Saúde mental: é preciso ter atenção e debate aberto o ano inteiro

Viramos a página do calendário, mas a conscientização sobre saúde mental não pode ficar apenas como um objetivo do movimento Janeiro Branco. A dedicação a esse tema precisa fazer parte de um alerta constante de todos os meses e dias, pois quando todos se dedicam a um debate franco e sem tabus sobe saúde mental, a humanidade tem mais chances de conquistar uma vida satisfatória em todos os aspectos, conforme defende a Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP).

Boa leitura!

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estar mentalmente saudável é o estado de bem-estar em que uma pessoa consegue desempenhar suas habilidades, relacionar-se bem com as circunstâncias da vida, ser capaz de trabalhar e contribuir com a família e com a comunidade. Ou seja, é um conceito relacionado à forma como o ser humano reage aos desejos, capacidades, emoções e frustrações do dia a dia.

Ainda segundo a SBP, saúde mental tem relação com:

• Estar bem consigo mesmo(a), com familiares, colegas, amigos e qualquer outro indivíduo.
• Entender os desafios da vida.
• Saber lidar com emoções boas e desagradáveis, pois todas fazem parte da vida.
• Reconhecer o próprio limite e, quando necessário, buscar ajuda.

Sim, buscar ajuda!

Quando a turbulência das emoções bater à porta, não deixe de contar com quem entende do assunto. A saúde mental é tão importante quanto a saúde física e precisa de atenção e cuidado constante. Por isso, dê atenção às suas emoções e, ao primeiro sinal de alerta, converse com um especialista.

Autoconhecimento

Como parte tão importante quanto a psicoterapia nesse processo, profissionais da Psiquiatria desempenham um papel fundamental. Ambas áreas desenvolvem estratégias para alívio dos sintomas (que muita gente tem, mas nem todo mundo reconhece ou está disposto a falar sobre).

Mais cuidado, menos tabu!

Junte-se a nós nessa jornada! Vamos valorizar e cuidar da nossa saúde mental não apenas em janeiro, mas durante todo o ano. Porque quando a mente está em equilíbrio, a vida se torna mais leve!

Aqui tem gente. Aqui tem vida. Aqui tem Unimed.

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Saúde mental: compreendendo os estigmas e conhecendo os tratamentos

Os últimos dois anos representaram para a Organização Mundial da Saúde a maior revisão sobre saúde mental desde a virada do século. Um trabalho divulgado pela OMS fornece um plano para governos, acadêmicos, profissionais de saúde e sociedade civil apoiarem mais e melhor a transformação da saúde mental no mundo todo.

Boa leitura e compartilhe o artigo desta semana nas suas redes sociais!

Pandemia

Em 2019, ainda antes da covid, os transtornos mentais já eram uma pandemia preocupante. Quase um bilhão de pessoas (incluindo 14% dos adolescentes) viviam com algum desequilíbrio. Naquele ano, a cada 100 mortes registradas no planeta, uma era resultado de suicídio (58% entre pessoas com menos de 50 anos).

Expectativa de vida

Homens e mulheres com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral. Estigma, discriminação e violações de direitos humanos são comuns em todos os lugares.

Mesmo antes da pandemia de covid-19, apenas uma pequena fração das pessoas necessitadas tinha acesso a cuidados de saúde mental eficazes, acessíveis e de qualidade. Atualmente, enquanto 70% das pessoas com psicose são tratadas em países ricos, só 12% recebem cuidados em países pobres. Já em relação à depressão (mal do século), a falta de apoio adequado é comum a todos os países, chegando a no máximo 1/3 dos pacientes.

Mudanças

Os progressos parciais alcançados na última década provam que a mudança é possível. Conforme Dévora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OMS, “todo país tem ampla oportunidade de fazer progressos significativos em direção a uma melhor saúde mental para sua população. Seja formulando políticas e leis sobre saúde mental mais sólidas ou introduzindo a saúde mental nos seguros médicos, fomentando e fortalecendo os serviços comunitários de saúde mental ou integrando a saúde mental à atenção geral à saúde, escolas e penitenciárias”.

