na regulação da menstruação e no controle do crescimento de pelos.
Os casos de infertilidade respondem bem ao clomifeno, um indutor da ovulação. Se isso não acontecer, pode-se estimular os ovários com gonadotrofinas e tratamentos hormonais. Como há tendência ao ganho de peso, o tratamento pode incluir medicamentos para prevenir o diabetes e outros para evitar o colesterol elevado.
É importante ressaltar que nenhum diagnóstico ou tratamento pode ser feito sem o acompanhamento de um médico ginecologista.
Dúvidas ou sugestões? Escreva para a Unimed! 

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Maternidade durante a pandemia: a jornada dupla que está adoecendo as mulheres

Ainda que a pauta sobre equidade de gênero esteja em alta, as mulheres ainda são as mais afetadas pelo trabalho não-remunerado. Cuidar da casa, trabalhar, cuidar dos filhos, ser responsável pelas refeições e limpeza são algumas das funções acumuladas que já eram cansativas antes da pandemia, e que agora têm levado muitas mulheres à exaustão.

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, mostram que as mulheres realizam serviços domésticos durante 18,5 horas por semana, em comparação com 10,3 horas semanais gastas pelos homens. O estudo avaliou as atividades antes da pandemia, que trouxe um novo cenário de isolamento, homeoffice, fechamento de creches, escolas e mais tempo em casa. A história é ainda mais preocupante quando pensamos nas mulheres que não têm a possibilidade de ficar em casa, atrelada à falta de um responsável para cuidar das crianças durante o período de trabalho, o que gera ansiedade e estresse.
O trabalho remoto também traz uma realidade alarmante: para as mulheres, o isolamento social significa mais horas trabalhando, mais gente em casa, tendo que dividir a atenção entre o computador e os filhos, pensando na comida, na louça, na casa, nos horários de cada um. Essa rotina ininterrupta de esforço extremo está sobrecarregando as mulheres, sobretudo aquelas que são mães, fazendo com que desenvolvam transtornos psicológicos como ansiedade, depressão e estresse intenso.
A preocupação com o aumento da desigualdade durante a pandemia fez a Organização das Nações Unidas (ONU) lançar uma cartilha sobre os direitos das mulheres em meio à crise. O folheto “Gênero e Covid-19 na América Latina e no Caribe” coloca em pauta questões como a garantia do acesso a serviços e cuidados de saúde sexual e reprodutiva, trabalho não-remunerado, violência doméstica, entre outros assuntos. O objetivo é alertar as autoridades sobre o impacto da pandemia na vida das mulheres e garantir a dimensão de gênero nas medidas tomadas durante a crise. Para acessar a cartilha na íntegra, clique aqui.
Nesse momento, é preciso olhar com carinho e cuidado para essas mães, entendendo as suas necessidades pessoais e desmistificando estereótipos que reforçam a ideia de que as mulheres precisam suportar tudo para se manterem no padrão de ‘mães exemplo’, afastando-as cada dia mais da saúde mental, dos momentos de lazer e da sua singularidade.

Como identificar a exaustão emocional

A exaustão emocional se caracteriza pelo estresse acumulado, tanto na vida pessoal como profissional. É quando você se sente emocionalmente e fisicamente esgotado. Com o tempo, esse estado crônico de estresse pode causar danos à saúde, por isso é importante procurar um médico caso você sinta os seguintes sintomas:

  • Alterações gástricas ou intestinais
  • Dificuldade em dormir
  • Irritabilidade
  • Fadiga física
  • Desmotivação
  • Falta de atenção
  • Apatia
  • Dores de cabeça
  • Mudança no apetite
  • Nervosismo
  • Dificuldade de concentração
  • Pouca energia
  • Tristeza repentina

 

Como melhorar a rotina para evitar a exaustão

Evite se cobrar tanto: quando você acumular funções, tente parar e pensar que você não precisa ser perfeita ou aguentar tudo. Lembre-se que, antes de ser mãe, você é um ser humano com emoções complexas, necessidades e vontades próprias. Faça o que pode e respeite o seu limite.
Fale com você como falaria com uma amiga: se uma amiga te dissesse que está exausta por cuidar de todas as tarefas de casa, você a julgaria ou a acolheria? Nós costumamos entender e sentir empatia pelo outro, mas estamos sempre prontos para nos cobrar, culpabilizar e exigir a nossa perfeição. Você falaria com alguém do jeito que fala consigo mesma? Não? Então é hora de se tratar com mais carinho e respeito.
Tente delegar funções: numa casa composta por mais de uma pessoa, é importante que a divisão das tarefas seja justa. Distribua as responsabilidades para que você não fique sobrecarregada.
Respeite o tempo de dormir: varar as noites não é saudável e tem impactos na saúde física a longo prazo. Se possível, determine um horário para o sono e evite realizar tarefas nessa hora. Dessa forma, o seu corpo descansa e se recarrega para as tarefas do dia seguinte.
Converse com amigos que te fazem bem: ainda que virtualmente, conversar com amigos faz a nossa cabeça se desligar das funções do dia a dia. Ligue para um amigo e coloque o papo em dia.
 
