Seja algum fármaco de rotina ou outro mais específico, praticar a automedicação é uma medida paliativa que, a longo prazo, pode causar danos ao organismo. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia, 77% dos brasileiros fazem uso de medicamentos sem orientação médica.
Na reportagem de hoje, veja que até os medicamentos consumidos rotineiramente podem ser nocivos. Boa leitura!
Perigo a um clique
Informações disponibilizadas por sites de busca na internet levam muitas pessoas ao perigo do autodiagnostico e ao consequente tratamento por conta própria. Mesmo que a decisão final para se automedicar seja decorrente de fatores como a pressa pelo bem-estar ou a dificuldade em consultar-se com um médico, essa é uma prática que não vale a pena.
Especialistas dizem que, quando as pessoas fazem uso de fármacos por conta própria, não conseguem compreender todas as variáveis envolvidas que são necessárias para estabelecer a prescrição de forma desejável, o que leva a falhas no tratamento. Muitas vezes, o risco pode ser maior do que o benefício.
Conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que 18% das mortes por envenenamento no Brasil podem ser atribuídas à automedicação, incluindo fármacos considerados de rotina, a exemplo de antialérgicos, antibióticos e analgésicos. Entre os problemas mais frequentes estão intoxicações, reações alérgicas, resistência no organismo, dependência, efeitos indesejados, dentre outros.
Uma das questões mais debatidas diz respeito ao consumo indiscriminado de antibióticos, que pode gerar efeitos adversos. É comum a pessoa não só iniciar o consumo por conta própria mas também suspender o tratamento assim que os sintomas desaparecem, o que faz o combate à infecção ser insuficiente. Isso pode agravar o quadro inicialmente instaurado e/ou gerar um novo quadro de resistência bacteriana.
Propaganda não é consulta
Ainda que legislação brasileira permita a divulgação de fármacos nos meios de comunicação, (seguindo determinadas regras), o texto publicitário demedicamentos para fígado, impotência, envelhecimento, “prisão de ventre”, diarreia (ou seja qual condição for) não substitui a prescrição médica.
A importância do profissional da saúde deve fazer parte de uma consciência coletiva, independentemente da idade do paciente, já que a maioria dos casos de intoxicação que chegam aos hospitais do Brasil é de crianças menores de 12 anos de idade.
Não existe medicamento totalmente inócuo quando tomado incorretamente. Todo fármaco pode ser perigoso ao mascarar/potencializar/criar sintomas.
Mas quando o conhecimento popular é bem-vindo? A resposta está naquele velho ditado: “A diferença entre o remédio e o veneno está na dose”. E como você não sabe qual o que tamanho de dose tomar, consulte sempre um médico ou um farmacêutico.
Aqui tem cuidado. Aqui tem Unimed.