Hanseníase: as consequências da interrupção do tratamento

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, de alto poder incapacitante e que pode atingir pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais. Anteriormente chamada de lepra, ela representa um grave problema de saúde pública no Brasil, com grande impacto socioeconômico e repercussão psicológica. Mas, diferentemente do que você ainda possa imaginar em virtude da falta de informação ou do tabu que envolve esse tema, a hanseníase tem cura, desde que o tratamento seja realizado corretamente.

 Na reportagem desta semana, a Unimed Cascavel traz informações sobre as consequências da interrupção do tratamento da hanseníase. As informações contidas neste texto têm como fonte a Revista Multidisciplinar em Saúde. Aproveite e leitura!

Motivos da interrupção

O abandono do tratamento é uma das principais causas do baixo controle da hanseníase no Brasil, por isso é tão importante conscientizar a população sobre a adesão efetiva do paciente ao tratamento. Conforme estudo publicado pela Revista Multidisciplinar em Saúde, dentre os principais fatores relacionados ao abandono do tratamento estão o esquecimento, a falta de tempo, o regime terapêutico prolongado, processos inflamatórios, reações de hipersensibilidade, condições socioeconômicas, religião e/ou crença na cura não medicamentosa, conhecimento acerca da doença, apoio familiar, efeitos adversos e reações aos medicamentos.

Consequências da interrupção

Quando o paciente abandona ou interrompe o tratamento, não somente aumenta a chance do organismo desenvolver resistência aos antibióticos, mas também possibilita a perpetuação da cadeia de transmissão da hanseníase que havia sido interrompida com o início do tratamento medicamentoso, bem como risco de desenvolver incapacidades físicas e deformidades, aumento da incidência de complicações e outras reações relacionadas à doença. 

A adesão ao tratamento da hanseníase não afeta apenas as pessoas diagnosticadas, mas toda a sociedade (que permanece suscetível). Por isso é imprescindível começar e concluir o tratamento visto que, após o início da terapia não mais se transmite a doença e interrompe-se a cadeia de transmissão.

Causas e sintomas

Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase evolui aos poucos e afeta principalmente a pele e os nervos. A transmissão se dá por meio de convivência muito próxima e prolongada com alguém infectado, que não esteja em tratamento e que possui a forma transmissora da doença, chamada multibacilar. A bactéria é transmitida por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz (tocar a pele do paciente não transmite hanseníase).

Os principais sintomas da doença são:
 

• Manchas brancas, marrons ou vermelhas na pele em qualquer parte do corpo.

• Inchaço e dor nas juntas.

• Febre.

• Caroços (nódulos) no corpo, que podem ser avermelhados e dolorosos.

• Redução da sensibilidade (a pessoa não consegue diferenciar as sensações de quente ou frio, não sente dor e não sente o toque).

• Entupimento, ressecamento, surgimento de feridas e sangramentos pelo nariz.

Consequências

Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes, caso não seja tratada precocemente.

Como é o tratamento?

No Brasil, o tratamento é gratuito e fornecido pelo sistema público de saúde. O paciente pode se tratar em casa com o uso de antibióticos em comprimido por um período que varia de seis meses a um ano.

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Linfoma: tipos, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Quando as células do sistema linfático (responsável por auxiliar no combate a infecções e outras doenças) sofrem transformações malignas, surge um tumor cancerígeno, ou seja, o linfoma. Mas não se confunda com leucemia. Para diferenciar uma situação da outra, imagine a seguinte analogia: enquanto leucemia é o câncer dos policiais, o linfoma é o câncer da delegacia.

Veja neste artigo quais são os tipos, os sintomas e o tratamento contra os linfomas. Boa leitura!

Tipos

O linfoma foi descrito pela primeira vez em 1839 pelo médico inglês Thomas Hodgkin. Desde então, mais de 40 subtipos já foram descritos. Cada um deles se diferencia pela linhagem das células e por alterações a nível molecular. Atualmente, a medicina classifica os linfomas em dois grandes grupos: o linfoma de Hodgkin (mais raro) e os linfomas não-Hodgkin (mais frequentes e com vários subtipos).

A diferença entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin está nas características das células malignas. Essa distinção só é possível após biópsia e avaliação celular microscópica. Em geral, percebe-se que as células malignas do linfoma de Hodgkin sofrem muitas alterações, tornando-se muito diferentes das células normais dos tecidos linfoides. Já as células do linfoma não-Hodgkin sofrem transformação maligna, mas preservam algumas características iniciais.

Causas

Ainda que não se saiba exatamente a causa, algumas associações estão bem estabelecidas. Entre elas estão as com o vírus Epstein-Bar (causador da mononucleose), infecção pelo HIV ou pela bactéria H.pylori (causadora de úlceras gástricas). Além disso, também podem ser considerados fatores de risco o histórico familiar, imunossupressão, exposição à radiação ou a alguns tipos de herbicidas.

Sintomas

• Febre
• Suor noturno
• Perda de peso
• Coceira
• Astenia (perda da força física)
• Dor abdominal
• Baço inchado
• Ínguas (indolores, persistentes e em lugares incomuns. Ex.: clavícula e axilas)

Diagnóstico

O diagnóstico dos linfomas é feito por meio de avaliação física, exames de imagem e de laboratório, além de biópsias.

Tratamento

O tratamento depende do estágio do linfoma. Geralmente recorre-se à quimioterapia e à radioterapia. Em casos mais graves (que não respondem a quimioterapia), pode-se tentar o transplante de medula óssea. Também há alguns casos em que o linfoma cresce tão lentamente que o médico pode optar por não iniciar um tratamento agressivo, principalmente se o paciente for mais idoso.

