A importância da luz solar para a absorção da vitamina D

Dizem que ela é a “vitamina do sol”, pois a ação da vitamina D no corpo humano depende da exposição (sem excessos) à luz solar. Na reportagem desta semana, saiba mais sobre a importância da luz do sol para o seu organismo aproveitar a vitamina responsável pela absorção do cálcio, manutenção de ossos e dentes, além do fortalecimento dos sistemas muscular e imunológico. Boa leitura!

Ela não é qualquer uma

Diferentemente das demais, a vitamina D não é obtida apenas por meio dos alimentos. Sua produção ocorre no próprio organismo (no nível da pele) pela ação da radiação ultravioleta. O problema é que a vida moderna, quase sempre vivida em espaços internos, impedem a incidência saudável à luz do dia, o que tem levado cada vez mais pessoas a sofrerem de deficiência de vitamina D, o que pode ser muito prejudicial à sua saúde.

• Fortalecimento de ossos e dentes – O cálcio e o fósforo não são incorporados instantaneamente pelo corpo humano. Eles precisam da vitamina D como recurso para isso, pois é ela quem regula a quantidade desses elementos no intestino. Isso significa que, ao identificar que a quantidade dos sais está adequada às necessidades do corpo, a vitamina D impede seus excessos. Mas quando eles estão em baixa, ela auxilia na absorção.

• Prevenção ao diabetes – A vitamina D mantém a saúde do pâncreas, regulando a sua sensibilidade na criação de insulina. Uma vez que todo esse processo funciona bem, as chances de desenvolvimento de diabetes diminuem. 

• Melhora o sistema imunológico – A influência dessa vitamina no sistema imunológico é alvo de estudos há décadas. Resultados dessas pesquisas mostram que ela mantém o sistema imunológico resistentepor meio do fortalecimento das células de resposta aos microrganismos invasores. Isso faz com que essa vitamina seja considerada uma ótima forma deprevenção de doenças oportunistas, como gripes e resfriados.

• Redução de inflamações autoimunes – Estudos divulgados pela Revista Brasileira de Reumatologia mostram que a vitamina D ajuda na prevenção e combate de doenças autoimunes, como: psoríase, artrite reumatoide, doença inflamatória do intestino e lúpus.

• Fortalecimento da musculatura – A vitamina D participa da formação de novas células e fibras musculares. Assim, proporciona aumento na força muscular, auxiliando também na prevenção de quedas e lesões, principalmente entre a população idosa.

•  Melhora da saúde circulatória – Um nível saudável de vitamina D no corpo ajuda a prevenir doenças cardiovasculares como hipertensãoinfarto, derrame e aterosclerose. Inclusive, também pode atuarna proteção da pressão arterial e no controle das contrações do músculo cardíaco.

Absorção

Cerca de 90% de toda vitamina D consumida pelo corpo é fornecida pelos raios ultravioletas B (UVB). Ao atingirem a pele, uma parte específica da luz solar transforma uma proteína (a 7-dehidrocolesterol) em uma pré-vitamina e, posteriormente, na vitamina D3. A partir daí, ela parte para o fígado, onde é convertida em outro elemento: o calcidiol. Essa substância funciona como indicador dos níveis da vitamina no organismo. Por fim, chega aos rins, onde sua forma ativa é obtida. 

Esse nutriente pertence ao grupo das vitaminas lipossolúveis. Isso significa que ela é absorvida na presença de gordura e é, geralmente, transportada por lipoproteínas ao fígado e tecido adiposo, onde é armazenada para uso. Então, sempre que necessário, ela pode ser mobilizada pelo corpo. Inclusive, por ser obtida, principalmente, pela exposição à luz solar, pode ser difícil determinar quanto tempo dura o “estoque” no nosso organismo. 

E acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a recomendação diária é de cinco a dez minutos de exposição à luz do sol, entre 10h e 16h

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Lúpus: Causas, consequências e tratamento

O lúpus é uma doença autoimune (quando o sistema imunológico ataca tecidos e órgãos da própria pessoa) e pode afetar articulações, pele, rins, células sanguíneas, cérebro, coração, pulmões e outros órgãos. Ainda que não existe cura para a doença, há tratamentos eficazes de controle da condição e dos sintomas.

Na reportagem de hoje, saiba mais sobre as causas, as consequências e o tratamento contra o lúpus. Boa leitura!