Tratamentos

Avanços extraordinários no tratamento das doenças mentais vêm ocorrendo nos últimos anos. Tanto que, atualmente, é possível tratar muitos transtornos quase com o mesmo êxito com que são tratados problemas físicos.

Para isso, os métodos podem ser classificados como

• Somáticos (medicamentos e terapias eletromagnéticas de estimulação cerebral).
• Psicoterapêuticos (psicoterapia, terapia comportamental, hipnoterapia, etc.).

Para transtornos mais graves, grande parte dos estudos sugere que uma abordagem terapêutica que contemple tanto medicamentos como psicoterapia é mais eficaz do que qualquer um dos métodos utilizados isoladamente.

Além de psiquiatras, psicólogos clínicos, enfermeiros com especialização psiquiátrica e assistentes sociais também são profissionais de saúde preparados para auxiliar no tratamento da doença mental. Entretanto, os psiquiatras são os únicos com permissão para receitar medicamentos (que jamais devem ser consumidos ou suspensos por conta própria).

Farmacoterapia

A classe de antidepressivos mais amplamente usada é de inibidores seletivos de recaptação de serotonina. Outras classes incluem inibidores de recaptação de serotonina-noradrenalina e inibidores de recaptação de noradrenalina-dopamina.

Atualmente, antidepressivos tricíclicos são raramente usados contra a depressão devido aos efeitos colaterais. Contudo, podem ser receitados se a pessoa também tiver algum distúrbio que cause dor crônica que interfira nas atividades e no trabalho.

Para casos psicóticos, existem três gerações de medicamentos. Cada uma é indicada conforme avaliação médica, que leva em conta, por exemplo, o tempo de enfermidade.

Além disso, a medicina conta com fármacos para o controle da ansiedade, pânico e fobias, bem como estabilizadores de humor (para casos de bipolaridade).

Psicoterapia

Importantes avanços no campo da psicoterapia foram registrados nos últimos anos. Ao criar um ambiente de empatia e aceitação, o terapeuta é capaz de ajudar a pessoa, frequentemente, na identificação da origem do problema e a considerar as alternativas para enfrentá-lo. A intuição emocional e a introspecção que a pessoa obtém com a psicoterapia dão lugar, com frequência, a uma mudança de atitude e de comportamento, permitindo que o paciente tenha uma vida mais plena e satisfatória.

A maioria dos profissionais de saúde mental pratica um dentre os seis tipos de psicoterapia:

• Terapia comportamental
• Terapia cognitiva
• Terapia interpessoal
• Psicanálise
• Psicoterapia psicodinâmica
• Psicoterapia de apoio
• Terapia comportamental

Em suma, a saúde mental é o foco de uma ampla rede de estudos científicos. Profissionais se debruçam sobre esse tema pois, tal qual qualquer órgão humano pode adoecer, a mente também pode causar problemas (que podem ser tratados).

Menos preconceito e mais apoio são o caminho para o bem-estar.

Aqui tem gente. Aqui tem vida. Aqui tem Unimed.

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Dia Nacional da Saúde: hábitos brasileiros que podem ajudar ou atrapalhar sua vida

Feijão, arroz e futebol de quarta-feira regado à cervejinha. Cardápio e costumes tipicamente nacionais que fazem parte de uma ampla cultura que nos identifica enquanto brasileiros. Mas Quais serão os efeitos disso para a nossa vida?

No Dia Nacional da Saúde, a Unimed Cascavel propõe a leitura deste artigo que revela hábitos comuns que podem ajudar ou atrapalhar a qualidade de vida de cada um de nós. 

O que está no seu prato?