Como em qualquer tipo de câncer, falar de cura depende de vários fatores, mas quanto mais cedo for o diagnóstico, maior será a chance. No linfoma de Hodgkin, a detecção precoce indica grande probabilidade de sucesso da quimioterapia (mais de 80% dos casos).

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Ciência: Como estão as pesquisas para o tratamento e a cura do câncer

Conforme as últimas pesquisas apresentadas no Encontro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, a ciência tem avanços importantes no combate a diversos tipos de tumores. No artigo desta semana, entenda quais são os principais avanços anunciados para o tratamento do câncer. Boa leitura!

Câncer de mama

O trastuzumabe deruxtecan é uma nova medicação que tem se mostrado promissora e revolucionária. Diferentemente do trastuzumabe (medicamento usado há décadas, mas que só era prescrito para tumores com predomínio do gene HER2), o trastuzumabe deruxtecantem mostrado bons resultados para todos os tipos de câncer de mama.

O medicamento é aplicado na veia a cada 21 dias e desperta o sistema imunológico (que passa a enxergar o câncer como uma ameaça), disparando uma série de ações para combatê-lo. Em seguida, invade as células doentes. Trata-se de um quimioterápico potente que destrói o tumor de dentro para fora.

Para ser usado nos hospitais, ainda é aguardada a aprovação das agências reguladoras. Em um, primeiro momento, poderá ser empregado como uma segunda linha de tratamento, ou seja, quando as primeiras opções falharam e a doença se espalhou para outras partes do corpo (metástase). Especialistas acreditar que, ao longo do tempo, o trastuzumabe deruxtecan se torne uma opção também para tumores em fases iniciais.

Câncer de reto

Até mesmo os médicos têm se surpreendido com o medicamento que, pelo menos na fase de testes, foi capaz de fazer a doença desaparecer em todos os doze pacientes avaliados por um período de seis meses. O dostarlimabe estimula o sistema imune a atacar o tumor e, nos pacientes que participaram do estudo, evitou a necessidade de tratamentos mais agressivos, a exemplo de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

Mas há que se fazer ponderações: os seis meses de avaliação são um período curto. Pode ser que a doença reapareça em alguns anos depois. Além disso, o dostarlimabe só funciona em um grupo restrito de pacientes com tumores que apresentam uma característica descrita como “instabilidade de microssatélites”. Estima-se que cerca de 1% dos casos de câncer de reto se encaixam nesse critério. Enquanto o remédio não é aprovado para o novo uso, as pesquisas continuam.

Câncer colorretal

Para este tipo de tumor, que afeta partes do intestino grosso, a novidade é a redução do número de intervenções às quais o paciente precisa se submeter. Um grupo de pesquisadores australianos avaliou um exame que detecta pedacinhos de DNA do tumor que aparecem na circulação sanguínea. O método é conhecido como “biópsia líquida”. Pacientes diagnosticados com câncer colorretal costumam remover a parte afetada do intestino.

Porém, após a recuperação, o médico pode ter dúvidas se restou alguma parte do tumor (mesmo que microscópica) e prescreve quimioterapia. É aí que entra o novo exame: ao detectar os pedacinhos de DNA do tumor, fica claro se a químio é realmente necessária. Conforme os estudos, foi possível reduzir pela metade a indicação.

Câncer de pâncreas

Este está entre os mais letais entre os tumores. Após cerca de dez anos sem grandes avanços para o tratamento, uma nova possibilidade se abriu: durante o Congresso Americano de Oncologia foram apresentados os primeiros testes que utilizam um método chamado CAR-T Cells contra o câncer de pâncreas.

O recurso consiste em extrair células imunológicas do próprio paciente, modificá-las em laboratório e reintroduzi-las no organismo para que reconheçam e ataquem o tumor. Ainda que haja um longo trajeto a ser percorrido para a utilização dessa terapia, especialistas afirmam que ao menos existe uma esperança de que podemos estar no caminho certo.

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Hanseníase: Como é o diagnóstico e o tratamento em 2023?

Doença infectocontagiosa que afeta principalmente a pele e os nervos, a Hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Embora seja uma das doenças mais antigas da humanidade (citada na Bíblia como lepra), ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil, atingindo quase 30 mil pessoas por ano.

No artigo desta semana você vai saber mais sobre a doença que é totalmente tratável e curável. Boa leitura!

Transmissão

A transmissão da hanseníase acontece pelo ar, sobretudo em situações de contato próximo e prolongado, a exemplo de pessoas que moram na mesma casa. Apesar disso, a maioria da população consegue se defender naturalmente da bactéria. No entanto, estima-se que cerca de 10% dos que tiveram contato com a bactéria causadora da hanseníase podem desenvolver a doença. Por isso, é importante estar atento (a).

Sinais

Como a bactéria da hanseníase afeta principalmente os nervos e a pele, as principais alterações ocorrerão nesses locais. O acometimento dos nervos periféricos pode se manifestar por dormências, perda de sensibilidade, dores, câimbras e perda de força muscular, principalmente nos nervos das mãos, pés e rosto. Já na pele a hanseníase pode causar manchas esbranquiçadas ou avermelhadas que não costumam coçar ou doer, é característica a redução da sensibilidade ao toque e ao calor nas manchas.

Diagnóstico

O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico, realizado durante consulta médica com avaliação da pele e dos nervos periféricos. Embora não sejam necessários para o diagnóstico, alguns exames complementares podem ser solicitados, a exemplo de baciloscopia e biópsia de pele.

Tratamento e cura
O tratamento da hanseníase pode durar de seis a 12 meses e é feito com antibióticos fornecidos gratuitamente pelo sistema público de saúde. A doença tem cura, mas é importante que o paciente siga o tratamento até o fim para que se cure de forma definitiva, não permitindo o retorno da doença. Quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas.

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