Causas

A origem não é totalmente conhecida, mas sabe-se que fatores hormonais, genéticos e ambientais estão envolvidos. Mulheres em idade fértil são até nove vezes mais acometidas do que os homens, pois o estrogênio exerce papel importante na patogênese da doença. Algumas pessoas nascem com susceptibilidade genética para desenvolver lúpus e, somada à interação de fatores ambientais (irradiação solar, tabagismo, infecções por alguns vírus ou outros micro-organismos), passam a apresentar alterações imunológicas. Essa interação genética + ação de fatores ambientais podem levar a um desequilíbrio na produção de anticorpos que reagem contra proteínas do próprio organismo, causando inflamação em diversos órgãos, como pele, rins, articulações, pulmões e mucosas.

• O lúpus discoide está restrito à pele, que apresenta lesões arredondadas, vermelhas e descamativas, sendo notadas principalmente no rosto, couro cabeludo, região cervical e tronco. Essas lesões podem se tornar mais evidentes quando a pessoa se expõe ao sol.  

• O lúpus sistêmico acomete, além da pele, diversos órgãos (articulações, rins, pulmões, sistema nervoso e pleura).

• O lúpus induzido por drogas ocorre quando há desenvolvimento de sintomas semelhantes ao do lúpus sistêmico, temporalmente relacionado à exposição a drogas. Geralmente, a resolução do quadro se dá após a suspensão do medicamento desencadeante. A associação mais clássica é feita com a procainamida e a hidralazina.

• Já o lúpus neonatal acomete recém-nascidos e é causadao pela passagem de anticorpos (Anti-Ro e Anti-La) da mãe para a criança, pela placenta, durante a gravidez.

Sintomas

São diversos e podem variar em intensidade e quantidade de sistemas acometidos, de acordo com cada indivíduo e com a fase de atividade ou remissão da doença. Inicialmente, são comuns manifestações dermatológicas e sintomas gerais sistêmicos, como febre baixa, cansaço, desânimo, perda de peso e apetite. As manifestações mais específicas são surgimento de lesões de pele, aftas, dores nas articulações, inflamação das membranas que recobrem o pulmão e o coração (ocasionando dor ao respirar, tosse seca, falta de ar e dor no peito), acometimento renal, alterações neuropsiquiátricas, anemia e outras alterações sanguíneas.

Diagnóstico

Deve ser realizado por um médico, por meio da avaliação do histórico clínico do paciente, além de exames físicos e laboratoriais.

Tratamento

Deve ser guiado de acordo com o grau de severidade e de quais órgãos foram acometidos pela doença. O uso de corticoides, hidroxicloroquina e imunossupressores podem contribuir na busca pelo controle e remissão do quadro.

Prevenção

Para evitar novos surtos de atividade da doença, o paciente com lúpus deve fazer uso correto das medicações prescritas, evitar exposição solar (principalmente entre 10h e as 15h) e cessar o tabagismo, além e ir regularmente às consultas médicas, realizar exames de controle, fazer uso de bloqueador solar e adotar hábitos de vida saudáveis.

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O enfermeiro e o técnico de enfermagem no cuidado com a sua saúde

Em 12 de maio de 1820 nascia a italiana Florence Nightingale, pioneira da enfermagem moderna. Mais tarde, a data veio a se tornar o Dia Internacional da Enfermagem. No Brasil, maio também é o mês em que se celebra o Dia do Técnico de Enfermagem, que teve origem a partir da data da morte da baiana Ana Néri, em 1880, que cuidou dos soldados brasileiros na frente de batalha da Guerra do Paraguai.

Na reportagem desta semana, entenda a importância do enfermeiro e dos técnicos e auxiliares de enfermagem no cuidado com a sua saúde. Boa leitura!

Força de trabalho em saúde

Os enfermeiros sempre tiveram papel de grande importância na história do mundo. Eles são responsáveis por cuidar das pessoas, prestar assistência e garantir o bem-estar. São eles que amparam e confortam não só os pacientes, mas também os familiares. Além disso, cabe aos enfermeiros – em qualquer um dos níveis de trabalho – coordenar, planejar e supervisionar a assistência prestada por equipes de saúde, atuando em áreas assistenciais, administrativas, gerenciais e educacionais. 

