Ciência: Como estão as pesquisas para o tratamento e a cura do câncer

Conforme as últimas pesquisas apresentadas no Encontro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, a ciência tem avanços importantes no combate a diversos tipos de tumores. No artigo desta semana, entenda quais são os principais avanços anunciados para o tratamento do câncer. Boa leitura!

Câncer de mama

O trastuzumabe deruxtecan é uma nova medicação que tem se mostrado promissora e revolucionária. Diferentemente do trastuzumabe (medicamento usado há décadas, mas que só era prescrito para tumores com predomínio do gene HER2), o trastuzumabe deruxtecantem mostrado bons resultados para todos os tipos de câncer de mama.

O medicamento é aplicado na veia a cada 21 dias e desperta o sistema imunológico (que passa a enxergar o câncer como uma ameaça), disparando uma série de ações para combatê-lo. Em seguida, invade as células doentes. Trata-se de um quimioterápico potente que destrói o tumor de dentro para fora.

Para ser usado nos hospitais, ainda é aguardada a aprovação das agências reguladoras. Em um, primeiro momento, poderá ser empregado como uma segunda linha de tratamento, ou seja, quando as primeiras opções falharam e a doença se espalhou para outras partes do corpo (metástase). Especialistas acreditar que, ao longo do tempo, o trastuzumabe deruxtecan se torne uma opção também para tumores em fases iniciais.

Câncer de reto

Até mesmo os médicos têm se surpreendido com o medicamento que, pelo menos na fase de testes, foi capaz de fazer a doença desaparecer em todos os doze pacientes avaliados por um período de seis meses. O dostarlimabe estimula o sistema imune a atacar o tumor e, nos pacientes que participaram do estudo, evitou a necessidade de tratamentos mais agressivos, a exemplo de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

Mas há que se fazer ponderações: os seis meses de avaliação são um período curto. Pode ser que a doença reapareça em alguns anos depois. Além disso, o dostarlimabe só funciona em um grupo restrito de pacientes com tumores que apresentam uma característica descrita como “instabilidade de microssatélites”. Estima-se que cerca de 1% dos casos de câncer de reto se encaixam nesse critério. Enquanto o remédio não é aprovado para o novo uso, as pesquisas continuam.

Câncer colorretal

Para este tipo de tumor, que afeta partes do intestino grosso, a novidade é a redução do número de intervenções às quais o paciente precisa se submeter. Um grupo de pesquisadores australianos avaliou um exame que detecta pedacinhos de DNA do tumor que aparecem na circulação sanguínea. O método é conhecido como “biópsia líquida”. Pacientes diagnosticados com câncer colorretal costumam remover a parte afetada do intestino.

Porém, após a recuperação, o médico pode ter dúvidas se restou alguma parte do tumor (mesmo que microscópica) e prescreve quimioterapia. É aí que entra o novo exame: ao detectar os pedacinhos de DNA do tumor, fica claro se a químio é realmente necessária. Conforme os estudos, foi possível reduzir pela metade a indicação.

Câncer de pâncreas

Este está entre os mais letais entre os tumores. Após cerca de dez anos sem grandes avanços para o tratamento, uma nova possibilidade se abriu: durante o Congresso Americano de Oncologia foram apresentados os primeiros testes que utilizam um método chamado CAR-T Cells contra o câncer de pâncreas.

O recurso consiste em extrair células imunológicas do próprio paciente, modificá-las em laboratório e reintroduzi-las no organismo para que reconheçam e ataquem o tumor. Ainda que haja um longo trajeto a ser percorrido para a utilização dessa terapia, especialistas afirmam que ao menos existe uma esperança de que podemos estar no caminho certo.

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Hanseníase: Como é o diagnóstico e o tratamento em 2023?

Doença infectocontagiosa que afeta principalmente a pele e os nervos, a Hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Embora seja uma das doenças mais antigas da humanidade (citada na Bíblia como lepra), ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil, atingindo quase 30 mil pessoas por ano.

No artigo desta semana você vai saber mais sobre a doença que é totalmente tratável e curável. Boa leitura!

Transmissão

A transmissão da hanseníase acontece pelo ar, sobretudo em situações de contato próximo e prolongado, a exemplo de pessoas que moram na mesma casa. Apesar disso, a maioria da população consegue se defender naturalmente da bactéria. No entanto, estima-se que cerca de 10% dos que tiveram contato com a bactéria causadora da hanseníase podem desenvolver a doença. Por isso, é importante estar atento (a).

Sinais

Como a bactéria da hanseníase afeta principalmente os nervos e a pele, as principais alterações ocorrerão nesses locais. O acometimento dos nervos periféricos pode se manifestar por dormências, perda de sensibilidade, dores, câimbras e perda de força muscular, principalmente nos nervos das mãos, pés e rosto. Já na pele a hanseníase pode causar manchas esbranquiçadas ou avermelhadas que não costumam coçar ou doer, é característica a redução da sensibilidade ao toque e ao calor nas manchas.

Diagnóstico

O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico, realizado durante consulta médica com avaliação da pele e dos nervos periféricos. Embora não sejam necessários para o diagnóstico, alguns exames complementares podem ser solicitados, a exemplo de baciloscopia e biópsia de pele.

Tratamento e cura
O tratamento da hanseníase pode durar de seis a 12 meses e é feito com antibióticos fornecidos gratuitamente pelo sistema público de saúde. A doença tem cura, mas é importante que o paciente siga o tratamento até o fim para que se cure de forma definitiva, não permitindo o retorno da doença. Quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco de sequelas.

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