Dengue: Como tratar os sintomas e quais medicamentos não usar?

Até a última semana de fevereiro de 2024, quase um milhão de casos prováveis de dengue haviam sido divulgados no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Desses, pelo menos 207 pacientes morreram. Os números fazem deste o pior ciclo epidemiológico de dengue da história do país.

Neste ano, a doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti já levou o Distrito Federal e outros seis estados brasileiros a decretarem situação de epidemia (Santa Catarina, Minas Gerais, Acre, Goiás, Rio de Janeiro e Espírito Santo). 

Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a dengue pode provocar sintomas intensos, como febre, dores (abdominais, cabeça, fundo dos olhos, músculos e articulações), vômitos persistentes, sangramentos/hemorragias, manchas avermelhadas na pele, entre outros. Mas não há um medicamento para curar a doença. Os fármacos disponíveis apenas aliviam os sintomas até o vírus desaparecer.

Por isso, a reportagem desta semana explica como tratar os sintomas da dengue e quais medicamentos não usar. Boa leitura!

Alívio de sintomas

Alguns cuidados podem ajudar a diminuir os incômodos causados pela dengue e até mesmo evitar que a doença progrida para as formas mais graves, quando hemorragias podem levar à morte:

• Beba bastante água.
• Descanse (evite atividades físicas extenuantes).
• Consuma medicamentos com orientação médica para aliviar a febre e as dores.
• Consulte um médico e siga as recomendações que ele lhe passar.

Medicamentos não recomendados

Mesmo em caso de suspeita de dengue, o consumo de alguns medicamentos já passa a ser contraindicado. Fármacos à base de ácido acetilsalicílico (como a aspirina) e anti-inflamatórios não esteroides (como o ibuprofeno) não são recomendados, pois podem aumentar o risco de sangramentos, uma vez que a dengue já diminui a coagulação sanguínea.

Prevenção

A vacina contra a dengue está disponível na rede particular (peça ao seu médico quais são as contraindicações) e também na rede pública (apenas para jovens de 10 a 14 anos, moradores de cidades incluídas na ação do Ministério da Saúde).

Além disso, profissionais da saúde recomendam a aplicação de repelentes sobre a pele exposta, especialmente durante o dia.

A limpeza dentro e fora da casa segue fundamental para eliminar a água parada (que serve de criadouro do mosquito transmissor).

Em relação ao cuidado com as crianças, converse com o médico responsável (pediatra) para que ele possa avaliar qual é o repelente ou método de barreira mais seguro e indicado, de acordo com a idade.

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Câncer Infantil: tipos, sintomas e estatísticas

Apesar do nome, o “câncer infantil” pode ser diagnosticado desde bebês até jovens de 19 anos de idade, conforme a classificação adotada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Trata-se de um conjunto de doenças que levam à proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer parte do corpo. 

Na reportagem desta semana, vamos falar do câncer infantil, trazendo à luz os principais tipos, os sintomas e as estatísticas. Boa leitura!

Sintomas

De acordo com artigo publicado pelo Nacional Cancer Institute, o câncer infantil é muitas vezes resultado de alterações no DNA das células e que acontecem precocemente durante a vida, às vezes até antes do nascimento. Ao contrário de muitos cânceres em adultos, o câncer infantil não está relacionado ao estilo de vida ou a fatores de risco ambientais.

Nas crianças e nos adolescentes, o câncer costuma dar sinais e se desenvolver rapidamente, por isso é muito importante ficar atento a qualquer alteração física ou mesmo de comportamento. O diagnóstico precoce da doença faz toda a diferença.

O reconhecimento imediato do câncer infanto-juvenil é difícil, pois os sintomas podem se misturar aos das doenças e ferimentos típicos da infância. Crianças podem ficar doentes ou ter hematomas que podem mascarar os primeiros sinais de câncer, por isso é importante que os pais levem os filhos regularmente ao pediatra, além de estarem atentos a quaisquer sinais ou sintomas persistentes.

• Dor progressiva
• Febre sem causa aparente ou doença que não melhora
• Dor de cabeça frequente, e acompanhada de vômito
• Alteração repentina de visão
• Nódulo ou inchaço incomum
• Palidez repentina e perda de energia
• Quedas e contusões frequentes
• Mancar ao caminhar
• Perda de peso repentina e sem explicação

Apesar desses sinais clínicos serem reconhecidos internacionalmente como sinais de alerta, a presença deles não significa necessariamente um caso de câncer infantil. Sua presença deve ser encarada como uma necessidade de auxílio médico e investigação profunda do quadro clínico da criança.

Tipos

Segundo o Inca, os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são:

• Leucemias (glóbulos brancos)
• Tumor em Sistema Nervoso Central
• Linfomas (sistema linfático)
• Neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal)
• Tumor de Wilms (tipo de tumor renal)
• Retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho)
• Tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos)
• Osteossarcoma (tumor ósseo)
• Sarcomas (tumores de partes moles)

Leucemia infantil

A leucemia é o tipo mais frequente de câncer infantil, podendo ser dividida em mieloide e linfoide. A mieloide afeta células que originam hemácias, plaquetas, monócitos, neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Já a leucemia linfoide afeta as células que originam os linfócitos.