A mais brasileira das combinações é uma boa fonte de proteínas. Quando alguém come arroz com feijão (ou feijão com arroz – a escolha é sua) a proteína fica completa e, por isso, pode-se dizer que essa mistura equivale a uma porção de carne. Isso acontece porque os aminoácidos que são os constituintes da proteína também estão presentes tanto no arroz quanto no feijão, sendo que no arroz há metionina e no feijão há lisina. Juntas, elas formam uma proteína de boa qualidade, semelhante à carne.

Essa dupla de sucesso traz importantes benefícios, por exemplo: 

• Ajuda a emagrecer, pois tem pouca gordura. No entanto, é importante não exagerar nas quantidades para não extrapolar as calorias da refeição. O ideal é comer apenas 3 colheres de sopa de arroz e uma concha rasa de feijão.

• Contribui para o controle da diabetes, pois é uma combinação com baixo índice glicêmico. 

• Ajuda na musculação, pois é uma boa fonte de proteína magra (essencial para o desenvolvimento de musculatura maior e mais forte).

Apesar da combinação ser saudável, é importante incluir legumes, verduras e vegetais no mesmo prato, para que haja maior riqueza de vitaminas e nutrientes.

Com que frequência você se exercita?

Não há dúvidas de que o futebol é paixão nacional. A expectativa para a Copa do Mundo está aí e não deixa mentir. Especialistas dizem que essa modalidade tem diversos efeitos positivos para o corpo e a mente. 

O futebol é uma atividade completa que trabalha várias partes do corpo, a exemplo do fortalecer as articulações, ajudar a coordenação motora, estimular as células ósseas e melhorar o condicionamento físico. Mas é importante reforçar que a prática apenas uma vez por semana não é capaz de tirar os praticantes do grupo dos sedentários. De acordo com o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACMS), o ideal são pelo menos 150 minutos de atividades físicas divididos ao longo da semana e em intensidade adequada para a situação de cada pessoa. Além disso, é importante conciliar com atividades de fortalecimento muscular, a famosa malhação. 

Quais são suas fontes de lazer?

A preocupação com o trabalho e com a correria do dia a dia faz com que muitos imaginem que momentos de lazer são somente quando realmente saímos da rotina para viajar, mas eles podem fazer parte da rotina do dia a dia, seja um momento de descanso, uma atividade cultural, uma leitura, uma prática da culinária, um bate-papo com amigos…

As atividades de lazer são formas de divertimento, descanso ou desenvolvimento que podem trazer inúmeros benefícios, pois o combate ao estresse físico, mental e psicológico é um importante aliados da boa saúde. 

Lembre-se, vida não é só trabalho, e dormir bem também faz diferença!

Você vai ao médico?

Quando apresentados sintomas desagradáveis ou incapacitantes, um médico deve ser consultado, já que só ele é capaz de dar diagnóstico e tratamento adequados. Ir ao médico pode curar doenças, mas também preveni-las, pois o melhor é não ficar doente. Porém, em caso de qualquer problema de saúde, o diagnóstico precoce em qualquer fase da vida potencializa a chance de cura (seja de câncer, infecções ou qualquer outra situação). 

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Cuidar de você. Esse é o plano.

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Janeiro Branco: Unimed Cascavel explica por que é preciso falar e cuidar da saúde mental

Como uma folha em branco, janeiro pode ser o momento de reescrever planos e reprogramar a vida emocional. A conscientização por uma cultura mundial de saúde mental está no alvo da campanha Janeiro Branco, movimento que oferece uma fonte de reflexões e ações para combater tabus, mudar paradigmas, orientar pessoas e inspirar autoridades sobre o tema.

Devido à pandemia de Covid-19 (que abalou a saúde mental do mundo inteiro), as ações da campanha em 2022 serão prioritariamente em espaços abertos e meios on-line, promovendo palestras, oficinas, cursos, workshops, entrevistas, caminhadas, rodas de conversa e abordagens em áreas públicas. 