Números do IBGE indicam que praticamente metade dos profissionais que atuam na saúde são da área da enfermagem (20% enfermeiros e 80% técnicos e auxiliares).

No Hospital e no home care

Além da atuação hospitalar, os enfermeiros também são fundamentais no home care, onde são responsáveis pela assistência de qualidade, avaliando os cuidados prestados pelos técnicos, acompanhando a existência e eficiência de todos os materiais e aparelhos necessários aos cuidados. Já os técnicos de enfermagem têm o papel de oferecer assistência direta ao paciente, conforme todos os cuidados prescritos (administração de medicamentos, curativos, contagem de materiais, entre outros). 

É um desafio diário para cuidar de vidas. Os deveres da equipe de enfermagem (que engloba enfermeiros, técnicos e auxiliares) vai além do acolhimento e assistência ao paciente. Vale destacar que todos são responsáveis pela logística de materiais e pelo controle de medicação, assim como pela segurança do paciente.

Quando se trata de cuidar de vidas, é fundamental ter um acompanhamento contínuo e personalizado. Dentro da dinâmica familiar, o enfermeiro muitas vezes precisa fazer a ponte entre a família e o paciente, envolvendo o processo de aceitação de dependência dos cuidados e do quadro do paciente. 

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Hipertensão arterial: Consequências da pressão alta a curto, médio e longo prazo

A hipertensão arterial é diagnosticamente confirmada em consultório quando a pressão arterial sistólica do paciente maior ou igual a 140 mmHg ou, ainda, quando a pressão arterial diastólica for maior ou igual a 90 mmHg após repetidas aferições. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, pelo menos 25% da população brasileira adulta pode ser considerada hipertensa, e esse número pode chegar a 50% da população após os 60 anos de idade.

Mas você sabe quais são as possíveis consequências da hipertensão para a sua saúde? Descubra no artigo desta semana. Boa leitura!

Por que acontece?

A principal função do coração é impulsionar e bombear o sangue pelos vasos sanguíneos (artérias e veias). A pressão arterial é justamente a força exercida nos vasos sanguíneos, conforme o fluxo é bombeado.

A pressão máxima é aquela medida nas artérias quando o coração contrai e expulsa o sangue de seu interior e a mínima é quando ele dilata e se enche de sangue novamente, recuperando o sangue enviado anteriormente às artérias. A hipertensão acontece quando a pressão que o sangue faz nas paredes das artérias está mais elevada. Lembrando que o oposto também acontece (hipotensão arterial/pressão baixa), quando o sangue faz pouca pressão nas paredes das artérias (por exemplo, quando estamos desidratados e o volume de sangue diminui).

Fatores de risco

• Idade (acima dos 60 anos)
• Genética (um ou mais casos na família)
• Obesidade
• Sedentarismo
• Alta ingestão de sal
• Estresse
• Tabagismo
• Abuso de bebidas alcoólicas

Sintomas

A hipertensão arterial é uma doença silenciosa que só apresenta sintomas quando já está muito avançada ou quando a pressão arterial está muito alta. Por isso, é muito importante realizar um acompanhamento preventivo.

Os primeiros sintomas são as consequências a curto prazo:

• Dores no peito
• Dor de cabeça
• Tonturas
• Zumbido no ouvido
• Fraqueza
• Visão embaçada
• Sangramento nasal

Médio e longo prazo

Quando o coração passa muito tempo precisando fazer esse esforço extra, pode ficar cansado e até aumentar de tamanho. Os vasos sanguíneos também podem ser lesionados, podendo até serem rompidos. Além disso, o fluxo sanguíneo não é distribuído corretamente para o corpo todo, e o organismo pode sofrer com essa falta.

Entre as consequências a médio e longo prazo estão:

• AVCs (a hipertensão é responsável por cerca de 80% dos casos)
• Infarto do miocárdio (40% dos casos estão associados à pressão alta)
• Insuficiência cardíaca
• Arritmias cardíacas
• Diminuição da visão (podendo levar à cegueira)
• Insuficiência/paralisação renal

Sem tratamento, todas essas consequências da hipertensão podem levar à morte. Adote agora hábitos mais saudáveis de vida e cuide-se!

