Outubro Rosa: mitos e verdades sobre o câncer de mama

O movimento Outubro Rosa conseguiu reduzir um tabu de muitos anos: falar sobre o câncer. Ainda existem pessoas que se recusam a pronunciar o nome da doença, mas é preciso debater o tema em nome da prevenção. 

Informação é remédio! Por isso, confira hoje uma lista com 10 mitos e verdades sobre o câncer de mama:

1 • O câncer de mama só afeta quem tem histórico familiar?

MITO! Pessoas com familiares de primeiro grau acometidos pelo câncer de mama possuem um risco maior de desenvolver a doença. Mas, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), apenas 5% a 10% dos casos estão relacionados a fatores hereditários. Ou seja, as medidas preventivas são fundamentais para qualquer pessoa.

2 • Quem faz o autoexame não precisa de mamografia?

MITO! O chamado “caroço no seio” não é o único sinal do câncer de mama. Além disso, nem sempre o nódulo é palpável (depende da localização e da extensão dessa formação). Muitos tumores só são detectados com o auxílio da mamografia. O ideal é que todas as mulheres, sobretudo a partir dos 40 anos, façam o autoexame todos os meses, visitem o médico e façam uma mamografia anualmente. 

3 • Todo caroço no seio é câncer de mama?

MITO! Os nódulos podem se desenvolver por fatores hormonais, por exemplo, que nada têm a ver com a presença de um tumor canceroso. Outro mito frequente em relação aos nódulos é o de que apenas os caroços mais firmes e difíceis de movimentar significam câncer. Isso não tem qualquer base científica. Por isso, a recomendação é que toda alteração seja investigada por um médico. Os especialistas em Ginecologista, Mastologista e Cirurgia Oncológica são os mais indicados para conduzir essa avaliação.

4 • Mulheres mais velhas têm mais chance de desenvolver câncer de mama?

VERDADE! As estatísticas mostram que a idade avançada é um dos fatores de risc. Segundo a organização americana Breast Cancer, dois em cada três casos ocorrem em mulheres acima dos 55 anos. Mas isso não significa que não se deva agir preventivamente antes dessa idade. Pelo contrário: quanto mais cedo, melhor. Dados mostram que a faixa etária que mais se beneficia com o rastreio de câncer de mama é entre os 50 e os 69 anos. É nesse grupo que o custo-efetividade da mamografia é adequado.

5 • Usar sutiã apertado causa câncer de mama?

MITO! Há alguns anos era comum as mães e avós afirmarem que o sutiã comprime (comprimia) os vasos sanguíneos e, com isso, poderia levar ao acúmulo de toxinas nas mamas. Não há qualquer estudo conclusivo que dê embasamento científico a essa crença. Pelo contrário: uma pesquisa americana relata não haver ligação alguma entre o uso da peça e o surgimento da doença. Porém, usar sutiã apertado, além de desconfortável, pode causar dores na coluna e até na cabeça. Então, podendo evitar, é bem melhor!

6 • Antitranspirantes podem causar câncer de mama?

MITO! Quem defende essa teoria a justifica explicando que a pele da axila absorve componentes químicos que se alojam nas células mamárias. Apesar de já haver evidências dessa hipótese (a axila realmente absorve componentes como o alumínio, que se concentram nas mamas),ainda não existe comprovação científica de que isso possa levar ao desenvolvimento do câncer.

7 • Amamentar protege do câncer de mama? 

VERDADE! Isso se dá por dois fatores. O primeiro é que, enquanto produzem leite, as células mamárias se multiplicam menos, reduzindo o risco de desenvolver a doença. O segundo aspecto é que a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, a exposição a certos hormônios que podem estar ligados ao surgimento de tumores, como o estrogênio. Quanto mais tempo durar a amamentação, menos tempo a mulher estará exposta a esses fatores de risco.

8 • Atividades físicas ajudam prevenir o câncer de mama? 

VERDADE! A prática regular de atividade física (pelo menos 150 minutos por semana) traz benefícios à saúde em geral e ajuda a prevenir uma série de problemas crônicos e agudos. No que diz respeito ao câncer de mama, segundo o Inca, a obesidade e o sedentarismo estão fortemente ligados ao risco de desenvolvimento da doença.

9 • O câncer de mama pode ser causado por uma pancada nos seios? 

