3 dicas para cuidar da saúde dos alunos no período das aulas online

Há pouco mais de um ano as atividades digitais entraram em nossas rotinas e se tornaram comuns. Assim trabalhamos, estudamos, nos divertimos e interagimos por trás das telas. 
Contudo, mesmo passado o período inicial de adaptação, as aulas online continuam sendo um desafio para as famílias. Afinal de contas, o excesso de telas e a perda das interações no ambiente escolar podem ser prejudiciais para a saúde das crianças.
Por isso, no artigo de hoje, daremos algumas dicas a fim de ajudá-los a passar por essa fase com menos impactos negativos possível. Vamos lá?
 

Moderar do tempo de exposição às telas

Antes mesmo de iniciar o distanciamento social, a SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria já havia alertado sobre as consequências na saúde das crianças e adolescentes, devido ao uso excessivo das telas. 
Neste comunicado, a SBP orientou limites para cada faixa etária, como: uma hora por dia para crianças entre dois e cinco anos; uma ou duas horas por dia para crianças entre seis e dez anos; e duas ou três horas por dia para adolescentes entre onze e dezoito anos. 
Mas como adaptar essas recomendações para a nova realidade?
O ensino à distância se tornou essencial para resguardar a saúde de todos. Por isso, os pais podem organizar a rotina de seus filhos para que haja um equilíbrio entre o tempo dedicado às aulas online e as demais atividades do dia a dia. 
Durante as aulas, é importante que os alunos foquem em apenas uma tela, seja ela do computador, tablet ou smartphone. Além disso, ela deve estar a uma distância adequada dos olhos, para evitar riscos de problemas de visão. Para isso, sempre que possível, usar a TV para as transmissões pode ser uma boa prática. 
Também é de extrema importância que a criança tenha um lugar adequado para aprender. Isso envolve um assento confortável e que não comprometa sua postura, que tenha uma temperatura e iluminação adequadas.
Após o período da aula, os pais devem monitorar as demais atividades dos filhos ao longo do dia. Limitando o tempo nos jogos, YouTube e redes sociais. 
Vale lembrar que a interação com os amigos e familiares é importante, então pode haver um momento para que eles se dediquem a essa relação.
 

Fazer intervalos e praticar atividades off-line

Os intervalos durante as aulas são muito importantes para a oxigenação do cérebro e descanso dos olhos. Durante esse momento, é interessante os pais incentivarem seus filhos a praticarem um alongamento e esperarem o retorno da professora em algum local da casa que esteja ensolarado, por exemplo. 
Passar um tempo na janela, varanda ou quintal pode ser muito bom para a criança repor as energias e continuar seu aprendizado. 
Promover atividades que sejam desconectadas ao longo do dia também é essencial. Os pais podem incentivar a leitura, a prática de alguma atividade física, que é de suma importância para evitar o sedentarismo, e aqueles que dispõem de mais tempo também podem propor um jogo de tabuleiro. 
Nos momentos em família, como a hora das refeições, é essencial que todos estejam desconectados do digital e foquem nos membros presentes, conversando e aproveitando o tempo juntos. Esta prática faz bem para pais e filhos, e muitas crianças adoram esse aumento de tempo com a família.
 

Saúde Mental: atenção aos sinais de comportamento

Devido a todas as mudanças e ao rompimento dos vínculos presenciais que as crianças tinham, muitas delas podem se sentirem confusas e apresentar sinais que indicam que algo não está bem com suas emoções, como desânimo, agressividade, alterações do sono, ansiedade e acessos de raiva, por exemplo. 
O estudo Jovens na Pandemia, coordenado pelo psiquiatra Guilherme Vanoni Polanczyk, e desenvolvido pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP,  tem o propósito de acompanhar o comportamento emocional de crianças e adolescentes nesse período.
O resultado preliminar da pesquisa apontou que de 9 mil participantes, 11% das crianças se sentiam tristes e desanimadas, 26% tinham acessos de raiva frequentes e 18% estavam muito preocupadas. 
Portanto, é fundamental que os pais, apesar de toda a sobrecarga que estejam enfrentando, não deixem de observar o comportamento de seus filhos. Se para os adultos é difícil, para as crianças pode ser o dobro. 
Ao identificar que as crianças estão com distúrbios emocionais, é preciso procurar a ajuda de um médico especializado. 
Nós da Unimed Cascavel esperamos que essas 3 dicas ajudem as famílias a passarem por esse período com mais tranquilidade. Tudo isso vai passar e logo nossas crianças poderão voltar às escolas e aproveitar esse tempo como elas gostam!
 
Fontes: Lunetas/ Nova Escola

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