Pequenos e perigosos: quais doenças transmitidas por mosquitos mais ameaçam os brasileiros?

Entre um tigre e um mosquito, é provável que o seu medo mais intenso seja do bicho maior, mas sabia que os insetos são os animais mais letais para os seres humanos? A informação é confirmada pelo CDC – Centers for Disease Control (Centros de Controle de Doenças) dos Estados Unidos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os mosquitos são vetores de doenças perigosas que matam cerca de 700 mil pessoas por ano, principalmente em áreas de clima tropical. O crescimento desordenado das cidades e as condições inadequadas de saneamento também aumentam o perigo.

Na reportagem desta semana, veja quais doenças transmitidas por mosquitos mais ameaçam os brasileiros. Boa leitura!

1 • Dengue

O pequeno Aedes aegypti tem sido um grande vilão da saúde humana. É ele o responsável por transmitir o vírus da dengue e colocar em risco a vida de mais de 2,5 bilhões de pessoas em pelo menos 100 países, incluindo o Brasil. Pacientes com doenças crônicas como diabetes e hipertensão têm mais chance de desenvolver as formas graves da doença, que pode levar à morte.

Os sintomas da dengue incluem febre alta, dores de cabeça, nos músculos, nas juntas e atrás dos olhos, além de erupções cutâneas e falta de apetite. Quadros de vômito, desmaios e dores abdominais podem indicar que a situação do paciente está se agravando. Nesse caso, procure atendimento médico imediatamente.

O tratamento contra a dengue é feito com medicamentos, hidratação e repouso. 

2 • Zika

O Aedes aegypti também transmite o zika vírus, que causa a zika. Inicialmente, a doença provoca manchas vermelhas pelo corpo. Em seguida, surgem febre, coceiras, dores de cabeça e nos músculos, além de vermelhidão nos olhos. 

A zika tende a durar aproximadamente dez dias. Ainda que os casos de morte sejam raros, a gravidade se dá por conta de mulheres grávidas que contraem o vírus durante a gestação e podem ter filhos com microcefalia.

O tratamento da zika é feito com medicamentos que aliviam os sintomas.

3 • Chikungunya

Aí está a terceira moléstia transmitida pelo Aedes aegypti (mas é importante lembrar que a doença também pode ser contraída por meio de transfusões sanguíneas). A chikungunya também pode ser transmitida de mãe para filho, durante a gravidez – quando a mulher contrai o vírus no último mês de gestação.

Os sintomas começam com febre, dor de cabeça, mal-estar e manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo. Depois disso surge o sintoma mais característico: as dores nas articulações (joelhos, cotovelos e tornozelos), que podem ser tão fortes que chegam a incapacitar o indivíduo. De forma geral, a chikungunya desaparece após duas semanas, mas algumas pessoas podem permanecer com as dores articulares por meses ou anos.   

O tratamento envolve hidratação e uso de medicamentos para aliviar a febre e as dores.

4 • Febre amarela

Essa é uma doença transmitida aos humanos por mosquitos Haemagogus e Sabethes (ambos presentes em áreas de floresta). Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, náusea e cansaço. Os casos graves ainda causam icterícia (pele amarelada), insuficiência renal e colapso do fígado, podendo matar.

Conforme conclusões científicas, algumas pessoas podem apresentar um breve período sem sintomas, mas depois desenvolver a forma grave, que mata de 20% a 50% das pessoas que chegam a esse estágio.

Nos casos leves, o tratamento é feito com hidratação e medicamentos para aliviar as dores. O consumo de aspirina é contraindicado em caso de suspeita de febre amarela, pois aumenta o risco de hemorragias.

5 • Malária

Transmitida pelo mosquito Anopheles darlingi, essa é uma doença que causa febre alta, calafrios, tremores, suor, dor de cabeça, náusea, vômito, cansaço e falta de apetite. Os casos graves incluem fraqueza, alteração da consciência e hemorragia.

O tratamento contra a malária é feito à base de comprimidos como cloroquina e depende de fatores como a espécie do protozoário que foi transmitido pelo vírus, além da gravidade da doença, da idade e das condições prévias de saúde do paciente.

Casos graves precisam de hospitalização imediata.

Prevenção

De forma geral, o uso de repelentes e de roupas que cubram a pele exposta é a forma mais prática de evitar doenças causadas por mosquitos. Essas medidas vales especialmente para os períodos do início da manhã e do fim da tarde. Outra medida importante é evitar áreas de floresta e eliminar pontos de água que possam servir de criadouro para os mosquitos.

A vacina até pode ser usada para evitar as doenças em situações específicas, a exemplo da febre amarela. Nesse caso, o imunizante é recomendado para quem frequenta áreas de risco. Já contra a dengue, a vacina só é indicada para quem já teve a doença.

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