Polifarmácia: Veja os riscos de consumir 4 ou mais medicamentos ao mesmo tempo

Quando um paciente faz uso rotineiro de quatro ou mais medicamentos ao mesmo tempo (com ou sem indicação médica), ele se enquadra na situação de polifarmácia, termo classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Neste artigo, a Unimed Cascavel aprofunda o tema e explica os riscos desse tipo de medicação múltipla. Vamos à leitura? 

Polifarmácia

Essa condição é mais frequente em doentes crônicos e/ou idosos e pode levar a consequências adversas, tanto que a própria OMS lançou em 2017 um desafio global para aumentar a segurança dos pacientes. 

Ainda que o uso de múltiplos medicamentos possa ser clinicamente indicado, efetivo e seguro, a utilização indiscriminada pode causar reações adversas. 

Riscos

A polifarmácia pode incluir medicamentos de alto risco, mais de um fármaco prescrito para o mesmo propósito, medicamentos sem valor terapêutico, além de itens contraindicados para a condição clínica ou para a faixa etária do paciente. Isso pode levar à:

• Ocorrência de interações inapropriadas entre medicamentos e/ou alimentos
• RAMs (Reações Adversas a Medicamentos)
• Tonturas recorrentes e quedas
• Aumento do perigo de toxicidade
• Erros de medicação
• Redução da adesão ao tratamento
• Aumento das taxas de hospitalização
• Mortalidade

• Perda da eficácia de algum medicamento, pois alguns fármacos são priorizados na hora da metabolização, podendo inibir o efeito de outro

• Resistência a algumas classes de medicamentos

• Possibilidade de resistência de bactérias

Muitas vezes, essas manifestações demoram a ser identificadas, o que pode prejudicar e retardar o tratamento, bem como diminuir a qualidade de vida. 

É fundamental que os profissionais conheçam os medicamentos com riscos potenciais e o envolvimento dos próprios pacientes para evitar perigos associados à polifarmácia. Juntos eles devem discutir a necessidade de utilização de todos os medicamentos prescritos e seguir corretamente as recomendações definidas.

Quando a polifarmácia é inevitável, os pacientes devem entender:

• A importância do uso racional dos medicamentos
• Os riscos da automedicação (incluindo produtos fitoterápicos e chás).
• Riscos de interrupção/troca/inclusão de medicamentos sem conhecimento profissional
• Perigos de possíveis alterações dos horários de administração do medicamentos
• Monitoramento de possíveis reações adversas

• Perda da eficácia da medicação.

Dica de ouro

Comunique sempre ao seu médico ou profissional de saúde sobre a ocorrência de qualquer reação desagradável ou indesejada ao fazer uso de um ou mais medicamentos. Informe sobre todos os fármacos que esteja consumindo (mesmo os fitoterápicos), afim de evitar que outros medicamentos para a mesma finalidade sejam novamente prescritos. 

Em caso de dúvidas (a exemplo de horários corretos, ingestão de dois ou mais medicamentos juntos, etc.) consulte o farmacêutico e receba orientações assertivas para otimizar o seu tratamento.

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