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Parkinson precoce: Saiba mais sobre a doença que afeta o ator Michael J. Fox

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1% da população com mais de 65 anos de idade convive com a doença. No Brasil, isso representa mais de 200 mil pessoas. Deste total, cerca de 10% a 20% apresenta sintomas antes dos 50 anos, o que é classificado como “início jovem”. Esse é o caso do ator norte americano Michael J. Fox, da franquia “De volta para o futuro”, que identificou os primeiros sinais quanto tinha apenas 29 anos de idade.

Neste artigo, conheça o impacto do diagnóstico do Parkinson de início precoce na qualidade de vida do paciente, suas causas, sintomas e formas de tratamento.

Diagnóstico

Pessoas com Doença de Parkinson de início jovem podem ter uma jornada mais longa para o diagnóstico, às vezes vendo vários médicos e se submetendo a vários testes antes de chegar a uma conclusão correta. Tal como acontece com o Parkinson identificado em idade mais avançada, o Parkinson precoce é diagnosticado com base no histórico médico da pessoa e em exame físico. Quando os jovens e seus médicos não estão esperando a Doença de Parkinson (DP), o diagnóstico pode ser atrasado. Não é incomum que a rigidez do braço ou do ombro seja atribuída à artrite ou às lesões esportivas antes que o Parkinson seja finalmente diagnosticado.

Tanto alterações genéticas quanto fatores ambientais contribuem em diferentes graus para causar a doença.

Sintomas e progressão

Quem tem diagnóstico de Parkinson precoce está mais propenso(a) a sofrer distonia, ou seja, contrações musculares prolongadas que levam a posturas anormais, como torcer o pé. Além disso, pessoas mais jovens são mais propensas a desenvolver discinesia, que são movimentos involuntários e descontrolados,

Tratamento

As opções para controlar os sintomas do Parkinson são essencialmente as mesmas, não importa em que idade a doença é identificada. Para atrasar potencialmente a discinesia, os jovens podem optar por adiar o início da medicação ou por começar com outros medicamentos, especialmente se os sintomas forem leves e não interferirem no trabalho, nas atividades físicas ou sociais.

Há muito tempo que médicos e pesquisadores se engajam em uma discussão saudável sobre a melhor época para iniciar o tratamento com o uso de levodopa. Alguns acreditam que é melhor começar mais cedo para controlar os sintomas, maximizar a qualidade de vida e permitir que a pessoa permaneça ativa o maior tempo possível. Pergunte ao seu médico a opinião dele sobre este assunto e considere os prós e os contras de ambas as abordagens. Trabalhe em conjunto com o seu especialista em distúrbios do movimento para determinar qual é o medicamento certo para você e quando é o melhor momento para iniciar a terapia.

O lado ‘positivo’ do diagnóstico precoce

As notícias não são totalmente ruins para aqueles com Parkinson de início jovem. Os pacientes com este diagnóstico são melhores candidatos para procedimentos cirúrgicos e inovações médicas que estão sendo usadas ou desenvolvidas para tratar a doença.

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Autismo: O papel da família no desenvolvimento de crianças com TEA

O desenvolvimento saudável de qualquer criança está fortemente ligado ao papel da família e dos adultos envolvidos no cuidado com o indivíduo. Portanto, também é assim na rotina de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Na reportagem desta semana, veja a real importância da família e das pessoas cuidadoras na vida e no desenvolvimento de crianças autistas. Boa leitura!

Orientação parental

No contexto do TEA, o papel da família fica evidente quando compreendemos que mesmo as intervenções diretas (ABA, fonoaudiologia, terapia ocupacional…) com a criança só têm o efeito desejado quando são mantidas em todos os ambientes que a criança vive. É por isso que tanto se fala sobre o trabalho de orientação parental quando se debate o autismo.

O trabalho com pais ou com as pessoas cuidadoras tem como objetivo ensinar os princípios básicos do comportamento e estratégias comportamentais para capacitá-los no manejo adequado do comportamento dos filhos. Pesquisadores do tema descrevem alguns comportamentos que, quando exercidos pelos pais, são reconhecidos como relevantes para o desenvolvimento saudável da criança autista. Eles recomendam ser:  

• Receptivo
• Caloroso
• Envolvido
• Sensível
• Responsivo
• Cuidadoso
• Empático

Além disso, foram descritas três dimensões da chamada “parentalidade positiva”:

 1 • Suporte parental e conexão: Interações calorosas, sensíveis, previsíveis e acolhedoras entre pais e filhos.
2 • Regulação comportamental: Como os pais estabelecem a estrutura em torno do comportamento da criança, como limites e consequências previsíveis para seus comportamentos.
3 • Respeito pela individualidade: Reconhecer o desenvolvimento da criança evitando comportamentos parentais intrusivos, explosivos e manipulativos.