Em outubro do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o nova Atlas da Saúde Mental, revelando a falha mundial quanto à oferta de serviços na área da saúde mental. Divulgado a cada três anos, o atlas é a compilação de dados fornecidos por 171 países sobre políticas de saúde mental, legislação, financiamento, recursos humanos, disponibilidade, utilização de serviços e sistemas de coleta de dados. É também o mecanismo para monitorar o progresso em direção ao cumprimento das metas do Plano de Ação Integral de Saúde Mental da OMS.

Quando avaliado o cenário de dois anos atrás, a única meta atingida para 2020 foi a redução de 10% na taxa de suicídio, consequência fatal de uma série de doenças que nem sempre levam à morte, mas que tiram a qualidade de vida de milhões de pessoas no mundo todo, a exemplo da depressão, da ansiedade, do transtorno bipolar e psicoses.

Estendidas para 2030, as metas globais do Atlas da Saúde Mental inclui novos pontos, destacando a integração da saúde mental na Atenção Primária à Saúde.

Quem cuida da mente, cuida da vida

Olhar para você mesmo (a) e perceber que suas emoções merecem o mesmo cuidado que o seu corpo é o primeiro passo para a sua saúde mental. A qualidade de vida é resultado de um processo conjunto entre físico e emocional. Por isso, veja cinco dicas: 

1 • Pratique atividades físicas

O exercício físico é muito indicado para qualquer pessoa que deseja ter uma vida mais saudável (em todos os aspectos). As atividades são indicadas para pessoas que estão lidando com quadros de ansiedade, depressão, entre outras condições clínicas, mas o ideal é não esperar que esses problemas surjam para começar a se exercitar! 

2 • Melhore sua alimentação

A alimentação é outro pilar importante nos hábitos de uma boa saúde mental. Muitos alimentos podem interferir na sua disposição diária, gerando impactos positivos ou negativos. Comidas gordurosas, por exemplo, agem com um efeito de procrastinação, oferecem um prazer momentâneo que, logo depois, é substituído pela necessidade de mais, promovendo um ciclo vicioso e nada saudável. Já alimentos com valor nutricional podem oferecer mais disposição e bem-estar para as atividades da sua rotina.   

3 • Procure avaliação psicológica

O autoconhecimento é um fator muito importante para lidar com conflitos internos e externos. A avaliação de um profissional pode auxiliar nesse processo e indicar se existe a necessidade de algum tratamento específico. A terapia é um ótimo meio de entender emoções e comportamentos.

4 • Tenha boas noites de sono

O sono é o que repõe as energias para que o dia seja produtivo, fortalece o sistema imunológico e regula a sensação de bem-estar/humor. Estipule um horário adequado e regularize as noites de sono para manter uma mente saudável.

5 • Procure um hobby ou atividade que te inspire

Instigar a criatividade e atividades que melhorem a autoestima também colabora para uma mente tranquila. Um hobby ou atividade que inspire faz com que o cérebro libere endorfina (que provoca sensação de prazer e felicidade). 

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Dicas de nutricionista e psicóloga para metas de saúde atingíveis para 2022

Entra ano e sai ano sempre fazemos promessas para o novo ciclo. Emagrecer e melhorar a saúde emocional costumam estar na lista de desejos de ano novo. Para você melhorar as chances de cumprir as metas e manter a motivação, conversamos com a psicóloga Ariella de Sousa e com a nutricionista Gabriella Aparecida Vieira, do Centro de Atenção à Saúde (CAS) da Unimed Cascavel. 

Dicas emocionais

1 • Estabeleça metas que se ajustam ao seu estilo de vida.

A única maneira de conseguir uma mudança mensurável é estabelecer metas viáveis em seu dia a dia, que se ajustem ao seu estilo de vida. O objetivo de uma promessa é conseguir algo – mas a jornada pode ser muito mais educativa e satisfatória. 

2 • Uma coisa de cada vez. 