Lembre-se: a saúde mental é importante e deve ser acompanhada por um profissional especialista. Cuide-se! 🙂

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Meditação: saiba como ela auxilia no combate à ansiedade e aprenda a praticar

O autocuidado é um tema que ganhou destaque durante a pandemia. Termos como “meditação” e “mindfulness” registraram recorde de busca em comparação aos últimos 16 anos, segundo dados do Google. Por outro lado, pesquisas sobre ansiedade e depressão também tiveram destaque. 
Os transtornos psicológicos, como a ansiedade e a depressão, não eram muito debatidos e ganharam maior visibilidade com o isolamento social. A solidão, a insegurança e o medo fizeram com que muitas pessoas tivessem o seu primeiro contato com essas patologias. Além disso, aqueles já diagnosticados também tiveram mais atenção, o que trouxe mais visibilidade e discussões sobre temas que englobam saúde mental.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), antes da pandemia o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões de pessoas. Durante a pandemia, a situação se agravou: estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEFJ) revelou um aumento de 90% nos casos de depressão. Já o número de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo praticamente dobrou entre março e abril de 2020.
Com os números alarmantes, alternativas e tratamentos ganharam mais notoriedade. Um deles foi a prática da meditação, que consiste na atenção plena, foco no presente e relaxamento do corpo. É importante pontuar que, ainda que traga benefícios cientificamente comprovados, a meditação não exclui a necessidade de um diagnóstico feito por um profissional. Os tratamentos para transtornos psicológicos devem ser avaliados por um médico especializado, considerando cada caso.
Para amenizar os sintomas da ansiedade e depressão em casos mais leves, a meditação se mostra um instrumento muito poderoso no controle dessas patologias. Isso porque ela é uma forma de se colocar no aqui e agora, tirando da mente pensamentos sobre o futuro, que são geradores de ansiedade. Além disso, o exercício de focar na respiração ajuda a relaxar a musculatura, trazendo sensação de prazer e alívio.
 

Principais benefícios da meditação

Os benefícios da meditação são cientificamente comprovados e podem ser notados a curto prazo, sendo eles:

  • Melhora do foco e concentração;
  • Diminuição de pensamentos que produzem ansiedade;
  • Relaxamento muscular;
  • Melhora do estresse;
  • Diminuição dos sintomas depressivos;
  • Melhora do humor;
  • Potencialização do autoconhecimento e autoestima;
  • Controle de emoções;
  • Melhoria na qualidade do sono.

 

Dicas para começar hoje mesmo

A meditação não tem regras. Ao contrário do que se pensa, há muitas formas de praticar e a busca pela prática ideal só se dá através da tentativa. É claro que, no começo, pode parecer difícil. Mas com o tempo você vai encontrando os métodos que mais funcionam para você. Abaixo, listando algumas dicas que vão te ajudar nesse processo:
 
Respeite o seu tempo
Ao iniciar a prática, muitas pessoas se prendem ao tempo da meditação. A verdade é que não existe uma duração ideal para o exercício, o tempo ideal é aquele onde você se sente confortável. Não se prenda aos padrões e não se compare com quem tem mais experiência: comece com 5 minutos – ou menos – e vá aumentando conforme sentir a necessidade. Respeite o seu tempo e tenha paciência com a sua evolução.
 
Tenha constância
Assim como todo hábito, a meditação requer disciplina e treino. Quanto mais vezes você praticar, melhor você ficará. Reserve espaços na rotina para pequenas sessões de meditação e não sabote a sua jornada. Aprender requer tempo e constância.
 
Não se preocupe com divagações
A mente é um ambiente inquieto, cheio de informações e estímulos. É muito difícil (até mesmo para os experts) silenciar os nossos pensamentos. Não se irrite se no meio da prática você começar a divagar, pensar no jantar, na conta que tem que pagar ou no trabalho. Observe esses pensamentos, acolha e os deixe ir. 
 