As leucemias também podem ser classificadas de acordo com a velocidade de evolução, sendo elas agudas ou crônicas. As agudas apresentam um agravamento mais rápido, enquanto as crônicas se agravam lentamente.

• A leucemia linfoide aguda infantil corresponde a cerca de 75% dos casos de leucemia em crianças e adolescentes e apresenta uma grande chance de cura, mas necessita de um diagnóstico precoce. Os sintomas incluem cansaço, sonolência, infecções constantes, aumento do baço e linfonodos, hematomas, dores de cabeça, vômito e dores ósseas.

• A leucemia mieloide aguda infantil é o segundo tipo mais comum de leucemia em crianças e adolescentes. Ela provoca sinais como febre, infecções recorrentes, aumento de nódulos linfáticos, perda de peso, fraqueza, palidez, dor nos ossos, hematomas e sangramentos.

• A leucemia mieloide crônica infantil apresenta baixa incidência (atinge cerca de 4% das crianças e adolescentes). Os sintomas incluem infecções recorrentes, fadiga, palidez, fraqueza, perda de peso, sangramentos espontâneos, hematomas e dor nos ossos. O tratamento disponível atualmente permite uma remissão completa na maioria dos pacientes.

• A leucemia mielomonocítica juvenil é um tipo muito raro, nem aguda nem crônica. Ela corresponde de 2% a 3% de todas as leucemias em crianças, aproximadamente, e seu desenvolvimento é agressivo. Pode provocar febre, dificuldade para respirar, sangramentos, lesões na pele e aumento de fígado e baço. Além disso, tem como tratamento o transplante de medula óssea.

Estatísticas

Assim como em países desenvolvidos, o câncer já representa no Brasil a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes. Por outro lado, nas últimas quatro décadas o tratamento contra o câncer infanto-juvenil e foi extremamente significativo, tanto que o próprio Instituto Nacional do Câncer estima que em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

Em caso de sintomas, consulte um médico e confie na ciência.

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Linfoma: tipos, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Quando as células do sistema linfático (responsável por auxiliar no combate a infecções e outras doenças) sofrem transformações malignas, surge um tumor cancerígeno, ou seja, o linfoma. Mas não se confunda com leucemia. Para diferenciar uma situação da outra, imagine a seguinte analogia: enquanto leucemia é o câncer dos policiais, o linfoma é o câncer da delegacia.

Veja neste artigo quais são os tipos, os sintomas e o tratamento contra os linfomas. Boa leitura!

Tipos

O linfoma foi descrito pela primeira vez em 1839 pelo médico inglês Thomas Hodgkin. Desde então, mais de 40 subtipos já foram descritos. Cada um deles se diferencia pela linhagem das células e por alterações a nível molecular. Atualmente, a medicina classifica os linfomas em dois grandes grupos: o linfoma de Hodgkin (mais raro) e os linfomas não-Hodgkin (mais frequentes e com vários subtipos).

A diferença entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin está nas características das células malignas. Essa distinção só é possível após biópsia e avaliação celular microscópica. Em geral, percebe-se que as células malignas do linfoma de Hodgkin sofrem muitas alterações, tornando-se muito diferentes das células normais dos tecidos linfoides. Já as células do linfoma não-Hodgkin sofrem transformação maligna, mas preservam algumas características iniciais.

Causas

Ainda que não se saiba exatamente a causa, algumas associações estão bem estabelecidas. Entre elas estão as com o vírus Epstein-Bar (causador da mononucleose), infecção pelo HIV ou pela bactéria H.pylori (causadora de úlceras gástricas). Além disso, também podem ser considerados fatores de risco o histórico familiar, imunossupressão, exposição à radiação ou a alguns tipos de herbicidas.

Sintomas

• Febre
• Suor noturno
• Perda de peso
• Coceira
• Astenia (perda da força física)
• Dor abdominal
• Baço inchado
• Ínguas (indolores, persistentes e em lugares incomuns. Ex.: clavícula e axilas)

Diagnóstico

O diagnóstico dos linfomas é feito por meio de avaliação física, exames de imagem e de laboratório, além de biópsias.

Tratamento

O tratamento depende do estágio do linfoma. Geralmente recorre-se à quimioterapia e à radioterapia. Em casos mais graves (que não respondem a quimioterapia), pode-se tentar o transplante de medula óssea. Também há alguns casos em que o linfoma cresce tão lentamente que o médico pode optar por não iniciar um tratamento agressivo, principalmente se o paciente for mais idoso.

Como em qualquer tipo de câncer, falar de cura depende de vários fatores, mas quanto mais cedo for o diagnóstico, maior será a chance. No linfoma de Hodgkin, a detecção precoce indica grande probabilidade de sucesso da quimioterapia (mais de 80% dos casos).

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