Sua lista de promessas tem mais de dez itens? Vale a pena quebrar a cabeça para reduzi-la. Já que cada meta demanda boa dose de tempo e energia para vingar, acumular várias pode significar não fazer nada direito. Uma boa opção é simplificar as coisas, focando em um objetivo.

3 •  Comemore o progresso.

Estar atento às pequenas vitórias e se auto recompensar após ter concluído uma etapa pode dar uma dose extra de motivação.  

4 • Permita-se tentar de novo. 

A parte boa é que, por mais clichê que isso pareça, cada novo ciclo pode ser uma oportunidade tentar mais uma vez a concretizar uma mudança. 

Dicas nutricionais

Sejam quais forem as metas para 2022, uma alimentação saudável e equilibrada proporciona vários benefícios (em qualquer tempo). O que você consume pode afetar diretamente a probabilidade de desenvolver problemas de saúde a longo prazo, a exemplo de obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes. 

Uma alimentação saudável é importante para a qualidade de vida, aumento da imunidade, melhora da disposição e do hábito intestinal, além da manutenção ou eliminação de peso. Uma dieta adequada Se você aliar isso a um sono de qualidade e atividades físicas, terá grandes chances de alcançar uma excelente rotina de cuidados. 

Veja as cinco dicas mais simples e eficazes:  

1 • Evite alimentos industrializados.

2 • Adicione mais alimentos naturais às refeições.

3 • Evite frituras ou alimentos gordurosos.

4 • Substitua doces por frutas nos horários dos lanches.

5 • Pratique atividade física prazerosa pelo menos três vezes por semana.  

Que o seu 2022 seja excelente, sempre com o Jeito de Cuidar Unimed. 

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Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio – 10 de setembro

O dia mundial da prevenção e a campanha Setembro Amarelo, foram criadas para prevenir, conscientizar e dar visibilidade aos debates e pesquisas sobre o tema. 
O assunto ainda é complexo e enfrenta muitos tabus e preconceitos, fato que ressalta ainda mais a importância da campanha e de suas ações. 
+ Saúde mental: como acolher os sentimentos de medo e melancolia durante a pandemia?

Como surgiu o Setembro Amarelo?

A campanha Setembro Amarelo teve início nos Estados Unidos, quando um jovem muito querido, deu fim à própria vida no ano de 1994. Em seu funeral, seus amigos prepararam vários cartões e fitas amarelas com a mensagem “Se precisar, peça ajuda” para distribuir às pessoas presentes.
Essa ação tomou enormes proporções nos Estados Unidos e expandiu-se por todo o país, tornando o laço amarelo como o símbolo da campanha Setembro Amarelo e do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, estabelecidos globalmente pela OMS em 2003. No Brasil, a campanha é organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Quais são os sinais de uma pessoa que precisa de ajuda?

A tristeza em excesso e a perda da vontade de realizar atividades antes consideradas prazerosas, são alguns dos indícios da depressão, que muitas vezes leva ao ato de tirar a própria vida. Nestes casos, o isolamento também demonstra propensão aos sintomas depressivos.
+ Meditação: saiba como ela auxilia no combate à ansiedade e aprenda a praticar
A mudança de comportamento é outra forma de perceber quando algo está errado. Uso excessivo de álcool e drogas, direção perigosa, visual desleixado e manter relações íntimas sem proteção podem indicar um repentino desinteresse pela vida.
Quando a pessoa demonstra necessidade de tratar assuntos pendentes como pagar pequenas dívidas, viajar para visitar familiares e até mesmo oferecer objetos pessoais, são sinais de que o indivíduo pode estar tentando organizar sua vida antes de cometer o ato.
Por fim, as ameaças, que muitas vezes podem ser consideradas exagero ou forma de chamar a atenção das pessoas próximas, nunca devem ser ignoradas. Especialmente em casos em que já existem quadros depressivos ou problemas pessoais de grande relevância.

