A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1% da população com mais de 65 anos de idade convive com a doença. No Brasil, isso representa mais de 200 mil pessoas. Deste total, cerca de 10% a 20% apresenta sintomas antes dos 50 anos, o que é classificado como “início jovem”. Esse é o caso do ator norte americano Michael J. Fox, da franquia “De volta para o futuro”, que identificou os primeiros sinais quanto tinha apenas 29 anos de idade.
Neste artigo, conheça o impacto do diagnóstico do Parkinson de início precoce na qualidade de vida do paciente, suas causas, sintomas e formas de tratamento.
Diagnóstico
Pessoas com Doença de Parkinson de início jovem podem ter uma jornada mais longa para o diagnóstico, às vezes vendo vários médicos e se submetendo a vários testes antes de chegar a uma conclusão correta. Tal como acontece com o Parkinson identificado em idade mais avançada, o Parkinson precoce é diagnosticado com base no histórico médico da pessoa e em exame físico. Quando os jovens e seus médicos não estão esperando a Doença de Parkinson (DP), o diagnóstico pode ser atrasado. Não é incomum que a rigidez do braço ou do ombro seja atribuída à artrite ou às lesões esportivas antes que o Parkinson seja finalmente diagnosticado.
Tanto alterações genéticas quanto fatores ambientais contribuem em diferentes graus para causar a doença.
Sintomas e progressão
Quem tem diagnóstico de Parkinson precoce está mais propenso(a) a sofrer distonia, ou seja, contrações musculares prolongadas que levam a posturas anormais, como torcer o pé. Além disso, pessoas mais jovens são mais propensas a desenvolver discinesia, que são movimentos involuntários e descontrolados,
Tratamento
As opções para controlar os sintomas do Parkinson são essencialmente as mesmas, não importa em que idade a doença é identificada. Para atrasar potencialmente a discinesia, os jovens podem optar por adiar o início da medicação ou por começar com outros medicamentos, especialmente se os sintomas forem leves e não interferirem no trabalho, nas atividades físicas ou sociais.
Há muito tempo que médicos e pesquisadores se engajam em uma discussão saudável sobre a melhor época para iniciar o tratamento com o uso de levodopa. Alguns acreditam que é melhor começar mais cedo para controlar os sintomas, maximizar a qualidade de vida e permitir que a pessoa permaneça ativa o maior tempo possível. Pergunte ao seu médico a opinião dele sobre este assunto e considere os prós e os contras de ambas as abordagens. Trabalhe em conjunto com o seu especialista em distúrbios do movimento para determinar qual é o medicamento certo para você e quando é o melhor momento para iniciar a terapia.
O lado ‘positivo’ do diagnóstico precoce
As notícias não são totalmente ruins para aqueles com Parkinson de início jovem. Os pacientes com este diagnóstico são melhores candidatos para procedimentos cirúrgicos e inovações médicas que estão sendo usadas ou desenvolvidas para tratar a doença.