O passar do tempo deixa marcas, privilégio de quem vive e chega à maturidade. No entanto, não é preciso conviver com cada marca sem entender o que está acontecendo. Esta é a história de ossos que resistem, de quedas que assustam e de como a osteoporose — quase sempre silenciosa — pode ser encarada com conhecimento, hábito e cuidado. A ideia é simples: entender para agir, sem drama. As informações são da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), além da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Boa leitura!
Fragilidade óssea
A osteoporose é a mais citada entre as doenças que afetam os ossos da população idosa. Em termos simples, é quando os ossos perdem densidade e ficam mais porosos — como uma esponja — o que aumenta o risco de fraturas (mesmo com esforços do dia a dia, como uma queda simples ou um tropeço).
Mas também há outras condições que podem atingir os ossos e a articulação:
• Osteoartrite (artrose): desgaste da cartilagem que reveste as juntas, gerando dor, rigidez e menos mobilidade.
• Osteomalácia: deficiência de vitamina D que deixa os ossos mais moles e doloridos.
• Doença de Paget: um distúrbio da remodelação óssea que pode deformar os ossos ao longo do tempo.
O ritmo da vida após os 60, 70, 80
Quem está mais sujeito a essas mudanças? Em geral, pessoas idosas, especialmente as mulheres após a menopausa, têm maior risco de osteoporose. Fatores como histórico familiar, baixo peso, alimentação pobre em cálcio e vitamina D, sedentarismo, fumo e consumo excessivo de álcool ajudam a explicar por que alguns ossos ficam mais frágeis com o passar dos anos.
Fraturas: sinais que pedem atenção
Fraturas por queda ou até por esforço menor costumam chamar atenção de quem vive com osteoporose. As fraturas típicas são:
• Punho (fratura do rádio) após uma queda.
• Quadril (fratura de quadril), que pode exigir cirurgia.
• Vértebras da coluna, que podem provocar dor nas costas.
Se a dor aparecer de repente, se o corpo parece mais curvado ou se o movimento passa a doer, vale buscar avaliação médica. O diagnóstico costuma incluir um exame chamado densitometria óssea, que mede a densidade dos ossos e ajuda a entender o risco de fraturas.
O que você pode fazer
Para o dia a dia, a ideia é simples: fortalecer o osso, evitar quedas e manter o corpo ativo com segurança. Aqui vão dicas práticas:
• Exercício regular: combine atividades de carga (como caminhadas) com exercícios de fortalecimento muscular e de equilíbrio. A prática ajuda a manter a densidade óssea e reduz o risco de quedas.
• Alimentação adequada: priorize cálcio e vitamina D. Cálcio em quantidade adequada todos os dias (em torno de 1000 a 1200 mg/dia, dependendo da idade e orientação médica) e vitamina D suficiente para facilitar o uso do cálcio pelo organismo (em geral, 800 a 1000 UI/dia são valores comuns, sempre sob orientação de um profissional).
• Sol seguro e alimentação: uma pequena dose de sol moderado ajuda na produção de vitamina D. Alimentos como leite fortificado, queijos, sardinha, folhas escuras e ovos também ajudam.
• Prevenção de quedas em casa: mantenha o piso seco, organize cabos pelo caminho, use calçados com boa sola, boa iluminação, apoios estáveis e barras de apoio no banheiro.
• Acompanhamento médico: check-ups periódicos, avaliação de densidade óssea (quando indicado) e, se necessário, tratamento farmacológico. Existem medicamentos que ajudam a reduzir fraturas, mas a escolha depende do médico, de cada caso e de outros fatores de risco.
Quando o médico pode entrar com tratamento?
Se a densidade óssea estiver baixa ou se houver histórico de fraturas, o médico pode indicar tratamentos específicos. Existem opções que ajudam a reduzir a perda de osso e a fratura, sempre adaptadas ao paciente. O objetivo é reduzir a fragilidade, não apenas aumentar a densidade dos ossos. O tratamento é individual, considerando idade, comorbidades, outros medicamentos e preferências do paciente.
Consultas em dia
Converse com um médico sobre o risco de osteoporose e a necessidade de uma densitometria óssea. Além disso, adote hábitos simples no dia a dia, com atividades físicas regulares, alimentação rica em cálcio e vitamina D.
Ah! E conte sempre com a Unimed Cascavel.
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