Conheça os tipos de hepatite e as orientações para cada uma delas

Apesar das hepatites A, B e C serem as mais comuns, existem outros tipos de inflamação de fígado (hepato = fígado / ite = inflamação). Na reportagem de hoje, conheça todas as variedades e como se proteger das principais. Vamos à leitura?

Causa

Na maioria das vezes, a hepatite é uma doença causada por vírus. Porém, a inflamação do fígado também pode ser resultado do uso de medicamentos ou resposta automática do organismo (hepatite autoimune).

Tipos

A medicina considera pelo menos dez tipos de hepatite: A, B, C, D, E, F, G, hepatite autoimune, hepatite medicamentosa e hepatite crônica. Independentemente da variedade, o importante é o diagnóstico na fase inicial, o que evita a progressão da doença e até mesmo a possível necessidade de transplante de fígado (nos casos mais graves).

Hepatite A

A hepatite A costuma ser transmitida por meio do contato com água ou alimentos contaminados. Na maioria das vezes, os sintomas da hepatite A são discretos, incluindo cansaço, fraqueza, diminuição do apetite e dor na parte superior do abdômen. Porém, há casos de hepatite A do tipo fulminante, que pode levar ao óbito em poucos dias. Para se prevenir é importante realizar a higiene na hora de preparar e comer os alimentos. Além disso, recomenda-se que as pessoas evitem compartilhar escovas de dentes, talheres, agulhas ou seringas.

Quem já teve hepatite A passa a ser imune a esse tipo de vírus, mas permanece susceptível aos outros.

Hepatite B

O tipo B é transmitido pelo contato com secreções (Infecção Sexualmente Transmissível – IST) ou sangue contaminados (transfusões sanguíneas, itens de manicure ou compartilhamento de seringas e agulhas). A hepatite B pode ser assintomática ou provocar enjoos, febre e dores em articulações e no abdômen. Com ou sem sintomas, o tratamento deve ser seguido para evitar a progressão da doença.

Existe vacina para a hepatite B! É importante que toda criança seja protegida ainda na maternidade, mas a dose também pode ser aplicada em adultos.

Hepatite C

A infecção do fígado caracterizada como hepatite C também acontece por meio do contato com secreções ou sangue contaminados. Diferentemente do tipo B, a hepatite C tem cura, desde que descoberta precocemente e que o tratamento seja começado o mais breve possível. Se não for tratada, a hepatite C pode levar à hepatite crônica, que pode causar cirrose ou insuficiência hepática.

Na maioria dos casos, os sintomas surgem entre dois meses e dois anos após o contato com o vírus: pele amarelada, urina escura, dores abdominais e perda de apetite.

Hepatite D

Também chamado de hepatite Delta, o tipo D pode ser transmitido pelo contato com pele e mucosa contaminadas com o vírus (normalmente em relações sexuais desprotegidas ou compartilhamento de agulhas e seringas). Caso não seja tratada, a hepatite D pode resultar em hepatite fulminante.

Esse tipo pode ou não ter sintomas, dependendo do grau de comprometimento do fígado. A prevenção se dá pela vacinação contra a hepatite B, pois o tipo D depende do vírus da hepatite B para se replicar.

Hepatite E

Geralmente resultado de surtos devido à má higiene ou falta de saneamento básico, a hepatite E é transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados ou contato com fezes e urina de pessoas que tenham o vírus. Normalmente diagnosticada em crianças, essa variedade pode ser assintomática ou gerar episódios de febre baixa, dor abdominal e urina escura.

Neste caso não existe vacina. O tratamento consiste em repouso, hidratação, boa alimentação e evitar usar medicamentos ou ingerir bebidas alcoólicas.

Hepatite F

Considerada um subgrupo da hepatite C, o vírus causador da hepatite F ainda não foi identificado. O que se sabe é que a hepatite F foi verificada em macacos em laboratório, mas não há relato de pessoas infectadas.

Hepatite G

Este subtipo é causado por um vírus que frequentemente é encontrado pessoas diagnosticadas com hepatite B, C ou HIV. Esse vírus pode ser transmitido em relações sem preservativo, transfusão sanguínea ou da mãe para o filho.

O tratamento ainda não é muito bem estabelecido, já que não está relacionada a casos crônicos de hepatite e nem necessidade de transplante de fígado. No entanto, é importante consultar o hepatologista ou infectologista para melhor orientação.

Hepatite autoimune

Doença genética em que o corpo produz anticorpos contra as próprias células do fígado.  Os sintomas são consequência da desregulação do sistema imunológico: dor abdominal, pele amarelada e náuseas.

Assim que surgirem os primeiros sinais deve-se procurar um hepatologista ou gastroenterologista para iniciar o tratamento, normalmente feito com corticosteroides, imunossupressores e alimentação adequada.

Hepatite medicamentosa

Pode ser causada pela ingestão exagerada ou inadequada de medicamentos, pela hipersensibilidade da pessoa ao medicamento ou toxicidade do remédio. Nesses casos, o fígado não consegue metabolizar as toxinas dos medicamentos e inflama.

