Tontura, dor de cabeça, boca seca e até um certo desânimo, fazem parte dos sintomas do dia seguinte de uma bebedeira. Mas a famosa “ressaca” é apenas o efeito aparente de algo que pode ser muito mais danoso à sua saúde.
Hoje a Unimed Cascavel traz uma reportagem que é um alerta. Veja o que o excesso de álcool faz com as células do seu corpo. Boa leitura!
Festa e exagero
As festas de virada de ano costumam ter superstições, cardápio reforçado e muita bebida. Além de aumentar o risco de acidentes, o excesso de álcool também lesiona o organismo.
A ciência médica calcula que 300 mg de etanol por 100 mL de sangue, aproximadamente, levam um indivíduo ao quadro de coma alcoólico, que exige internação e aplicações de glicose, lavagens estomacais e outros tratamentos. Uma intoxicação mais severa (aproximadamente 500 mg por 100 mL) pode causar a morte por overdose de álcool.
Também existem efeitos do consumo excessivo e prolongado, a exemplo de distúrbios do sistema nervoso (como desatenção e tremedeira) e gastrite devido à irritação da mucosa estomacal. Consequências mais graves são o aumento da pressão arterial, problemas cardíacos e no pâncreas, hepatite e cirrose, que podem levar à morte.
O fígado é um dos principais órgãos afetados, pois é ele quem armazena o glicogênio – a nossa reserva de glicose, que oferece energia aos animais, inclusive o humano – e o libera aos poucos para a corrente sanguínea. Quando o indivíduo está sem se alimentar por um tempo razoável, suas reservas se esgotam, fazendo com que esse órgão sintetize a glicose a partir das proteínas musculares. Essa síntese é dificultada na presença do álcool, visto que o etanol bloqueia essa ação. Assim, é compreensível o motivo das pessoas que estão bebendo em jejum se afetarem mais rapidamente e a razão do álcool em excesso causar cirrose hepática em longo prazo.
Imunidade e risco pulmonar
Um estudo realizado pela pesquisadora Nathália Oliveira no Programa de Pós-graduação em Genética, vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) demonstrou pela primeira vez a maneira como o consumo de álcool afeta o sistema de defesa do organismo humano em meio a uma pneumonia. A pesquisa identificou que o consumo crônico de álcool prejudica a ação das células de defesa, os neutrófilos, que se tornam menos reativos aos sinais inflamatórios e menos efetivos no combate aos agentes infecciosos. O resumo do estudo é que o consumo exagerado e prolongado de álcool fragiliza o sistema imune e aumenta risco de contrair pneumonia.
Dessa forma, caso deseje mesmo beber, procure se alimentar antes e durante, priorizando alimentos ricos em amido. Evite beber excessivamente, procurando intercalar um copo de água entre um copo e outro de bebida. E, claro: se beber, não dirija!
A moderação é amiga da sua saúde e aliada da sua vida. Bom 2024!