O sofrimento de passar por processos depressivos pode parecer algo solitário e, erroneamente, sem saída. Tal qual para qualquer condição da saúde humana, a Ciência tem possibilidades para o tratamento de pacientes em condições emocionais que inspiram atenção. No artigo desta semana, você verá como a medicina está a serviço da prevenção ao suicídio.
Boa leitura!
Setembro Amarelo
Na maioria dos países do mundo, setembro é conhecido como o mês de prevenção ao suicídio. No Brasil, são aproximadamente 30 casos por dia, e quase todos eles poderiam ser evitados, conforme descrevem a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), na Cartilha de Prevenção ao Suicídio.
Estudos internacionais indicam que pessoas que concretizam um ato suicida passam, quase que invariavelmente, por uma alteração da percepção da realidade motivada por um sofrimento que tira a capacidade de enxergar qualquer solução. Os mesmos estudos recomendam que o tratamento dessa condição mental é um dos pilares mais importantes para a prevenção, visto que 90% dos casos de suicídios poderiam ser evitados se a vítima tivesse recebido ajuda profissional.
Como identificar a necessidade de acompanhamento?
Psicólogos e psiquiatras reforçam que quase sempre a pessoa dá sinais. Portanto, é falsa a ideia de que “quem quer se suicidar não fala, simplesmente faz”.
Ao identificar qualquer comportamento que levante a possibilidade de estar diante de um suicida em potencial, pergunte com todas as letras o que essa pessoa está sentindo e tenha disposição para ouvir o que essa pessoa tem a dizer.
Como prevenir?
• Procure um psicólogo ou grupo de apoio.
• Ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende pelo número 188.
• Evite álcool e outras drogas.
• Alimente-se bem.
• Pratique atividades físicas e de lazer.
• Se precisar, recorra a um médico psiquiatra para receber orientações e, se for o caso, tratamento com medicamentos.
• Jamais interrompa o tratamento por conta própria.