Não espere ter o cenário perfeito
Não é preciso tapetes específicos ou incensos para começar. A meditação é uma prática simples e descomplicada, que pode ser inserida no dia a dia com facilidade. Você pode meditar na cama, antes de dormir; ou até mesmo na cadeira do trabalho. O importante é estar entregue ao presente momento, com foco e atenção.
 
Siga perfis e personalidades que pratiquem a meditação
As redes sociais podem te ajudar no processo de introdução ao mundo da meditação. Usar os nossos perfis nos canais on-line para seguir pessoas que têm esse lifestyle pode nos inspirar a praticar cada vez mais. Use a seu favor!
 
Aposte nos aplicativos e aulas no YouTube
Existem inúmeros aplicativos gratuitos que oferecem aulas de meditação guiada para quem tem dificuldade em se guiar sozinho. No YouTube, o leque também é grande. Procure por “meditação” e curta esse momento!
 
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Mês das mães: o que é quais são as fases do puerpério

O corpo da mulher passa por diversas transformações desde a gravidez até o nascimento do bebê, sendo elas físicas e psíquicas. No período de 45 a 60 dias pós-parto, o corpo sofre mutações progressivas, onde ele começa a se preparar para voltar ao seu estado de não-grávida. Esse ciclo é chamado de puerpério e deve ser acompanhado com atenção para que a mulher tenha o apoio necessário para realizar a transição com saúde e segurança.

O que acontece durante o puerpério?

O puerpério nada mais é do que um período que o seu corpo começa a voltar para o seu estado de não-grávida. Com a gestação, são muitas as transformações internas – desde os órgãos digestivos, até mesmo a pressão arterial. Nas primeiras 24 horas, as mudanças de corpo se concentram no órgão que mais faz esforço durante o período de parto: o útero. Para ter ideia, no fim da gestação – ou seja, perto do nascimento – o útero chega a medir 32 centímetros. Quando o bebê nasce, ele mede apenas sete. O seu peso também muda: numa média de 1,5 durante a gestação, ele volta a pesar 60 gramas.
 
Nesta fase é normal o aparecimento de um tipo de “menstruação”, que é, na verdade, um sangramento normal causado pelo parto, chamado de lóquios, que se inicia de forma abundante, mas que vai diminuindo pouco a pouco. Este sangramento é normal e dura em média 5 semanas, sendo caracterizado pela saída de sangue vermelho-escuro com consistência espessa e que, por vezes, apresenta coágulos de sangue.
Os órgãos digestivos vão voltando pouco a pouco à sua posição de antes e retomam a sua fisiologia usual. É normal que nos primeiros dias após o parto o intestino fique preso, mas volta ao funcionamento normal de forma espontânea. No período de puerpério, recomenda-se uma dieta leve, com alimentos que ajudem na evacuação.
 

O que muda no corpo da mulher?

  • Mamas mais duras

Por ser também o período de amamentação, as mamas ficam cheias de leite e, consequentemente, mais pesadas. Caso você se sinta muito desconfortável, é ideal a procura de um médico para orientar em caso de necessidade fórmula infantil – amamentação através de produtos recomendados pelo profissional de saúde. Importante ressaltar que essa deve ser uma escolha entre mãe e médico, buscando alternativas que fortaleçam o desenvolvimento do bebê e que também possam deixar a mãe mais confortável. Compressas de água quente podem ajudar, consulte a orientação do seu médico.
 

  • Barriga inchada

Nos primeiros dias o abdômen permanece inchado por conta do tamanho do útero, que ainda não está no seu tamanho normal, e por conta da prisão de ventre, que é comum. Com o passar do tempo, o útero vai voltando ao seu estado “normal” e a barriga vai ficar mais flácida. Não se preocupe, esse é um período completamente normal! É importante respeitar o seu tempo e entender que, nessa nova fase, o seu corpo passou por grandes transformações. Ame e respeite-o! 
 

  • Aparecimento de sangramento vaginal

As secreções do útero vão saindo pouco a pouco, por isso existe um sangramento parecido com a menstruação, chamado de lóquios, que é mais intenso nos primeiros dias, mas que diminui a cada dia, até desaparecer completamente. 

Se você notar um sangramento com cheiro característico e cor muito intensa por mais de 4 dias, é importante consultar um médico para ter certeza que tudo está bem.

 

  • Cólicas

Agora que já sabemos que o útero está mudando de tamanho e regredindo à sua forma original, é importante saber que podem haver cólica e desconfortos abdominais. Isso não quer dizer que você está menstruando e não acompanha, necessariamente, um escape de sangue como falamos aqui em cima. As dores são parte natural do processo de retorno ao corpo não-grávido, mas, caso sejam muito incômodas, você pode usar compressas quentes na região para aliviar um pouquinho. Chás e repouso também são ótimas medidas! 
 

