Tempo seco X tempo úmido: o que fazer quanto é o clima que maltrata a sua saúde? 

A variação climática é um fenômeno natural que, embora nem sempre percebido no dia a dia, tem um impacto significativo na saúde humana. Com o tempo seco, surgem problemas como irritações nos olhos e na pele, enquanto a umidade excessiva propicia a proliferação de fungos e outras condições adversas. Neste artigo, vamos explorar as doenças mais comuns associadas a essas condições climáticas, além de dicas de prevenção e tratamento.

A saúde no tempo seco

A baixa umidade do ar, especialmente quando o índice está próximo dos 30%, traz uma série de problemas. Um dos principais efeitos é o aumento de doenças respiratórias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a baixa umidade pode agravar condições como asma, bronquite e rinite alérgica. A poluição do ar, que tende a se concentrar em períodos secos, também contribui para o aumento de casos de infecções respiratórias.

Os problemas dermatológicos também são comuns nessa época. O ressecamento da pele pode causar dermatites e agravar doenças pré-existentes, como eczemas e psoríases. A falta de umidade no ar provoca a perda de água pela pele, podendo levar ao aparecimento de rachaduras, coceira e descamação. Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os casos de urticária aumentam em 25% durante os meses de seca, por exemplo.

Além disso, a visão também pode ser afetada. Em períodos de tempo seco, aumentam os casos de conjuntivite. Dados do Ministério da Saúde indicam que a essa é uma das principais queixas em épocas de baixa umidade, com 30% a mais de casos registrados em clínicas e hospitais.

IMPORTANTE: Fique atento(a) também para evitar a desidratação!

Tempo seco: cuidados e prevenção

• Hidratação: Beber bastante água e usar umidificadores em casa ajudam a manter a umidade do ambiente e a hidratação da pele.
• Proteção Ocular: Usar óculos de sol e colírios hidratantes pode prevenir a irritação ocular.
• Cuidado com a Pele: Aplicar cremes hidratantes regularmente, especialmente após o banho.
• Usar filtro solar mesmo no inverno.

A saúde no excesso de umidade

Por outro lado, a umidade excessiva é um problema que muitas pessoas subestimam, mas que pode ter consequências sérias para a saúde. Quando o índice está acima de 60%, cria-se um ambiente propício para o crescimento de fungos, ácaros e bactérias, que podem provocar uma série de problemas de saúde.

• Asma e alergias: Ambientes muito úmidos podem agravar condições respiratórias como asma e alergias. De acordo com a OMS, a exposição a alérgenos como ácaros e fungos pode desencadear crises asmáticas e reações alérgicas.

• Infecções respiratórias: A umidade excessiva também está associada a um aumento na incidência de infecções respiratórias. Um estudo publicado pelo Journal of Allergy and Clinical Immunology mostrou que mofo e fungos no ar aumentam o risco de infecções pulmonares, especialmente em crianças e idosos.

• Problemas dermatológicos: A umidade também pode causar irritações na pele, como dermatite e eczemas. A presença de fungos, como a “tinea”, que se proliferam em ambientes úmidos, pode levar a infecções dermatológicas, conforme a American Academy of Dermatology.

• Problemas digestivos: Ambientes úmidos podem também favorecer o crescimento de bactérias com potencial para afetar a saúde digestiva, levando a infecções gastrointestinais. A informação é do Center for Disease Control and Prevention.

IMPORTANTE: Ainda que a proliferação de mosquitos seja mais comum em tempo quente, o excesso de umidade favorece a reprodução desses vetores de doenças em qualquer estação do ano.

Excesso de umidade: cuidados e prevenção

• Ventilação adequada: Garantir que os ambientes sejam bem ventilados ajuda a reduzir a umidade. A abertura de janelas e o uso de exaustores em banheiros e cozinhas são medidas eficazes.

• Desumidificadores: Em locais com alta umidade, o uso de desumidificadores pode ser uma solução eficiente para manter os níveis de umidade em faixas seguras.

• Limpeza regular: A limpeza frequente de superfícies, especialmente em áreas propensas a mofo, como banheiros e cozinhas, é essencial. O uso de produtos antifúngicos pode ajudar a prevenir o crescimento de fungos.

• Consultas médicas: Para quem já possui problemas respiratórios, é importante manter acompanhamento médico e ter sempre os medicamentos prescritos à mão.

Seja no calor seco ou na umidade excessiva, cuidar da saúde deve ser uma prioridade. A prevenção é sempre o melhor remédio. Caso os sintomas de problemas de saúde relacionados à umidade apareçam, como dificuldades respiratórias ou irritações na pele, é importante procurar orientação médica. O tratamento pode incluir o uso de medicamentos para controle de alergias, broncodilatadores para asma, ou tratamentos dermatológicos para irritações na pele.

Aqui tem gente. Aqui tem vida. Aqui tem Unimed