Como ajudar?

A ajuda profissional com psicólogos e psiquiatras ajuda a superar problemas pessoais e fases difíceis de nossas vidas, contribuindo para que o bem-estar e a vontade de viver prevaleçam sobre os pensamentos suicidas. Enquanto o psicólogo ajudará a encontrar maneiras de enfrentar angústias e anseios, o psiquiatra pode indicar o tratamento com medicamentos que combatam o quadro depressivo.
Vale lembrar que o apoio familiar e de amigos, colegas de trabalho e conhecidos é fundamental na vida das pessoas que sofrem com os transtornos mentais. Manter-se presente, sereno e, principalmente, ouvir sem julgamentos: não demonstrar nenhum tipo de desprezo sobre possíveis motivos que fazem a pessoa se sentir deprimida e infeliz. 
Locais como os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), Unidades de Saúde da Família, consultórios psicológicos e urgências psiquiátricas também possuem extrema importância na prevenção e acolhem pessoas e familiares que enfrentam o problema, fortalecendo ainda mais a rede de apoio à causa.
Por fim, o Centro de Valorização da Vida (CVV), reconhecido como Utilidade Pública Federal desde a década de 1970, é mais um grande aliado para a prevenção. É possível conversar e obter apoio de voluntários por meio do atendimento por meio do telefone 188 ou via chat no site oficial do CVV, com atendimento 24 horas por dia. 

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Você já ouviu falar em Síndrome Pós-Covid?

A pandemia da Covid-19, além das milhões de mortes causadas em todo o mundo – até agosto de 2021, foram mais de 560 mil falecidos pela doença apenas no Brasil -, está trazendo outra série preocupação a toda a comunidade científica e médica internacional: a Síndrome Pós-Covid. Essa foi a nomenclatura usada para designar problemas de saúde apresentados por pacientes que contraíram a Covid-19 e que, mesmo após a alta hospitalar, relataram diversas complicações no organismo.
+ A importância de se vacinar contra o Coronavírus
Desde o início da pandemia, muitos estudos e pesquisas sobre o tema foram realizados por cientistas de todo o mundo. De acordo com os dados levantados, até 80% dos recuperados apresentam ao menos um sintoma em até quatro meses após o fim da infecção. E não são apenas os casos graves que deixam sequelas na maioria dos pacientes, pois os episódios leves da doença também podem provocar sintomas a médio e longo prazo.
A conclusão tirada até o momento pelos cientistas é que a Síndrome Pós-Covid não será uma questão passageira no âmbito da saúde global, temendo que os efeitos e sintomas se prolonguem por muitos e muitos anos.

Quais as principais sequelas deixadas pela Covid-19?

Respiratórias

Uma das queixas mais comuns é a persistência da dispneia, que pode também ser acompanhada de hipoxemia crônica e redução das capacidades pulmonares. Testes como a oximetria de pulso, tomografia de tórax e teste de caminhada são estratégias adotadas pelos médicos para acompanhar estes pacientes.
Dor no peito, fadiga e falta de ar, sintomas que geralmente são relatados por pacientes que contraíram o coronavírus, também são características existentes em muitos casos da Síndrome Pós-Covid.

Hematológicas

Devido ao pouco tempo de existência da Síndrome Pós-Covid, a extensão temporal dos estados hiperinflamatórios e de hipercoagulabilidade dos pacientes ainda é desconhecida. Porém, pesquisas relatam casos de eventos tromboembólicos em cerca de 5% dos indivíduos que recebem alta hospitalar, com até três meses de evolução do quadro.
+ Maternidade durante a pandemia: a jornada dupla que está adoecendo as mulheres

Cardiológicas

Os principais sintomas cardiológicos da Síndrome Pós-Covid são dispneia e dor torácica. As pesquisas confirmam o aumento persistente da demanda metabólica dos pacientes e a predisposição às arritmias, devido à presença de cicatrizes no miocárdio. Recomenda-se a avaliação periódica por meio de ecocardiografia, eletrocardiografia e acompanhamento com um cardiologista.

