Triagem neonatal: A importância do teste do pezinho e de outros exames obrigatórios no recém-nascido
A Triagem Neonatal Biológica (TNB) é um conjunto de ações preventivas para identificar precocemente doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas. Assim, o paciente recém-nascido pode começar a ser tratado em tempo oportuno, evitando sequelas e até mesmo a morte.
Na reportagem desta semana, saiba mais sobre a importância do teste do pezinho e de outros exames obrigatórios para quem acabou de chegar ao mundo. Boa leitura!
Uma questão de direito
Todo bebê que nasce no Brasil tem direito de ser submetido, gratuitamente, à realização dos quatro exames que compõem a triagem neonatal: teste do pezinho, teste do olhinho, teste da orelhinha e teste do coraçãozinho.
Teste do pezinho
Este é um exame rápido em que gotinhas de sangue do calcanhar do bebê são coletadas para diagnosticar e impedir o desenvolvimento de doenças genéticas ou metabólicas que podem levar à deficiência intelectual ou causar prejuízos à qualidade de vida. Por meio do teste do pezinho é possível diagnosticar até 50 doenças. Muitas delas não apresentam sintomas ao nascimento e podem aparecer mesmo sem casos na família. Para que a prevenção seja possível, a coleta deve ser efetuada entre o 3º e 5º dia de vida do bebê.
Teste do olhinho
Com auxílio de uma lanterna, o médico observa o reflexo da luz emitida no fundo do olho do bebê. Esse teste é capaz de identificar possíveis casos de catarata congênita, hemorragias e até o retinoblastoma (câncer mais comum na infância e que, se for tratado tardiamente, pode se tornar grave). Além disso, o teste do olhinho também pode diagnosticar graus muito elevados de miopia ou hipermetropia. Todo recém-nascido não deve sair da maternidade sem passar por esse exame. A partir daí, sua repetição e a avaliação oftalmológica em geral depende de cada caso.
Teste da orelhinha
Este é mais um exame que deve ser oferecido ainda na maternidade para avaliar a audição e detectar precocemente algum grau de surdez no bebê. Trata-se de um teste fácil, indolor e normalmente realizado durante o sono, entre o 2º e o 3º dia de vida do recém-nascido. Em alguns casos, pode ser recomendado que o teste seja repetido após 30 dias, principalmente quando há maior risco de alterações auditivas, como no caso de prematuros, com baixo peso ou cuja mãe teve alguma infecção durante a gravidez que não foi devidamente tratada.
Teste do coraçãozinho
É um exame não invasivo e extremamente simples que pode ser realizado em apenas cinco. Para realiza-lo é necessário apenas um oxímetro, aparelho que mede a saturação. Basicamente, o teste do coraçãozinho procura se há alguma diferença significativa na saturação das mãos e dos pezinhos do bebê. Caso os dois números estiverem muito diferentes, significa que o sangue que sai do coração não está chegando de forma adequada até os pezinhos e consequentemente não está oxigenando os tecidos direito. Essa diferença pode indicar alguma malformação do coraçãozinho. Ainda que o teste do coraçãozinho não seja capaz de identificar toda ou qualquer alteração cardíaca, ele é eficaz para identificar alterações críticas decorrentes de cardiopatias mais graves que necessitam de intervenções imediatas. Esse diagnóstico importantíssimo deve ser feito ainda no ambiente hospitalar. Caso haja necessidade de alguma intervenção, isso já pode ser feito o mais rápido possível.
Aqui tem gente. Aqui tem vida. Aqui tem Unimed.