Ainda conforme os pesquisadores, tais comportamentos parentais se relacionam com o desenvolvimento de comportamentos pró-sociais, a exemplo da cooperação, da autorregulação e empatia. Em contrapartida, uma educação que não apresenta essas características está associada a dificuldades sociais, depressão e ansiedade infantil.

Dentre as características familiares já estudadas pela ciência, também é destacado o nível de estresse parental como uma variável importante no aprendizado de novas habilidades pela criança. Ainda não se sabe ao certo como e por que o estresse dos pais impacta na efetividade da intervenção com a criança, mas algumas hipóteses são levantadas, por exemplo: é possível que pais com altos níveis de estresse não consigam manter as intervenções de maneira sistemática no dia a dia da criança, prejudicando que haja generalização dos ganhos obtidos na terapia.

Para crianças com ou sem espectro autista, a intervenção para o desenvolvimento infantil só é efetiva com o envolvimento da família.

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Dia Mundial da Saúde: O que a atividade física faz em cada célula do nosso corpo?

Um estudo recém-publicado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo mostra em nível celular como os exercícios físicos contribuem para manter a saúde e a aptidão física mesmo durante o envelhecimento. Os resultados foram divulgados pelo Jornal da USP, no início de 2023.

O resumo dessa pesquisa está no artigo de hoje da Unimed Cascavel. Quer ver o que a atividade física faz em cada célula do nosso corpo? Boa leitura!

Consenso geral

Especialistas afirmam de forma unânime que a prática regular de exercícios físicos é fundamental para garantir qualidade de vida e longevidade. No entanto, ainda pouco se sabe sobre como esse hábito influencia o funcionamento das células musculares. Conforme o estudo conduzido pela USP, a resposta está na mitocôndria, componente celular responsável por fornecer energia às células.

Utilizando vermes como modelo de estudo, os pesquisadores observaram que, durante o envelhecimento, vão se acumulando nas células musculares mitocôndrias fragmentadas. Mas quando o exercício físico é praticado regularmente ao longo da vida, aumenta a frequência de mitocôndrias fusionadas (unidas a outras semelhantes por meio da fusão mitocondrial), o que beneficia tanto o metabolismo mitocondrial quanto o funcionamento celular, contribuindo para a manutenção da fisiologia muscular durante o envelhecimento.

O professor Julio Cesar Batista Ferreira, coordenador da pesquisa, concluiu que uma única sessão de exercício físico já induz rapidamente a fissão mitocondrial no músculo. Logo em seguida, após um curto período de recuperação, ocorre a fusão. Ele afirma ainda que sessões diárias ao longo da vida favorecem o aparecimento de mitocôndrias conectadas, retardando a fragmentação mitocondrial e o declínio do condicionamento físico observados durante o envelhecimento.

Estudos anteriores já haviam demonstrado que o exercício físico atua no tratamento de doenças cardiovasculares, promovendo o aparecimento de mitocôndrias fusionadas no coração, mas ainda era preciso entender como a atividade física impacta o envelhecimento de organismos saudáveis.

Avaliação dos modelos estudados

O exercício regular fez com que os vermes tivesses melhor qualidade de vida, o que foi medido por meio de diferentes indicadores, como função muscular, mobilidade, ingestão de alimento e resistência a diferentes tipos de estresse. Aqueles que nadaram regularmente até a fase adulta, mas se tornaram sedentários durante a velhice, também apresentaram melhores indicadores em comparação aos que sempre foram sedentários.

Conclusão

Os exercícios físicos regulares contribuem para o envelhecimento saudável pois regulam os principais sistemas que alicerçam o bom funcionamento celular, entre eles a dinâmica mitocondrial.

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Ansiedade e depressão: a importância de seguir as orientações médicas para iniciar e encerrar o tratamento medicamentoso

Conforme o relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos quatro anos os casos de ansiedade e depressão aumentaram 25% no mundo todo. Em consequência disso, cresceu também a procura por medicamentos para tratar essas questões.