Neurológicas

As sequelas neurológicas são variadas, sendo fadiga, mialgias, cefaleia, problemas de memória, anosmia, disfunção cognitiva as mais relatadas nos estudos sobre o tema. Além disso, ainda de acordo com as pesquisas sobre a Síndrome Pós-Covid, até 40% dos pacientes desenvolvem quadros de ansiedade e/ou depressão após o fim da infecção.
+ Saúde mental: como acolher os sentimentos de medo e melancolia durante a pandemia?
O acompanhamento psicoterapêutico e neuropsiquiátrico é fundamental para os pacientes que apresentam sequelas neurológicas após receberem alta hospitalar, especialmente para os indivíduos que tiveram quadros mais graves da Covid-19.

Dermatológicas

A perda de cabelo de forma significante é um sintoma relatado por mais de 20% dos pacientes. Há também casos de alterações cutâneas como reações urticariformes entre os indivíduos infectados pelo coronavírus. Assim como em relação à outras sequelas, o acompanhamento por um dermatologista é necessário para o tratamento destes sintomas.

Um desafio para a saúde global

A Síndrome Pós-Covid, por se tratar de uma questão recente para a comunidade médica e científica internacional, traz muitos desafios para os pesquisadores e profissionais da saúde. Nos Estados Unidos, as sequelas do coronavírus são apontadas como a próxima grande crise de saúde pública do país, devido ao grande número de complicações relatadas por pacientes recuperados da Covid-19.
Já outro estudo, feito no Reino Unido, apontou que quase um terço dos indivíduos que receberam alta após contraírem o vírus foram readmitidos aos hospitais devido às sequelas. Destes, um em cada dez pacientes acabaram falecendo por causa das complicações.
+ Idosos na pandemia: como conciliar lazer com isolamento social?
O fato de as sequelas serem relatadas em vários órgãos e sistemas do corpo humano preocupa as autoridades médicas, que buscam incansavelmente por respostas sobre como combater a Síndrome Pós-Covid e evitar ainda mais mortes causadas pelo coronavírus.

Recuperação e reabilitação

Após a alta hospitalar, a recuperação e reabilitação dos pacientes envolve muitos desafios e também paciência para que o organismo consiga ter respostas positivas. O ideal é que as atividades sejam retomadas aos poucos, sempre com o alerta ligado para possíveis desconfortos e sintomas recorrentes.
Alimentação saudável, hidratação, atividades físicas que não exijam demasiadamente da capacidade pulmonar, cuidado com a saúde mental e acompanhamento com profissionais são indispensáveis para a recuperação plena e a volta do bem-estar aos pacientes recuperados da Covid-19.

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Saúde mental: como acolher os sentimentos de medo e melancolia durante a pandemia?

A pandemia do Coronavírus trouxe luz para uma epidemia silenciosa, mas que vem crescendo consideravelmente nos últimos anos: a era dos transtornos psicológicos. Eles são caracterizados por uma alteração de tipo emocional e/ou comportamental, que pode dificultar a interação da pessoa no meio em que cresce e se desenvolve, em graus diferentes. Hábitos prejudiciais à saúde, fatores genéticos, perdas, eventos impactantes na vida do paciente, sofrimentos físicos e psíquicos são algumas causas de doenças psicológicas. Existem diversos tipos e níveis de transtornos psicológicos. Os mais comuns, atualmente, são: depressão, ansiedade, transtornos alimentares, de personalidade, e transtornos relacionados ao estresse, como o Burnout.
Seja qual for a patologia diagnosticada, é importante pontuar que todas elas precisam de empatia e ambientes seguros para que o paciente possa evoluir e se sentir acolhido pelas pessoas ao redor. A atenção e respeito aos transtornos psicológicos podem ajudar na melhora do tratamento e do quadro. 
Para entender como os sentimentos de medo e melancolia se desenvolvem no período da pandemia, leia o artigo e procure um profissional especialista caso sinta que os seus sintomas estão se agravando e atrapalhando a sua rotina. Ouça os sinais do seu corpo e acolha os seus sentimentos. 

