Measuring blood pleasure and healthcare concept

Hipertensão arterial: os efeitos da pressão alta em crianças, adultos e idosos

A cada 100 brasileiros, 30 sofrem de pressão alta. Em números absolutos, isso significa que o país tem aproximadamente 63 milhões de hipertensos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). 

No artigo de hoje, você vai ver de que forma a hipertensão afeta o organismo humano, seja crianças, adultos ou idosos. 

O beabá

A função do coração é bombear sangue para todo o corpo. Quando esse sangue passa pelas artérias, faz força contra as paredes dos vasos. Essa força é o que se chama de pressão arterial. Nos hipertensos, a força exercida contra as paredes das artérias é tão grande que elas vão ficando cada vez mais rígidas e estreitas. Os danos provocados facilitam o acúmulo de gordura e a formação de coágulos que podem entupir as artérias cardíacas (provocando infarto) ou se instalar em vasos cerebrais, desencadeando um Acidente Vascular Encefálico (AVE).

Em todo o mundo, a pressão alta é a causa da morte de cerca de 10 milhões de pessoas por ano. 

14/9

A pressão arterial acima de 14/9 (constatada mais de uma vez e em diferentes situações) é considerada hipertensão. Esse número é a forma popular do padrão 140/90 mmHG (milímetros de mercúrio). Nesse caso, o 14 se refere à pressão máxima (sistólica), feita no momento em que o coração se contrai. Já o 9 é relativo à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o nível ideal da pressão sanguínea é 120/80 (ou 12/8).

Crianças, adultos e idosos

Tal qual em qualquer faixa etária, a pressão alta em crianças age na surdina. Por isso é chamada de “mal silencioso”. As pesquisas indicam que elevação da pressão arterial na infância representa fator de risco para que a doença se manifeste na vida adulta. Filhos de pais hipertensos devem redobrar a prevenção desde cedo, pois a doença é hereditária, crônico-degenerativa e pode atacar gravemente o coração, cérebro, os rins e membros.  

Nos primeiros anos de vida, a pressão alta pode ser a manifestação secundária de alguma doença de base, especialmente as renais, endócrinas, cardíacas e pulmonares. Prematuros e crianças que nascem com pouco peso também estão mais sujeitos a esse tipo de pressão arterial secundária.

Seja em bebês, crianças, adolescentes, adultos ou idosos, a obesidade, o sedentarismo, o alto consumo de sal e a baixa ingestão de potássio são fatores que contribuem para o surgimento da doença. Com o avançar da idade, outros hábitos típicos aumentam o perigo, como o tabagismo, o alcoolismo e o consumo de outras drogas (incluindo anabolizantes).

Sintomas

A pressão alta raramente causa sintomas. Por isso, os índices devem ser aferidos com regularidade nas consultas médicas de rotina.  Os sinais tentem a aparecer quando as complicações já estão instaladas. Nesses casos, os mais comuns são dores de cabeça, tontura, falta de ar, zumbido no ouvido, visão embaçada, sangramento nasal e cansaço.

Tratamento 

Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será o efeito do tratamento. No caso das crianças com hipertensão arterial secundária, é possível curar o problema ao controlar a doença de base. Nos outros casos (que são a maioria), são essenciais as mudanças no estilo de vida: 

• Controle do peso corporal
• Prática de exercícios
• Dieta balanceada
• Reduzir a ingestão de sal
• Evitar alimentos embutidos (salsichas, linguiças…)

Se tais medidas não forem suficientes, pode haver a necessidade de tratamento farmacológico, que deve ser indicado somente pelo médico.

Cuide dos seus rins 

O aumento da pressão arterial causa lesões nas artérias renais, que vão perdendo progressivamente a capacidade de filtrar o sangue. Com o tempo, isso pode se transformar em insuficiência renal. 

Por isso, não subestime a hipertensão!

Cuidar de você. Esse é o plano. 

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Conheça as principais doenças que acometem os brasileiros

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, 52% da população brasileira acima de 18 anos, possui um diagnóstico de doença crônica. O levantamento destes dados é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. 
O IBGE ainda ressalta que tais doenças crônicas têm grande impacto na saúde pública, uma vez que compromete a qualidade de vida, provoca incapacidade, mortes prematuras e maiores custos tanto para a sociedade, como para o sistema de saúde. 
A Pesquisa Vigitel 2019 também apontou dados alarmantes sobre a taxa de obesidade, colocando o Brasil entre os três países com mais obesos no mundo.
 

O que dizem as pesquisas

Após as entrevistas da PNS (108 mil famílias), e da Vigitel (mais de 52 mil pessoas), concluiu-se que:

  • 23,9% da população possui hipertensão arterial. Esta porcentagem é equivalente a 38,1 milhões de pessoas, sendo 26,4% mulheres e 21,1% homens;
  • 16,3 milhões de pessoas brasileiras possuem um diagnóstico de depressão, sendo que 14,7% são mulheres e 5,1% são homens. Este total representa 10,2% da população;
  • 14,6% das pessoas com 18 anos ou mais, possuem colesterol alto. Destas, 17,6% são mulheres e 11,1% são homens;
  • 7,7% da população brasileira, o equivalente a 12,3 milhões de pessoas, possui diabetes. Sendo que este diagnóstico atinge 8,4% das mulheres e 6,9% dos homens;
  • 5,3% (8,4 milhões) de pessoas possuem alguma doença do coração;
  • 3,1 milhões de pessoas da população adulta possuem um diagnóstico de acidente vascular cerebral;
  • 2,6%, ou 4,1 milhões de adultos, foram diagnosticados com câncer no Brasil;
  • 21,6% da população possui algum problema crônico de coluna;
  • 19,8% da população brasileira está obesa.