  • Incontinência urinária

A incontinência é uma complicação relativamente normal no pós-parto, especialmente se a mulher teve parto normal, mas também pode acontecer nos casos de cesárea. A incontinência pode ser sentida como uma vontade repentina de urinar, que é difícil de controlar, podendo haver escape de urina. 
 

  • Retorno da menstruação 

O retorno da menstruação depende se a mulher amamenta ou não. Quando amamenta exclusivamente, a menstruação tende a voltar em cerca de 6 meses, mas é recomendado usar métodos contraceptivos extra para não engravidar nesse período. Caso a mulher não amamente, a menstruação volta em aproximadamente 1 ou 2 meses. 
 

Cuidados durante o puerpério:

  • Andar durante as primeiras horas do dia: diminui os riscos de trombose, melhora o trânsito intestinal e contribui para a circulação de sangue
  • Marcar uma consulta com o seu médico numa média de 6 semanas pós-parto: é importante para checar se o útero está cicatrizando bem
  • Ter paciência com o seu corpo: esse período é muito delicado e pode também afetar o emocional das mulheres. Nesse ciclo, tenha paciência e lembre-se que você está passando por grandes transformações no seu corpo e que muitas delas se resolvem com o tempo. Tenha orgulho do trabalho que o seu corpo fez até aqui, afinal, ele cuidou de você e do seu bebê muito bem! 
  • Evite pegar peso ou fazer grandes esforços: para ajudar na cicatrização no útero e evitar movimentos e contração, é ideal que evite pegar peso e fazer grandes esforços no período do puerpério. Dessa forma, deixamos os órgãos mais “a vontade” e relaxados para trabalhar.

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Mês da Mulher: saúde emocional, alimentação saudável, bem-estar físico e emocional


No mês de março, impulsionado pelo Dia Internacional da Mulher, os debates acerca da saúde feminina se intensificam. É um convite para refletir sobre quais cuidados devem ser adotados na rotina para promover uma sensação mais completa de bem-estar e afastar toda e qualquer possibilidade do desenvolvimento de determinadas doenças.
Seguindo esse cenário do Mês da Mulher, nós, da Unimed Cascavel, gostaríamos de convidar nossas leitoras e todos aqueles que as cercam a refletir sobre ações do dia a dia que contribuem para o aprimoramento da saúde física e mental, prevenindo cenários danosos e assegurando melhor qualidade de vida para todas.
 
Rotina saudável: você é sua prioridade
Não importa o cenário, você deve vir sempre em primeiro lugar! Pensando nisso, uma rotina saudável deve, acima de tudo, se adequar ao seu dia a dia e aos seus hábitos. Pense em como você organiza suas atividades diárias, nos horários das suas refeições e nos alimentos que fazem parte do seu cardápio.
Manter uma rotina razoável de atividades físicas não precisa ser um martírio. Você pode (e deve) aderir a modalidades que façam sentir prazer por liberar endorfina – dança, yoga, caminhada, musculação, crossfit, lutas e o que mais vier! O importante é se movimentar, já que isso também diminui os riscos de desenvolver doenças como o hipotireoidismo, o câncer de mama e o câncer de colo de útero.
Além disso, nesse cenário, é notável que muitas mulheres possuem ovários micropolicísticos e, em alguns casos, a Síndrome dos Ovários Policísticos. O problema é, na verdade, muito comum. O tratamento e o controle dos sintomas provocados pelo segundo (atraso menstrual, excesso de pelos, inchaço, resistência insulínica) podem ser feitos com vitaminas e escolhas certeiras no prato, como folhas, fibras e proteínas, além da redução de açúcar e carboidrato.
 
Liberdade sexual com responsabilidade: prevenir é o melhor remédio
Nenhuma mulher merece ser julgada pelas escolhas que faz na vida sexual. Cuidar-se, no entanto, é indispensável. O público feminino é aquele verdadeiramente afetado por doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV. Os casos de HIV também têm crescido exponencialmente, inclusive em mulheres casadas que fazem sexo sem preservativo, confiando na fidelidade do parceiro. Você tem direito e dever de exigir o uso da camisinha na hora H, de utilizar os métodos contraceptivos que mais se adequem à sua rotina para evitar doenças e uma gravidez indesejada.
Além do mais, certifique-se de sempre fazer seus exames de rotina: consulte seu ginecologista com frequência, adote hábitos que afastem desconfortos como a candidíase, faça os exames de toque para identificar possíveis tumores precocemente.
 
