Estima-se que o Brasil tenha mais de 600 mil idosos convivendo com a Doença de Parkinson, degeneração crônica e progressiva do sistema nervoso central, devido à diminuição intensa da produção de dopamina – substância química que ajuda a transmitir as mensagens entre as células nervosas. Esse neurotransmissor é essencial para que os movimentos voluntários do corpo sejam feitos de forma automática, ou seja, sem precisar planejar o movimento de cada músculo. Na falta da dopamina, a pessoa perde o controle motor, o que desencadeia sintomas bem característicos.
Neste artigo, conheça os sinais e o que se sabe sobre formas de frear os sintomas. Boa leitura!
Influência cronológica
Com o envelhecimento, qualquer pessoa apresenta a morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Porém, algumas perdem essas células e diminuem os níveis de dopamina em um ritmo muito mais acelerado, ainda que não se saiba exatamente o motivo disso.
Sintomas
Os principais sintomas da Doença de Parkinson são a lentidão motora, a rigidez entre as articulações de punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo, os tremores em repouso (especialmente nos membros superiores e, geralmente, predominantes em um lado do corpo) e a falta de equilíbrio. Além desses sintomas motores, podem ocorrer outros, a exemplo da diminuição do olfato e alterações intestinais e do sono.
Diagnóstico
O profissional mais habilitado para interpretar os sintomas e concluir o diagnóstico é o médico neurologista, capaz de diferencia a Doença de Parkinson de outras que também afetam involuntariamente os movimentos do corpo. Exames complementares, tal qual a tomografia cerebral e a ressonância magnética, servem apenas para avaliação de outros diagnósticos diferenciais.
Tratamento
Ainda que não haja formas comprovadas de prevenir, é possível tratar a Doença de Parkinson. As medicações existentes costumam dar bons resultados para controlar os sintomas, pois repõem parcialmente a dopamina que está faltando. Isso significa que o tratamento medicamentoso é para toda a vida.
Ainda não existem drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar de forma efetiva a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença. Há diversos tipos de medicamentos antiparkinsonianos disponíveis e que devem ser usados em combinações adequadas para cada paciente e fase de evolução da doença.
Também existem técnicas cirúrgicas para atenuar alguns dos sintomas, mas elas devem ser indicadas caso a caso. Além disso, o tratamento com equipe multiprofissional é muito recomendado, bem como a prática regular de atividade física.
O objetivo do tratamento, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional, atividade física entre outros é melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo o prejuízo funcional decorrente da doença, permitindo que o paciente tenha uma vida independente, com qualidade, por muitos anos.