Na reportagem desta semana, veja quais são os fármacos mais procurados para ansiedade e depressão e a importância de seguir as orientações médicas para iniciar e encerrar o tratamento medicamentoso. Boa leitura!

Depressão

Existem medicamentos que agem no sistema nervoso central de diferentes formas para tratar quadros depressivos. Eles podem ser ministrados para alterar a percepção, as emoções e o comportamento dos pacientes, aliviando os sintomas. As fórmulas mais utilizadas são:

• Inibidores seletivos de serotonina e norepinefrina (SNRIs), como a venlafaxina
• Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), como bromidato de citalopram
• Drogas com mecanismos únicos, como a bupropiona
• Antidepressivos tetracíclicos, que são noradrenérgicos e antidepressivos serotoninérgicos específicos (NaSSAs), como mirtazapina

Ansiedade

Os transtornos ansiosos são comumente tratados com medicamentos que também servem para o tratamento de depressão. Os mais utilizados são os ISRSs e os SNRIs. Esses remédios agem para bloquear a recaptação ou a reabsorção da serotonina e da norepinefrina, aumentando a atividade dessas substâncias no cérebro.

Os ansiolíticos mais populares no Brasil são:

• Fluoxetina: Usado para tratar transtornos depressivos, síndrome do pânico e bulimia (entre outros), este medicamento aumenta os níveis de serotonina no cérebro e ajuda a regular o humor e o bem-estar.
• Hemitartarato de zolpidem: Age como sedativo e é utilizado para o tratamento de transtornos no sono. O uso deve ser feito a curto prazo, pois as substâncias podem causar dependência.
• Escitalopram: Aumenta os níveis de serotonina e combate a síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e outros transtornos sociais.
• Sertralina: Restaura o equilíbrio da serotonina e é utilizada no tratamento de transtornos de ansiedade, síndrome do pânico e muitos outros.
• Clonazepam: Indicado para o tratamento de distúrbios epilépticos, transtornos ansiosos, de humor e síndromes psicóticas.

ATENÇÃO, ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO!

Nenhum princípio ativo deve ser consumido sem a orientação de um médico-especialista. Por isso, caso um paciente note sintomas como irritabilidade, frustração, preocupação excessiva com o futuro, medo, insônia ou cansaço frequente, deve procurar auxílio de um psiquiatra. Esse profissional analisará os sintomas que o paciente descreve e outras questões como o histórico familiar/social/traumas/físico para só depois propor um tratamento adequado.

Não comece nem pare por conta própria

Medicamentos psiquiátricos promovem mudanças neurofisiológicas as quais o cérebro se adapta. Se o paciente interrompe abruptamente o uso, especialmente de antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos, pode desencadear sintomas de retirada (Síndrome de Descontinuação).

Os sintomas de descontinuação mais frequentes são:

• Tontura
• Náuseas
• Vômitos
• Dor de cabeça
• Sensação de cabeça vazia
• Sensação de andar em nuvens
• Calafrios
• Irritação
• Insônia
• Alterações de humor

Esses sintomas podem começar de algumas horas a até três dias a partir da interrupção do tratamento e frequentemente desaparecem até a segunda semana. Para alguns medicamentos específicos, como benzodiazepínicos e anticonvulsivantes, os sintomas de retirada podem ser ainda mais graves, com tremores, sudorese, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, alucinações, confusão mental, crises convulsivas e até risco de morte.

Do ponto de vista médico geral, não há dúvida de que a interrupção de um tratamento sem a anuência do médico responsável é uma péssima alternativa e aumenta as chances de recaída. Mas se a pessoa ainda assim não quer continuar com o tratamento, é importante entrar em contato com o médico e discutir orientações específicas. Alguns transtornos mentais podem cursar com alteração na capacidade de tomada de decisão e na percepção da realidade, como em um episódio psicótico agudo, e podem gerar riscos graves para o paciente.

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Tuberculose: Como encarar a doença no século 21?

A cada ano, aproximadamente dez milhões de pessoas têm confirmado o diagnóstico de tuberculose no mundo todo. A enfermidade é antiga, com indícios registrados há pelo menos quatro mil anos. Ainda que não represente mais o mesmo perigo de antes, continua sendo um importante problema de saúde pública. No Brasil, o número de novos casos gira em torno de 70 mil por ano, com cerca de 4,5 mil mortes, de acordo com o Ministério da Saúde.