 

O que são essas doenças?

Como vimos, os números de doenças crônicas no Brasil são preocupantes e estão em uma crescente ao longo dos anos. Vamos entender melhor, então, quais são essas doenças e seus danos à saúde.
 
Hipertensão arterial
A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, consiste na pressão que o sangue faz contra as artérias para poder circular pelo corpo. Essa contração faz com que o coração se esforce mais em seu funcionamento. Dessa forma, a hipertensão provoca dilatação no coração e danifica as artérias.
Essa doença pode surgir em qualquer fase da vida, embora seja mais comum em idosos. Uma pessoa é considerada hipertensa quando, mesmo em repouso, apresenta pressão arterial igual ou acima de 14 por 9. 
A pressão alta torna as pessoas portadoras mais propensas a problemas vasculares, como AVC e infarto, doença renal crônica, alteração na visão, entre outros. 
Embora não tenha cura, pode ser controlada por meio de tratamento e adoção de hábitos saudáveis.
 
Depressão
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente. Seus sintomas são caracterizados por tristeza profunda, pessimismo, baixa autoestima, desesperança, sentimento de culpa, entre outros.
Ela pode ser causada por predisposição genética, ou também por gatilhos que desencadeiam crises, como algum acontecimento traumático, estresse, consumo de drogas, doenças sistêmicas, entre outros.
Pessoas com depressão podem apresentar quadros variados de intensidade e duração, e apresentarem três graus diferentes: leve, moderado e grave. 
A depressão exige acompanhamento psicoterapêutico. 
 
Colesterol alto
O colesterol alto ocorre quando o nosso corpo eleva a produção de gordura, o que pode levar a obstrução dos vasos sanguíneos e, consequentemente, diminuir o fluxo de sangue em regiões importantes, como o coração, por exemplo.
Uma pessoa com colesterol alto é mais propensa a ter um infarto ou outras doenças cardiovasculares. 
O tratamento de colesterol alto é feito por meio de medicação e mudança de hábitos na rotina e na alimentação.
 
Diabetes
A diabetes é uma doença crônica metabólica, e consiste no aumento de glicose (açúcar) no sangue. Isso porque ela é causada pela falta ou má absorção de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas e que transforma a glicose em energia para o corpo.
Esta doença pode ser hereditária ou associada a outros fatores, como obesidade, hipertensão, estresse, entre outros. 
Há diabetes do tipo 1, tipo 2 e gestacional. Para todos existe um tratamento que envolve acompanhamento médico e hábitos saudáveis. 
 
Acidente vascular cerebral
Popularmente conhecido como AVC ou derrame cerebral, o Acidente vascular cerebral é caracterizado pela interrupção de fluxo sanguíneo em alguma região do cérebro. 
Existem dois tipos de AVC: hemorrágico e isquêmico.
O AVC hemorrágico acontece quando um vaso cerebral é rompido e provoca sangramento em uma parte do cérebro. Já o AVC isquêmico é provocado pela obstrução de uma artéria que impede a passagem de oxigênio para as células cerebrais, e estas acabam morrendo.
Um derrame cerebral não tem cura. A recuperação de um AVC envolve uma série de tratamentos, de acordo com seus danos. 
 
Câncer 
O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância. É um termo abrangente para mais de 100 tipos diferentes de doenças malignas.
Esta doença possui um alto grau de gravidade e leva a óbito a maioria das pessoas com seu diagnóstico. 
O câncer pode ser causado por fator hereditário, mas também devido ao tabagismo, exposição aos raios UV, produtos químicos, entre outros.
 
Obesidade
Uma pessoa obesa possui excesso de gordura corporal, geralmente provocado pelo sedentarismo e alto consumo de alimentos gordurosos e ricos em açúcar. 
A obesidade é responsável por desencadear uma série de outras doenças como a hipertensão, diabetes, colesterol alto, entre outras.
O tratamento para obesidade envolve atividades físicas, reeducação alimentar e acompanhamento com nutricionista e demais profissionais necessários.
 

Como mudar esse cenário?

Com a vida cada vez mais corrida, as pessoas tendem a deixar o cuidado com a saúde de lado. Mas estes números alertam o quão fundamental é manter um estilo de vida equilibrado e sadio. 
As principais doenças crônicas no Brasil podem ser prevenidas, quando não são hereditárias, através de uma rotina saudável, que envolva exercícios físicos, alimentação balanceada e acompanhamento médico frequente. 
Até mesmo quem já possui um diagnóstico pode ter uma melhor qualidade de vida, desde que adote bons hábitos diários.
E você, o que tem feito pela sua saúde e bem-estar?
 
Fontes: Agência Brasil, Ministério da Saúde, Dr. Drauzio Varella, Tua Saúde, Médico 24hrs, Instituto Nacional de Câncer.

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