MITO! Traumas por impacto não são capazes de desencadear um tumor. Uma pancada forte pode dar origem à fibrose no momento da cicatrização do machucado interno, o que dará a sensação da formação de um nódulo. Mas esse processo não desencadeará a multiplicação de células malignas na mama.

10 • O câncer de mama pode ter cura? 

VERDADE! Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores serão as chances de cura. Por isso existe tanto empenho em torno da conscientização para o diagnóstico precoce, como ocorre no movimento Outubro Rosa. No entanto, é fundamental levar em conta que cada pessoa é única e a evolução da doença também.

Os avanços em cirurgia oncológica e as estratégias terapêuticas garantem altos índices de sucesso. Nos casos mais avançados, a medicina dispõe de recursos que resultam no controle da doença e em ganho na qualidade de vida. Contar com especialistas qualificados e uma equipe multidisciplinar que trabalhe em sintonia pelo bom andamento do tratamento é uma das chaves para o sucesso contra a doença. 

Cuidar de você. Esse é o plano.

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Close up of sad senior lady with neckache. Senior woman with chronic pain syndrome fibromyalgia suffering from acute neckaches. Senior woman suffering from neck pain

Mitos e verdades sobre a fibromialgia

Dores constantes no corpo, cansaço e alterações do sono são sintomas de um distúrbio que afeta cinco a cada 100 brasileiros, especialmente mulheres na faixa dos 50 anos de idade. Os números são da Sociedade Brasileira de Reumatologia, que acompanha de perto os dados sobre a síndrome fibromiálgica (fribromialgia).

Neste artigo, conheça os mitos e verdades que cercam essa condição de saúde. Boa leitura!

VERDADE! 

✅ Não existem exames para diagnosticar a fibromialgia. A única forma de identificar a síndrome é por meio de consulta clínica com um médico reumatologista. É esse profissional que poderá evitar confusões com sintomas de outras doenças. 

MITO!

🚫 A fibromialgia é um tipo de artrite? NÃO! Esse é um dos principais enganos que levam a tratamentos inadequados. Diferentemente de outra doença reumática, a síndrome fibromiálgica não causa nenhum tipo de inflamação ou dano aos músculos, tecidos, articulações ou órgãos. Porém, o que pode ocorrer é elas atuarem de forma associada.

VERDADE!

✅ A alimentação pode auxiliar no tratamento. Muitos casos de fibromialgia estão relacionados à falta de serotonina no organismo. Por isso, o consumo de alimentos que aumentem a produção (carnes magras, peixe, mel e banana) pode reduzir os sintomas.

MITO!

🚫 Dizem que quem sofre de fibromialgia não pode praticar exercícios físicos. Mas a realidade é bem o oposto disso. A atividade física é considerada uma grande aliada no tratamento, pois promove o ganho de força muscular e o relaxamento corporal. Isso alivia as dores e outros sintomas, a exemplo da fadiga e da dificuldade para dormir. Além dos exercícios, é bom acrescentar alimentos antioxidantes e os ricos em melatonina, que promovem uma redução do cortisol (hormônio do estresse), induzem o sono e promovem relaxamento.

VERDADE!

✅ A fibromialgia não tem cura. Ainda que não seja considerada uma doença e que não avance ao longo dos anos, a síndrome é crônica. O tratamento é apenas para controlar os sintomas e oferecer mais qualidade de vida aos pacientes.

MITO!

🚫 Fique tranquilo (a), pois é a falsa a ideia de que a fibromialgia possa levar à morte. Essa condição sequer causa danos graves (a exemplo de paralisação ou deformidade de membros). Por outro lado, os incômodos constantes podem desencadear dificuldades emocionais e físicas, o que impacta na vida pessoa e profissional. 

VERDADE!

✅ Devido aos já citados impactos emocionais, é importante que pacientes diagnosticados com fibromialgia tenham acompanhamento psicológico. Também é sugerido que a pessoa pratique algum tipo de técnica de relaxamento e respiração para aliviar as dores e os possíveis quadros de depressão e insônia.

Tratamento

O tratamento da síndrome fibromiálgica é feito com medicamentos e outras medidas não farmacológicas (atividades físicas e de relaxamento). De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, é importante que a rede de convivência do paciente (família, amigos e colegas de trabalho) compreenda essa condição, evitando questionar a veracidade dos sintomas . Nessas situações, mais uma vez a presença do profissional reumatologista é essencial para assegurar que os sinais são reais e não frutos de qualquer imaginação. 

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Cuidar de você. Esse é o plano.

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