Na reportagem de hoje, veja como encarar a doença no século 21. Boa leitura!

O que é?

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível (uma pessoa pode passar a doença a até 15 pessoas) causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.

A transmissão se dá por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa e sem tratamento. Os sintomas incluem tosse por três semanas ou mais, febre vespertina, suor noturno e perda de peso. Ao apresentar esses sinais é preciso procurar atendimento médico para avaliação e realização de exames.

Como é o tratamento?

Em caso de resultado positivo, o tratamento de seis meses a um ano deve ser iniciado imediatamente e seguido até o fim, conforme indicação médica, com base em quatro medicamentos:

• Rifampicina
• Isoniazida
• Pirazinamida
• Estambutol

O tratamento é 100% eficaz, desde que o paciente sega à risca. Caso contrário, a doença pode se tornar resistente aos medicamentos e se espalhar para outros órgãos e sistemas do corpo.

Prevenção

A tuberculose é prevenível pela vacina BCG, que o bebê toma depois de nascer. Ela é aplicada em dose única. Além disso, o bacilo de Koch é sensível à luz solar e, ainda, a circulação de ar possibilita a dispersão das partículas infectantes. Por essas razões, ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco de transmissão. A etiqueta da tosse, que consiste em cobrir a boca com o antebraço ou lenço ao tossir, também é uma medida importante a ser considerada.

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Bladder and kidneys

Tem solução: Causas e tratamentos para a incontinência urinária

Aproximadamente 5% da população mundial sofre com a perda involuntária de urina (seja em grandes quantidades ou em pequenos escapes diários). A incontinência urinária pode ser diagnosticada em qualquer idade, mas é mais frequente entre mulheres e idosos. No Brasil, existem pelo menos 10 milhões de pessoas com essa condição.

No artigo desta semana, conheça os principais tipos de incontinência urinária, bem como as causas e os tratamentos. Boa leitura!

Incontinência urinária de esforço • Ocorre devido à fraqueza da musculatura pélvica para reter a urina. As perdas urinárias são desencadeadas por atividades como espirrar, tossir, rir, levantar pesos ou fazer algo que põe a bexiga sob pressão.

Incontinência urinária de urgência • É um desejo tão forte e repentino de urinar que a pessoa não consegue chegar ao banheiro. Pode ocorrer mesmo quando há pouca quantidade de urina na bexiga.

Incontinência urinária por transbordamento • Ocorre quando a bexiga está sempre cheia, ocorrendo vazamentos. Também pode acontecer se a bexiga não se esvaziar por completo, o que leva ao gotejamento.

Incontinência mista • Quando as perdas urinárias ocorrem durante um esforço e também na presença de urgência.

Causas

• Comprometimento da musculatura de esfíncteres/assoalho pélvico
• Gravidez/parto
• Tumores
• Doenças que comprimem a bexiga
• Obesidade
• Tosse crônica de fumantes
• Quadros pulmonares obstrutivos com pressão abdominal
• Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador
• Infecção do trato urinário
• Prisão de ventre
• Estresse emocional
• Procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino

Prevenção

• Controle a ingestão de líquidos à noite
• Evite bebidas alcoólicas e com cafeína
• Controle o diabetes e o peso corporal
• Abandone o tabagismo
• Regule os intervalos entre as micções. Não espere apenas a vontade de urinar para ir ao banheiro
• Mantenha uma alimentação saudável, com bastante fibras
• Realize atividades físicas regularmente
• Reconheça e evite alguns fatores que causam a incontinência urinária, a exemplo do uso de remédios diuréticos ou problemas de locomoção em idosos

Tratamento

A depender do tipo de incontinência, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos, fisioterapia do assoalho pélvico e cirurgias. Para os casos de bexiga hiperativa (condição urológica ligada ao surgimento da necessidade súbita e urgente de urinar), também há outras opções, como a administração de medicamentos diretamente na musculatura da bexiga (toxina botulínica) e implantes de estimulares elétricos nas raízes nervosas (neuromoduladores).

É importante ressaltar que a perda involuntária de urina não é um achado normal do envelhecimento e que há tratamentos eficazes que buscam devolver a qualidade de vida ao paciente. Se você acha que pode ter incontinência urinária, procure um urologista e faça uma consulta. A maioria dos casos tem solução que pode até ser muito simples.

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