Por que a pandemia trouxe sentimentos de medo e melancolia?

A pandemia transformou a rotina não só dos brasileiros, mas de todo o mundo. Desde março de 2020, o dia a dia não é mais o mesmo. Fatores como distanciamento social e a vida mais reclusa acentuaram o sentimento de medo e melancolia. Na televisão, muitas notícias sobre o número crescente de mortos aumentou a sensação de ansiedade e desamparo. Dentro de casa, o contato apenas virtual torna a rotina massiva. Com as medidas restritivas de distanciamento, vivenciamos uma emoção muito semelhante ao luto: sentimos que perdemos a nossa liberdade e passamos por fases. Ainda assim, é preciso treinar a mente para compreender que esse é um momento atípico, que irá passar. Aqui também ressaltamos a importância de cumprir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir que estejam seguros e que assim possamos garantir a segurança dos demais.
Abaixo, confira algumas causas da sensação de medo e melancolia durante a pandemia:
> Falta de contato social;
> Mudança de rotina;
> Menos estímulos ao cérebro;
> Contato constante com a morte;
> Consumo de notícias ruins;
> Ansiedade por receio de contágio; 
> Medo de perder amigos e familiares;
> Sensação de perda da liberdade e da vida.

Como acolher os sentimentos de medo e melancolia durante a pandemia?

Primeiro é preciso compreender que você não está sozinho. Se sentir aflito e melancólico nas condições em que estamos vivendo é algo normal. Seu dia a dia, sua dinâmica pessoal, seus momentos de lazer e o seu contato social mudou. Não se julgue, deixe que os sentimentos venham e vão, e veja essas sensações como passageiras.
É comum acharmos que somos estranhos, diferentes e nos comparar com pessoas próximas. Por isso precisamos de um movimento de acolhimento e cuidado consigo mesmo para compreender e lidar com as nossas emoções, que são complexas e não se encaixam em padrões. Cada pessoa tem uma bagagem única, repleta de altos e baixos, histórias de vida diferentes e caminhos distintos. Julgar a si mesmo é uma forma de realçar o medo e a melancolia. Cuide de você como você cuidaria de uma pessoa querida. 

Outro ponto importante é estimular hábitos saudáveis para uma rotina mais leve. Especialistas confirmam que uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos são aliados potentes em busca de uma vida mais saudável, física e psicologicamente. É claro que, num momento tão delicado, é necessário considerar as individualidades de cada um. Por essa razão, não se culpe caso você não seja adepto à academia, por exemplo, encontre atividades que fazem sentido para você e tragam prazer: uma caminhada pelo bairro, pular corda, pintar, desenhar ou aprender um novo idioma. Faça o exercício de se perguntar: o que eu realmente gosto? O que me traz uma sensação de preenchimento e identificação? Ainda que você não tenha todas as respostas, experimente diversas delas até encontrar algo que faça bem para a sua saúde mental. E lembre-se: caso a inspiração não apareça, tente mesmo assim.
Estabelecer limites para a vida virtual também é um hábito que pode fazer muito bem para o bem-estar. Passar horas em aplicativos pode intensificar a sensação de melancolia e solidão, além de prejudicar a produtividade do trabalho e outras atividades de lazer. Que tal estipular horários para usar as redes sociais? Assim você vai sentir que está sendo mais produtivo durante o dia. 
Caso sinta que os sintomas estão atrapalhando a sua rotina e bem-estar, procure um profissional especialista para uma avaliação médica. 
Para dúvidas ou sugestões, entre em contato com a gente! 😊

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