A culpa não é sua!
O bem-estar físico passa, inevitavelmente, pelo bem-estar mental. Falar de saúde mental não inclui somente as atividades físicas, os cuidados com a saúde íntima e uma boa alimentação: psicoterapia é um ótimo exercício de autoconhecimento e, também, essencial para cuidar de feridas às quais o público feminino é mais vulnerável.
As mulheres ainda são as mais afetadas no cenário da violência doméstica, seja ela física ou psicológica. Também são os alvos mais suscetíveis aos relacionamentos abusivos. Isso sem falar no medo do assédio, da violência sexual e do feminicídio, em que crimes contra o gênero evidenciam a necessidade de campanhas. Mas mais do que isso: uma mulher que passa por tais cenários tende a cair na armadilha de se culpar. A culpa nunca é da vítima, mas totalmente do agressor. Sinta-se amparada: você não está sozinha!
Ame-se, cuide-se: use esse mês para refletir sobre tudo o que você pode fazer para tornar sua vida mais saudável e feliz. Você é merecedora!

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Parto Adequado: o que é e como funciona?

 

O debate acerca do parto não é novidade: de uns anos para cá, com a atuação da mídia e a pressão impulsionada pelo movimento feminista, diversos casos de violência obstétrica vieram à tona, e conversar a respeito, informando as gestantes sobre os seus direitos, virou uma necessidade de saúde pública. Em 2013, a Agência Pública fez um papel primoroso de jornalismo investigativo ao denunciar os dados alarmantes de cesarianas no setor público e privado, bem como de expor histórias terríveis de mulheres que tiveram o protagonismo neste momento tão especial corrompido por médicos, relatando experiências de violência psicológica e física (como episiotomias forçadas e ofensas diversas). 
 
Mais do que conscientizar as parturientes sobre seus direitos, é essencial que a população entenda a importância do equilíbrio entre a escolha das mães sobre seus corpos e a atuação de bons profissionais da saúde. Esse é, aliás, um dos pilares do projeto Parto Adequado, idealizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI). Um dos objetivos centrais do programa é reduzir os números alarmantes de cesáreas desnecessárias praticadas no Brasil: de acordo com dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice ideal de partos cirúrgicos seria entre 10% e 15%; o Brasil, porém, ultrapassou essa marca e contabiliza mais de 80% dos partos em rede privada com interferência cirúrgica. 
 
Dessa forma, o objetivo principal do projeto é disseminar o parto humanizado, considerando as vontades da gestante e oferecendo um ambiente acolhedor para que esse momento, tão delicado e especial, entre para a sua memória afetiva de uma forma positiva, sem traumas. O Parto Adequado realiza, junto às instituições hospitalares parceiras, um planejamento que leva em conta a infra-estrutura proporcionada à equipe médica e à parturiente. A prioridade aqui é incentivar o parto natural. Isso porque ele oferece menores restrições e riscos, visto que os hábitos alimentares podem ser mantidos e a gestante pode escolher a melhor posição para dar à luz. Além disso, o parto normal segue o processo natural: o bebê nasce na hora certa, podendo expulsar secreções das vias respiratórias ao passar pelo canal vaginal. Além disso, a recuperação da mulher após um parto normal é muito mais tranquila, dispensando a necessidade de determinados cuidados dispensados em um pós-operatório. 
 
É claro que a escolha de uma cesárea, no entanto, não pode ser completamente descartada. Há momentos em que uma intervenção cirúrgica é bem-vinda, principalmente em situações onde há riscos para a saúde da mãe e do bebê. O objetivo central do Parto Adequado não é o de interromper em definitivo os partos cirúrgicos, mas sim utilizá-los somente quando necessário, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde e colocando a saúde da mulher e do bebê em primeiro lugar. 
 
Por fim, nós, da Unimed Cascavel, gostaríamos de salientar que somos apoiadores do Parto Adequado. Um levantamento feito pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicou que a iniciativa já soma um aumento de 40% na taxa de partos normais entre as instituições participantes. Dentre os hospitais parceiros, a Fundação Hospitalar São Lucas é uma das que caminham conosco nessa jornada, oferecendo uma estrutura completa para acolher as famílias e amparada por uma rede de profissionais extremamente qualificados. Tem alguma dúvida sobre essa parceria? Então escreva para nós! Devolver o protagonismo do parto para as mulheres e para as famílias, com respeito e carinho, é uma de nossas metas!

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