Os sintomas são os mesmos que o da hepatite viral: vômitos, náuseas, dor abdominal, urina escura e fezes claras, por exemplo. Já o tratamento consiste em parar de ingerir os medicamentos ou trocar para outros menos agressivos para o fígado, sempre com a orientação médica!

Hepatite crônica

É quando a inflamação do fígado dura mais de seis meses, o que pode levar à cirrose ou à insuficiência hepática. Dependendo da gravidade das lesões, também pode ser necessário o transplante de fígado.

Esse tipo de hepatite causa fadiga, dores nas articulações, febre, mal-estar, diminuição do apetite e perda da memória. O tratamento depende da gravidade das lesões e pode ser feito tanto com o uso de medicamentos (corticoides) ou com o transplante.

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Hepatites: tipos, prevenção e tratamentos para as infecções de fígado

Comemorado no último dia 28 de julho (quinta-feira), o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites destaca a importância do tema para a saúde mundial. A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, doenças autoimunes, além de remédios, álcool e outras drogas e que mata cerca de um milhão de pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O diagnóstico precoce é a melhor forma de aumentar a eficácia do tratamento. 

Neste artigo, conheça os tipos de hepatite, bem como as formas de prevenção e tratamento. Boa leitura!

Hepatite A

Também chamada de “hepatite infecciosa”, essa doença contagiosa é causada pelo vírus A (VHA). A transmissão se dá pelo contato entre indivíduos, pela água ou por alimentos contaminados ou, ainda, por meio fecal-oral.

Essa forma de hepatite geralmente não apresenta sintomas, mas pode haver cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal, urina escura, fezes claras, além e pele e olhos amarelados. O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue. 

A hepatite A é totalmente curável com medicamentos, desde que seguidas corretamente as orientações médicas. Melhor do que remediar é prevenir: é preciso melhorar as condições de higiene e saneamento básico, lavar sempre as mãos, consumir apenas água tratada, evitar contato com riachos, chafarizes e águas de enchente e, conforme o calendário nacional de vacinação, imunizar crianças a partir de um ano e três meses de idade.

Hepatite B

Também chamada de soro-homóloga, essa doença infecciosa é causada pelo vírus B (HBV), presente no leite materno, no sangue e no esperma (por isso é sexualmente transmissível).

A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas, mas, quando surgem, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal, urina escura, fezes claras, além de pele e olhos amarelados. O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue específico. 

O tratamento é feito com base em dieta adequada, repouso, hidratação e medicamentos com recomendação médica. Já a prevenção é feita por meio do uso de preservativo em todas as relações sexuais e do não compartilhamento de objetos de uso pessoal (lâminas de barbear, escovas de dente, material de manicure e pedicure, etc.). A vacina contra a hepatite B também está disponível para toda a população brasileira.

Hepatite C

Causada pelo vírus C (HCV), presente no sangue. A transmissão da hepatite C se dá por meio do compartilhamento de materiais para uso de drogas (agulhas, seringas…), por itens de higiene pessoal (lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de unhas…), de mãe para filho (durante a gestação) e de sexo sem preservativo. 

Tal qual nas hepatites A e B, os sintomas são raros e parecidos. Quando persiste por mais de seis meses, quase sempre caracteriza a forma crônica da doença. O diagnóstico depende do tipo do vírus (genótipo) e do comprometimento do fígado (fibrose). Por isso, são necessários exames específicos como biópsia hepática ou biologia molecular. Já o tratamento é feito com antivirais (que promovem a cure em até 98% dos casos), e a prevenção é semelhante à hepatite B, porém não há vacina contra a hepatite C.

Hepatite D

Também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Porém, esse vírus depende da presença do vírus da hepatite B para infectar alguém. A transmissão se dá por meio de relações sexuais desprotegidas, de mãe para filho (na gestação, no parto ou na amamentação), bem como pelo compartilhamento de materiais cortante e de higiene pessoal. 

Também não costuma apresentar sintomas, mas, quando surgem, costumam incluir cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal, urina escura, fezes claras, além de pele e olhos amarelados. O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue. O tratamento e a prevenção são as mesmas da hepatite B.

Hepatite E

Causada pelo vírus E (VHE), essa forma de hepatite é considerada rara no Brasil (mais comum na África e na Ásia). A transmissão é por meio fecal-oral, por contato entre indivíduos ou via água/alimentos contaminados. 

Quando aparecem, os sintomas são os mesmos das demais hepatites. O diagnóstico é feito por meio de exame sanguíneo. Na maioria dos casos, não requer tratamento, e a prevenção é feita a partir da melhora das condições de higiene e limpeza. 

Atenção!

As hepatites virais são silenciosas e graves. Procure seu médico! E lembre-se de que comidas excessivamente gordurosas e muita bebida alcoólica também podem provocar infecções sérias (e até fatais) de fígado. 

Faça sua parte!

Cuidar de você. Esse é o plano.

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