O lúpus é uma doença autoimune (quando o sistema imunológico ataca tecidos e órgãos da própria pessoa) e pode afetar articulações, pele, rins, células sanguíneas, cérebro, coração, pulmões e outros órgãos. Ainda que não existe cura para a doença, há tratamentos eficazes de controle da condição e dos sintomas.
Na reportagem de hoje, saiba mais sobre as causas, as consequências e o tratamento contra o lúpus. Boa leitura!
Causas
A origem não é totalmente conhecida, mas sabe-se que fatores hormonais, genéticos e ambientais estão envolvidos. Mulheres em idade fértil são até nove vezes mais acometidas do que os homens, pois o estrogênio exerce papel importante na patogênese da doença. Algumas pessoas nascem com susceptibilidade genética para desenvolver lúpus e, somada à interação de fatores ambientais (irradiação solar, tabagismo, infecções por alguns vírus ou outros micro-organismos), passam a apresentar alterações imunológicas. Essa interação genética + ação de fatores ambientais podem levar a um desequilíbrio na produção de anticorpos que reagem contra proteínas do próprio organismo, causando inflamação em diversos órgãos, como pele, rins, articulações, pulmões e mucosas.
• O lúpus discoide está restrito à pele, que apresenta lesões arredondadas, vermelhas e descamativas, sendo notadas principalmente no rosto, couro cabeludo, região cervical e tronco. Essas lesões podem se tornar mais evidentes quando a pessoa se expõe ao sol.
• O lúpus sistêmico acomete, além da pele, diversos órgãos (articulações, rins, pulmões, sistema nervoso e pleura).
• O lúpus induzido por drogas ocorre quando há desenvolvimento de sintomas semelhantes ao do lúpus sistêmico, temporalmente relacionado à exposição a drogas. Geralmente, a resolução do quadro se dá após a suspensão do medicamento desencadeante. A associação mais clássica é feita com a procainamida e a hidralazina.
• Já o lúpus neonatal acomete recém-nascidos e é causadao pela passagem de anticorpos (Anti-Ro e Anti-La) da mãe para a criança, pela placenta, durante a gravidez.
Sintomas
São diversos e podem variar em intensidade e quantidade de sistemas acometidos, de acordo com cada indivíduo e com a fase de atividade ou remissão da doença. Inicialmente, são comuns manifestações dermatológicas e sintomas gerais sistêmicos, como febre baixa, cansaço, desânimo, perda de peso e apetite. As manifestações mais específicas são surgimento de lesões de pele, aftas, dores nas articulações, inflamação das membranas que recobrem o pulmão e o coração (ocasionando dor ao respirar, tosse seca, falta de ar e dor no peito), acometimento renal, alterações neuropsiquiátricas, anemia e outras alterações sanguíneas.
Diagnóstico
Deve ser realizado por um médico, por meio da avaliação do histórico clínico do paciente, além de exames físicos e laboratoriais.
Tratamento
Deve ser guiado de acordo com o grau de severidade e de quais órgãos foram acometidos pela doença. O uso de corticoides, hidroxicloroquina e imunossupressores podem contribuir na busca pelo controle e remissão do quadro.
Prevenção
Para evitar novos surtos de atividade da doença, o paciente com lúpus deve fazer uso correto das medicações prescritas, evitar exposição solar (principalmente entre 10h e as 15h) e cessar o tabagismo, além e ir regularmente às consultas médicas, realizar exames de controle, fazer uso de bloqueador solar e adotar hábitos de vida saudáveis.
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